Tomografia computadorizada do peixe-caracol de Atacama
Cientistas da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, descobriram três novas espécies do chamado “peixe-caracol” na Fossa do Atacama, localizada nas profundezas do Oceano Pacífico.
Na sua última viagem à Fossa do Atacama, um dos pontos mais profundos do Oceano Pacífico, uma equipa de cientistas da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, descobriu três novas espécies do chamado “peixe-caracol”.
Os espécimes, que se encontravam a mais de 6.400 metros de profundidade, foram temporariamente batizados de “peixes rosa, azul e roxo de Atacama”, fazendo parte da família dos Liparidae.
“Tal como se pode ver pelas filmagens, há várias presas de invertebrados nas profundezas e estes peixes-caracol [como também são chamados] são os principais predadores”, explica o investigador da universidade britânica, Thomas Linley, citado pelo Science Alert.
“Parecem ser bastante ativos e também parecem estar muito bem alimentados”, acrescenta o cientista, que foi um dos principais responsáveis desta expedição.
Estes peixes não têm escamas e as partes mais complexas do seu corpo são os dentes e os ossos do ouvido interno, que lhes dão equilíbrio, acrescentou o Linley, explicando que são esses os recursos que os ajudam a viver nas profundezas do oceano.
“A estrutura gelatinosa mostra que estão perfeitamente adaptados a viver sob pressão extrema. (…) Sem essa pressão e sem frio para suportar o corpo, estes peixes são extremamente frágeis e derretem rapidamente quando são trazidos à superfície”, explica.
No entanto, os cientistas foram capazes de trazer uma das novas espécies à superfície, depois de nadar para dentro de uma das suas armadilhas. O espécime foi preservado, está em “muito boas condições” e está a ser estudado por uma equipa onde se incluem investigadores do Museu de História Natural de Londres.
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