terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Especialistas encontram fósseis de aranhas com 110 milhões de anos


O mais incrível é que estas aranhas conservadas na rocha, encontradas por paleontólogos na Coreia do Sul, ainda mantinham os olhos brilhantes.

As aranhas fossilizadas com cerca de 2,5 centímetros foram encontradas em Jinju-si, na Coreia do Sul. O facto mais extraordinário é que seus olhos ainda brilhavam mesmo após tantos milhões de anos.


© FOTO: PAUL SELDEN/UNIVERSITY OF KANSAS OFFICE OF RESEARCH Fóssil de aranha com olhos brilhantes

"Devido ao facto de que essas aranhas foram preservadas em estranhas manchas prateadas na rocha escura, foi imediatamente possível notar que seus olhos eram muito grandes", afirmou Paul Selden, membro da equipe, enfatizando que se trata do chamado "tapete brilhante", uma membrana existente dentro do globo ocular de certos animais, capaz de reflectir a luz que entra nos olhos, melhorando a visão nocturna dos animais.

Estes aracnídeos, de aproximadamente 2,5 centímetros de largura, viveram em nosso planeta há aproximadamente 110 milhões de anos e usavam esta capacidade da visão durante a caça nocturna, segundo o estudo publicado pela revista Journal of Systematic Paleontology.

Vale ressaltar que os fósseis de aranhas são muito raros, já que os animais de corpo mole como os insectos sofrem uma decomposição rápida, por isso muito raramente ficam fossilizados como acontece com o esqueleto dos outros animais.

Segundo o pesquisador, normalmente, as "aranhas flutuavam, porém neste caso, elas se afundaram, o que as manteve longe das bactérias em decomposição".

Além disso, as rochas onde os fósseis foram encontrados estavam cobertas com restos de pequenos crustáceos e peixes, o que sugere que uma floração de algas teria apanhado os fósseis, provocando o seu afundamento.

A descoberta dos insectos conservados na rocha ajudou os cientistas a descobrirem pela primeira vez as características anatómicas das aranhas que viveram há milhões de anos. Já os olhos em forma de canoa do aracnídeo ajudará os pesquisadores na identificação da árvore evolutiva destes insectos.

fonte: Sputnik News

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