Procura realizada com a ferramenta Google Earth levou à descoberta, num deserto em África, de uma cratera causada por um meteorito
Local permaneceu intacto por milhares de anos após o impacto. Uma procura realizada com a ferramenta Google Earth levou à descoberta, num deserto em África, de uma cratera causada por um meteorito, no que está sendo considerado como um dos mais bem preservados locais do género já encontrados.
A cratera de Kamil, localizada entre a Líbia, o Egipto e o Sudão, tem 45 m de diâmetro e 16 m de profundidade. Ela tinha sido localizada em 2008 pelo mineralogista italiano Vincenzo De Michele, enquanto realizava uma busca por formas naturais usando o Google Earth.
Após a descoberta, De Michele contactou o físico Mario Di Martino, do observatório do Instituto Nacional de Astrofísica, em Turim, que comandou uma expedição ao local em Fevereiro deste ano. Segundo investigadores, o buraco foi formado pelo choque de um meteorito ocorrido há não mais de 10 mil anos. O corpo celeste, composto de ferro, teria 10 toneladas e 1,3 m de diâmetro, tendo atingido a Terra a uma velocidade superior a 12 mil km/h.
Bola de fogo
Os estudiosos afirmam que o impacto do meteorito causou uma bola de fogo e uma coluna de fumaça visíveis a 1 mil km de distância. Os investigadores ficaram surpresos ao descobrir que a cratera passou tando tempo sem ser notada por humanos.
"A cratera (...) potencialmente tem menos de alguns milhares de anos. O impacto pode até ter sido observado por humanos, e pesquisas arqueológicas em antigos assentamentos próximos (ao local) podem ajudar a determinar a data", disse Luigi Folco, do Museu Nacional da Antártida, em Siena (Itália), em entrevista ao site da Agência Espacial Europeia.
A expedição à cratera de Kamil durou duas semanas e foi formada por 40 pessoas, entre elas cientistas italianos e egípcios. A equipa recolheu mais de uma tonelada de fragmentos metálicos, incluindo um pedaço de ferro de 83 kg, que poderia ter-se partido do meteorito.
fonte: terra
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