Uma família da tribo
A organização International Survival publicou as fotografias mais detalhadas de sempre de uma tribo remota que vive na região da Amazónia pertencente ao Peru.
As fotos tiradas a uma família da tribo de índios Mashco-Piro foram tiradas no fim de 2011, no parque natural de Manu, na região peruana de Madre de Dios, no sudeste do país.
A tribo tem reagido com violência para com o exterior, dando claros sinais que não quer ser contactada. Recentemente, um ataque com flechas matou Nicolas “Shaco” Flores, um membro de uma outra tribo que há duas décadas tentava estabelecer contacto com os Mashco-Piro.
Mas nos últimos meses, o avistamento de pessoas pertencentes aos Mashco-Piro tem aumentado. Segundo a ONG, estas aparições devem-se à desflorestação continuada da região que tem empurrado a tribo.
“Tem havido um aumento de conflito e violência contra forasteiros que estejam na sua terra ancestral”, disse Rebecca Spooner, à BBC News, que pertence à campanha do Peru da International Survival. A organização dedica-se à protecção das tribos ameaçadas.
O Governo do Peru reagiu à publicação das fotos com um aviso. “Recomendamos que nunca se tente entrar em contacto com estas comunidades, que por uma razão ou outra se esforçam por estar à margem” do mundo exterior, disse Mariela Huacchillo à AFP, que pertence ao serviço nacional das zonas naturais protegidas.
O perigo, segundo o Governo, deve-se não só devido a uma possível reacção dos índios, mas porque os indígenas podem contrair doenças de quem os visitar, capazes de os matar, como já aconteceu anteriormente.
As fotografias que são publicadas agora foram tiradas pelo arqueólogo espanhol Diego Cortijo, a 120 metros de distância, utilizando uma tele-objectiva. A publicação das fotografias pela International Survival segue com um apelo ao Governo do Peru para a protecção do habitat onde a tribo vive, de modo a travar os conflitos que têm surgido.
“Pedimos ao governo peruano para fazer mais para a protecção daquela terra, que deve ficar para os grupos que não se deixam contactar”, defendeu Spooner.
fonte: Público
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