quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cientistas criam rato ciborgue para entender doenças


Um grupo de cientistas da Universidade de Tel Aviv está a estudar a possibilidade de usar microchips no cérebro para combater doenças neuronais

De acordo com a BBC, um grupo de cientistas está a levar a cabo um conjunto de experiências controversas em ratos, com o objetivo de substituir as funções de áreas danificadas do cérebro por microchips neuronais.

O microchip é implantado debaixo da pele do crânio de um rato e há um conjunto de elétrodos ligados ao seu cerebelo. O chip recebe um sinal do cérebro, analisa-o e re-encaminha a informação para a região motora do cérebro.

Para testar a eficácia destes chips, a equipa usou um teste pavloviano: os ratos foram treinados para associar um determinado som com um sopro de ar nos olhos e os animais acabaram por começar a piscar os olhos sempre que ouviam o som. Em animais com a região motora do cérebro danificada, o piscar de olhos torna-se impossível. A ideia é verificar se estes microchips são capazes ou não de imitar as funções de uma zona danificada do cérebro.

“Imagine que existe uma pequena área do cérebro que funciona mal, e imagine que percebemos a arquitetura desta área. Portanto, tentamos replicar esta parte com eletrónica”, disse o Professor Matti Mintz, membro da Universidade de Tel Aviv.

Este chip já mostrou algum sucesso. A equipa construiu uma simulação que funciona de um modo semelhante ao sistema biológico original. “Quando vemos alguma recuperação do movimento perdido, é claro que está a vir de um dispositivo sintético e não de outra área do cérebro”, disse o Professor Mintz.

Todavia, os ativistas dos direitos animais descrevem a investigação como “vergonhosa” e “abominável”. “Este tipo de investigação coloca enormes preocupações éticas, já para não falar nos pobres animais cujas vidas são desperdiçadas em experiências motivadas pelo ego”, diz Jan Creamer, do grupo ativista britânico National Anti-Vivisection Society.


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