Um grupo de investigadores registou uma explosão fortíssima na superfície de uma jovem estrela localizada na constelação de Orion, cuja força supera fenómenos parecidos no Sol em 10 milhões de vezes.
"Nós examinamos as estrelas vizinhas, tentando entender como surgiu o Sistema Solar.
Anteriormente, não tínhamos observado explosões tão fortes nos astros jovens. A sua descoberta permitiu pela primeira vez investigar detalhadamente as características físicas de tais objectos", declarou Steve Mairs do Observatório em Havaí, EUA.
No Sol acontecem periodicamente erupções solares, lançando energia em forma de luz, calor e radiação, bem como perturbando o funcionamento das telecomunicações, satélites e ameaçando a saúde de cosmonautas.
A tempestade solar de 1859, também conhecida como Evento Carrington, se considera a explosão mais poderosa. Ela produziu 20 vezes mais energia do que a queda do meteorito que destruiu os dinossauros e grandes répteis marinhos.
Em 2012, os planetólogos da missão Kepler encontraram várias centenas de astros da classe do Sol, na superfície dos quais aconteceram explosões muito mais poderosos de que o Evento Carrington. Isso levou os cientistas a supor que o Sol também pode originar tais cataclismos algum dia, mas a sua potência máxima não foi determinada com precisão devido à diferença de idade, composição química e histórias de evolução das várias estrelas.
Mairs e seus colegas descobriram que explosões ainda mais fortes podem ocorrer em astros não muito grandes, examinando vários aglomerados estelares na nebulosa de Orion.
Em 2016, os cientistas detectaram uma explosão extremamente potente nos arredores da estrela recém-nascida JW 566, afastada da Terra a uns 1500 anos-luz. Os astrónomos examinaram-na com ajuda dos telescópios ópticos do Observatório do Havaí, bem como dos observatórios de raios X e de radioastronomia, tendo conseguido calcular a potência desse acontecimento.
Essa explosão teria sido muito mais forte que as explosões mais brilhantes de outras estrelas recém-nascidas e 10 biliões de vezes mais potente que o Evento Carrington.
Ainda não foi descoberta a frequência de tais cataclismos na JW 566 e outras estrelas recém-nascidas, não se conhecendo os processos magnéticos na sua atmosfera que levam a tais emissões de energia. A equipe de Mairs planeia encontrar respostas no ano que vem, quando recomeçarem observações da nebulosa de Orion.
fonte: Sputnik News
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