segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Descoberto estranho enterro medieval na Sicília


Uma equipa de cientistas, liderada pelo arqueólogo Roberto Miccichè, descobriu um estranho enterro medieval do século XI na Piazza Armerina, na região da Sicília. Os especialistas acreditam que o homem foi apunhalado até à morte.

Em causa está um estranho enterro num buraco raso, desprovido de quaisquer objetos funerários, contendo apenas os restos mortais de um homem com 30 ou 40 anos deitado de bruços – posição incomum para aquele período medieval. Segundo o Live Science, o homem terá sido imobilizado com laços.

Recorrendo a tomografias computorizadas e reconstruções 3D, os cientistas encontraram sinais de seis ferimento infligidos com uma arma branca no esterno do cadáver. De acordo com os cientistas, o corte deverá ter sido feito com uma faca ou um punhal.

O objeto cortante terá atingido o homem na parte superior das costas e os cientistas acreditam que a vítima estivesse ajoelhada aquando o momento do ataque, tendo morrido rapidamente devido à perfuração repetida do pulmão e do coração.

Miccichè afirmou que atacante conhecia muito bem a anatomia humana e que o seu objetivo passava por acabar com a vítima de forma “muito eficaz e rápida”.

Quanto à posição em que o corpo foi encontrado, o arqueólogo explicou que esta “não segue nenhuma prescrição religiosa” da época. Na Idade Média, judeus e cristãos enterravam os seus mortos virados para cima, enquanto os muçulmanos colocam os defuntos virados para o lado direito.

À luz da época, enterros atípicos refletiam crenças supersticiosas ou então indicavam que o morto era alguém fora da lei, o que provavelmente aconteceu neste caso. Seguindo este raciocínio, Miccichè acredita que se tratou de uma execução de um exilado.

O padrão incomum sugere que o homem foi morte durante um período caótico. “Acreditamos que o nosso caso se enquadre no período de crise e reorganização social que ocorreu na Sicília, após a conquista normanda de 1061 d.C.”, afirmam os arqueólogos no artigo científico esta semana publicado na revista especializada International Journal of Osteoarchaeology.

fonte: ZAP

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