Investigadores da Universidade de Utah, EUA, estão a desenvolver um detector de mentiras que revela a veracidade das declarações pelo movimento da retina dos olhos.
A tecnologia utilizada é o rastreio ocular, pioneira na matéria, e aparece como uma alternativa ao polígrafo tradicional usado na detecção de mentiras.
Ao contrário, usa o movimento do olho para detectar mentiras, e, em vez de medir a reacção emocional de uma pessoa, a tecnologia de rastreio ocular mede a reacção cognitiva da pessoa.
Para concretizar o teste, os investigadores registam o número das medições perante as respostas de verdadeiro e falso num computador. As medidas incluem a dilatação da pupila, o tempo de resposta, o tempo de leitura e releitura, e os erros.
Os investigadores concluíram que que ao mentir, as pessoas têm mais trabalho do que ao dizer a verdade, pois uma pessoa desonesta tem as pupilas dilatadas e demora mais tempo a ler e a responder às questões.
As reacções são medidas ao minuto
“O método de rastreio do olho para detectar mentiras tem um grande potencial”, disse Gerald Sanders, um dos investigadores do projecto.
“É uma questão de segurança nacional para as nossas agências do governo que devem ter os melhores e mais avançados métodos para distinguir a verdade da ficção, e nós acreditamos que estamos a tratar dessa necessidade de licenciamento da pesquisa extraordinária realizada na Universidade de Utah”, acrescenta.
O rastreio do movimento do olho como detector de mentiras tornou-se possível nos últimos anos graças às melhorias substanciais na tecnologia.
O rastreio ocular promete um custo substancialmente menor, exige um quinto do tempo necessário para os exames, e está disponível em qualquer idioma.
Não havendo ainda imagens do instrumento, especula-se que seja algo do parecido com a máquina de Voight-Kampff do filme "Blade Runner".
fonte: JN
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