quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Observatório divulga detalhes de galáxia espiral

A NGC 1365 é uma das mais conhecidas e bem estudadas galáxias espirais, também chamada por vezes de Grande Galáxia Espiral Barrada

O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou nesta quarta-feira uma nova imagem da galáxia NGC 1365, uma bela galáxia espiral, situada a cerca de 60 milhões de anos-luz de distância da Terra.


Imagem da galáxia espiral NGC 1365 divulgada pelo ESO

A NGC 1365 é uma das mais conhecidas e bem estudadas galáxias espirais, também chamada por vezes de Grande Galáxia Espiral Barrada, devido à sua forma perfeita, com uma barra bem definida e dois braços espirais exteriores muito proeminentes. Próximo do centro encontra-se uma segunda estrutura em espiral. Toda a galáxia está delicadamente enredada em nuvens de poeira.

Esta galáxia é um excelente laboratório para o estudo da formação e evolução das galáxias espirais barradas. As novas imagens infravermelhas divulgadas nesta quarta-feira são menos afectadas pela poeira que obscurece partes da galáxia do que as imagens anteriores, revelando por isso, de maneira bastante clara, o brilho de um grande número de estrelas situadas tanto na barra como nos braços em espiral.

As imagens foram obtidas com o intuito de se compreender o funcionamento da complexa corrente de matéria situada no interior da galáxia e de que maneira esta corrente afecta os reservatórios de gás a partir dos quais se formam novas estrelas. A enorme barra perturba a forma do campo gravitacional da galáxia originando zonas onde o gás é comprimido, o que provoca a formação estelar. Enxames estelares jovens grandes delineiam os braços em espiral principais, cada um contendo centenas ou milhares de estrelas jovens brilhantes com menos de dez milhões de anos de idade.

A galáxia encontra-se afastada demais para que possamos distinguir estrelas individuais, consequentemente muitos dos pequenos nós visíveis na imagem são na realidade enxames estelares. Embora a barra da galáxia seja principalmente constituída por estrelas mais velhas, muitas estrelas novas nascem nas maternidades estelares de gás e poeira situadas na espiral interior próxima do núcleo. A barra também canaliza gravitacionalmente gás e poeira para o centro da galáxia, onde os astrónomos encontraram evidências da presença de um buraco negro de elevada massa, bem escondido entre as miríades de estrelas novas intensamente brilhantes.


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