A intensidade solar e as erupções vulcânicas regulam as variações de temperatura no clima do Atlântico Norte, defende uma equipa norueguesa do Centro de Investigação Climática em Bergen, que estudou o clima da região nos últimos 600 anos. Muitas variações verificadas têm a ver com vulcões explosivos e mudanças na intensidade solar, afirmam os noruegueses.
A ideia mais aceite actualmente é a de que as variações climáticas no Atlântico Norte estão sobretudo ligadas à circulação oceânica. O estudo agora publicado em Nature Geoscience não recusa a interpretação, mas aplica-a apenas nas situações em que os dois outros fenómenos não se encontram presentes.
O modelo dos noruegueses sugere que o aumento de temperatura que se verificou no Atlântico Norte no século XX não pode ser explicado apenas pela actividade solar ou por erupções vulcânicas. O factor do aumento da concentração atmosférica de dióxido de carbono e de outros gases com efeito de estufa tem de ser incluído para simular a evolução observada nas temperaturas.
O modelo proposto por esta equipa mostra consequências particularmente intensas das erupções vulcânicas nas temperaturas oceânicas, sobretudo devido ao seu potencial de arrefecimento, mas também na circulação da atmosfera e da água.
As variações de temperatura no Atlântico Norte têm sido apontadas como a causa de grandes mudanças climáticas de impacto regional, como a seca prolongada no centro dos EUA, nos anos 30, ou alterações no regime das monções, na Ásia. A ligação entre todos estes sistemas não é ainda muito bem compreendida.
fonte: DN
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