sábado, 25 de setembro de 2010

Luz na escuridão: astrónomos descobrem novo fenómeno cósmico


Novo fenómeno foi descoberto por equipa de astrónomos analisando dados do Telescópio Spitzer

Astrónomos descobriram um novo fenómeno cósmico, baptizado de "coreshine", que revela novas informações sobre como estrelas e planetas surgem. Os astrónomos descobriram que os negros núcleos de nascimento de estrelas emitem luz em certos comprimentos de onda de infravermelho.

As imagens mostram uma escura massa de gás e poeira, um núcleo no qual nascem estrelas e planetas, mas que emitem luz em comprimentos menores do infravermelho. A análise desse fenómeno revela informações sobre a idade e consistência dos novos surgimentos. Os astrónomos divulgaram que encontraram diversas ocorrências desse fenómeno em lugares escuros do espaço.

A imagem à direita mostra o núcleo negro visto por longas luzes infravermelhas. Já a imagem central o mostra visto por meio de ondas infravermelhas curtas. Nesta imagem, as luzes do núcleo brilham mais porque estão refletindo luzes de estrelas novas. Esta luz é o novo fenómeno. A imagem à esquerda é a soma de ambas. "Nuvens negras na Via Láctea, longe da Terra, são lugares enormes nos quais nascem estrelas. Mas elas são 'tímidas' e escondem-se em camadas de poeira que nos impedem de ver o que ocorre dentro", disse Laurent Pagani, membro do Observatório de Paris e do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês. "Encontramos uma maneira de observá-los. Eles são como fantasmas, vemos mas também vemos através deles", completou.

Em 2009, a equipa de Pagani observou um caso deste fenómeno. Ficaram surpresos ao ver brilhos de estrela saindo de um núcleo negro na forma de luz infravermelha que o Spitzer podia observar. Agora, foram analisados 110 núcleos, dos quais metade possuía o novo fenómeno cósmico.

Também fazem parte da equipe Aurore Bacmann, do Laboratório de Astrofísica de Grenoble, na França, e Jürgen Steinacker, Amelia Stutz e Thomas Henning, do Instituto Max-Planck de astronomia, na Alemanha. Steinacker é também membro do Observatório de Paris e Stutz é membro da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.

fonte: terra

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