Para entender como a revolução industrial afetou o ar que respiramos, engenheiros ambientais precisam encontrar partículas de ar puríssimas. Para fazer isso, eles precisam descer 40 metros abaixo da superfície nos cantos mais remotos da floresta Amazónica.
Encontrar ar ainda em um estado essencialmente pré-industrial é uma tarefa surpreendentemente difícil, mas sem estas partículas puras é difícil precisar como os dois últimos séculos alteraram a nossa atmosfera. Apesar de ainda haver vários pequenos bolsões de ar ao redor do mundo não afectados pela actividade industrial, o problema é encontrar algum em um local que esteja isolado de poluição e contaminação por milhares de quilómetros.
"Nós basicamente tivemos o equivalente a dois dias de 'viagem' em movimento de ar puro por 1600 quilómetros antes que o ar chegasse ao nosso local de medição. Por fazermos o estudo na temporada de chuvas da Amazónia central (entre Janeiro e Março), nós evitamos contaminações. Durante a temporada mais seca, há conhecidos períodos de queimadas e derrubadas, principalmente no extremo sul da Amazónia."
O co-autor Urich Pöschl diz que estes achados serão cruciais para o entendimento de como os humanos alteraram a atmosfera nos últimos 200 anos:
"Os novos dados e descobertas nos ajudam, e aos nossos colegas, a entender e quantificar a interdependência do ciclo de aerosóis e água no sistema climático não perturbado. Um entendimento amplo do sistema climático não perturbado é um pré-requisito para modelagem e previsões confiáveis das perturbações antropogênicas e dos seus efeitos nas alterações globais."
fonte: Gizmodo
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