sábado, 23 de fevereiro de 2019

Muito além do Planeta X: Astrónomos descobrem objecto mais distante do Sistema Solar


Ao analisar o céu nocturno com alguns dos telescópios mais poderosos, os cientistas descobriram por acaso o objecto mais distante (pelo menos actualmente) no Sistema Solar, que parece estar muito além de Plutão, informa a Science.

Scott Sheppard, um astrónomo do Instituto Carnegie para a Ciência em Washington, e seus colegas investigaram em pormenor o céu nocturno com alguns dos telescópios que captaram a maior parte dos objectos mais distantes conhecidos até hoje.

O novo objecto é estimado estar localizado a uma distância do Sol 140 vezes maior que a distância entre este último e o nosso planeta. Os cientistas fizeram a descoberta quando procuravam pelo lendário gigante Planeta X, supostamente existente além de Plutão.

Scott Sheppard começou a analisar os dados fora do cronograma depois de sua palestra ter sido adiada na instituição de investigação devido a uma forte nevão.

Quando Sheppard finalmente tomou a palavra, 24 horas depois, ele anunciou a descoberta, embora não fornecesse mais detalhes, já que estava "quente demais", segundo a Science.


O astrónomo Scott Sheppard acaba de anunciar que o objecto mais distante do Sistema Solar já foi encontrado. Chamado de "FarFarOut", está 3,5 vezes mais distante do Sol do que Plutão

O dito objecto tem o sugestivo nome informal de FarFarOut, tendo quebrado o recorde do objecto mais distante (até recentemente) no Sistema Solar: um outro objecto, chamado FarOut, está a 120 unidades astronómicas de distância e também foi descoberto por Sheppard em dezembro passado.

Antes disso, o planeta anão Eris era considerado o mais distante do Sistema Solar, a 96 UA (unidades astronómicas) do Sol, ou seja, 96 vezes a distância média entre a Terra e o Sol. Entretanto, Plutão fica apenas a 34 UA de distância.

As órbitas de FarOut e de FarFarOut, que ainda são um mistério a ser resolvido, são as mais recentes descobertas de um projecto de pesquisa de uma década que analisa dados dos cantos mais distantes de nosso Sistema Solar, fornecidos pelos mais poderosos telescópios ópticos, ou seja, o Blanco de 4 metros no Chile e o Subaru de 8 metros no Havaí.

Por exemplo, dada a distância que o FarOut está de nós e a velocidade extraordinariamente lenta com que está movendo-se, pode levar alguns anos para determinar sua órbita e até que ponto ela é afectada pela força gravitacional dos planetas gigantes. Até agora, estima-se preliminarmente que o FarOut levará mais de mil anos para orbitar o Sol.

fonte: Sputnik News


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