Loch Ness é o lago mais profundo da Escócia: 226 metros, em média, da superfície até o fundo. Diz a lenda que em 565 d.C., Santo Colomba avistou o monstro pela primeira vez e, na ocasião, salvou um homem das garras da criatura, invocando o poder de Deus. [PTB ARTICLES]
Poucos seres misteriosos atraem tanto a atenção e despertam a imaginação das pessoas, em todo o mundo, quanto o escocês monstro de Loch Ness - ou, Nessie.
Gerações já fizeram vigília às margens do lago na esperança de ver e registrar algum sinal da criatura. Apesar dod empenhados esforços, fotografias desfocadas e confusas leituras de sonar são tudo o que a pesquisa sobre o monstro rendeu até hoje.
A lenda, porém, continua viva. Por muitos anos, curiosos e especialistas têm especulado o que pode ter dado origem ao mito de Loch Ness. Explicações variadas são propostas: um monstro genuíno e centenário, senão milenar ou, segundo uma teoria ousada, visões de eventos passados retidos na "memória da água".
Sobrevivente Pré-Histórico
Nessie é descrito como um semelhante do Plessiossauro, um réptil mezozóico, contemporâneo dos dinossauros do começo do período Jurássico até o fim do Cretáceo.
Em julho de 2003, o irlandês Gerald McSorley encontrou, enquanto passeava às margens do Lago Ness - Escócia, a ossada de um animal, um réptil marinho de 150 milhões de anos. AFP/TERRA- 16/07/2003
Um Plessiossauro poderia chegar a 25 metros de altura e 150 toneladas de peso. Fósseis de Plessiossauro foram encontrados no Reino Unido. Fotos pouco nítidas de Loch Ness mostram uma silhueta de grandes dimensões com um longo pescoço. Mas se este ser existe e está lá, não se sabe como poderia ter escapado dos meios disponíveis de rastreamento.
O principal argumento contra a hipótese do sáurio é que, se assim fosse, não poderia existir somente um Nessie; mas vários, mantendo uma colônia ao longo das eras. Uma comunidade como essa jamais poderia passar desapercebida ou deixar qualquer dúvida sobre sua existência num habitat como o lago, com uma área de 56,4 km² e profundidade de 250 metros, segundo medições efetuadas em 1992.
SANTO COLOMBA
Por outro lado, existem mais de 3 mil registros de avistamentos de um animal não identificado no local. O relato mais antigo é a história de Santo Columbia (ou Colomba/521-597), que teria salvo um banhista das garras do monstro invocando o nome de Deus. Mito ou não, o fato é que diante de tantos testemunhos não se pode simplesmente descartar a possibilidade de existência de um mistério nas águas do lago Ness.
Ted Holiday, escritor e caçador de monstros que passou três anos investigando o monstro de Loch Ness no início do anos de 1960, elaborou algumas teorias alternativas para entender o fenômeno Nessie.
Levantou a hipótese da criatura do lago ser um Tullimonstrum gregarium, conhecido como Tully Monster, cujo fóssil foi descoberto em 1958, em Ilinóis, Estados Unidos.
O monstro de Tully foi descrito como um semelhante das serpentes e os cientistas construíram modelos do carnívoro aquático: O corpo, flexível, não é segmentado. A cauda, achatada, possui duas nadadeiras. Uma terceira nadadeira é observada no dorso, próxima à cabeça.
Holiday informa que os Tully eram muito comuns tanto na Inglaterra quanto na América do Norte. A aparência dos Tully, possivelmente, está ligada à lenda dos dragões.
ENTIDADE SOBRENATURAL
Holiday também foi um dos primeiros a admitir em Nessie uma criatura sobrenatural. O monstro poderia ser um tipo de "aparição demoníaca", resultado da prática de "artes negras" ou, magia negra. Testemunhas que viram Nessie e outros monstros relatam uma sensação de horror diante do que viram.
A teoria do sobrenatural é reforçada pela histórica temporada que o místico Aleister Crowley passou na mansão de Boleskine, localizada na margem sudeste do Lago Ness. Crowley, notório praticante de magia negra, morou no local entre 1899 e 1913 e ali realizou atividades ocultistas como evocação de seres interdimensionais. Entretanto, o fato é que a primeira aparição "oficial" de Nessie aconteceu em 22 de julho de 1933, quando Crowley já tinha deixado o lugar.
Os monstros lacustres não são uma exclusividade da Escócia ou do Lago Ness. Nos Estados Unidos, o South Lake Bassie é o monstro do lago Erie, cujos primeiros avistamentos aconteceram em 1917.
Um "parente" de Nessie, habita o lago Kos Kol, no Casaquistão e outros mais, são vistos nas mais diferentes partes do mundo, como Alaska e China.
Parece que todos os grandes lagos têm um monstro residente e todos os monstros são longevos ̶ sua vida atravessa os séculos - e muito sagazes, o suficiente para escapar da vigílias e tocaias que intentam sua captura.
Essa "intangibilidade" prática dos monstros faz pensar que as criaturas não são entidades físicas, de carne e sangue. Os pesquisadores Tim Dinsdale e Jon-Erik Beckjord acreditam que Nessie é um fenômeno paranormal.
MANIFESTAÇÃO DO INCONSCIENTE COLETIVO
A idéia de que o inconsciente coletivo pode criar manifestações físicas tem fundamento em teorias como as do esotérico francês Henri Corbin, o picólogo Carl G. Jung e o físico quântico Michael Talbot, autor de The Holographic Universe.
Essas teorias tem um amplo espectro de aplicação e poderiam explicar mutios outros fenômenos que parecem físicos do ponto de vista do astral-espiritual-paranormal, como o Bigfoot (Pé Grande) e outros seres fantásticos como os Golem¹ e os Tulpa².
Estes dois últimos são reportados como criações resultantes do emprego de forças ocultas (evocações de elementais, como gnomos, silfos etc.). Os monstros lacustres são um caso mais sutil, involuntário. Seriam aparições espontâneas, desencadeadas pela tradição enraizada no inconsciente coletivo.
1. GOLEM - Golem é um ser artificial mítico, associado à tradição mística do judaísmo, particularmente à cabala, que pode ser trazido a vida através de um processo mágico. No folclore judaico, o golem é um ser animado que é feito de material inanimado, muitas vezes visto como um gigante de pedra. No hebraico moderno a palavra golem significa "tolo", "imbecil", ou "estúpido". O nome é uma derivação da palavra gelem, que significa "matéria prima".
2. TULPA - Tulpa é um ser ou objeto que, segundo o budismo tibetano, pode ser criado unicamente pela força de vontade, envolvendo meditação, concentração e visualização intensas. Em outras palavras, a tulpa seria um pensamento tornado tão real pelo praticante que chegaria a assumir uma forma física, material.
As imagens seriam produzidas por energia psíquica produzida sob certas condições mentais que favoreceriam a construção mental da entidade. A recorrência dessas visões nos grandes lagos poderia ser explicada por receptividade ou condutibilidade natural da água em relação a este tipo de energia; energia de pensamento capaz de modelar a matéria líquida. Isso justificaria as numerosas aparições em lagos.
Rey não está sozinho em suas especulações. O cientista russo Stanislav Zenin também estuda a memória da água. Seu estudo é centrado nos cristais, aglomerados moleculares que são compostos dotados de uma estabilidade que pode durar horas e capazes de adotar propriedades de qualquer substância adicionada à água que os contém [que contém os cristais] na razão de UMA molécula POR aglomerado [cristal].
A elaboração dos medicamentos homeopáticos é fundamentada nesta propriedade. Zenin monitorou a atividade de "curadores" [paranormais] que conseguem modificar as propriedades da água que utilizam como "remédio".
O cientista concluiu que a água interage com o pensamento e definiu ÁGUA como uma substancia em estado fase-informativo, favorável ao armazenamento de informação: A água é um tanque biológico de informação - comenta Zenin,que identifica, ainda, dois tipos de memória, de longo prazo e de curto prazo.
A memória de curta duração modifica a estrutura da água por momentos breves, devido a influência eletromagnéticas mentais passageiras. A memória de longa duração é consolidada pela recorrência de uma idéia, pelos pensamentos recorrentes por longo tempo - influências prolongadas de uma informação.
Essa "impressão do pensamento" na água não depende de um esforço consciente. Os monstros do lago seriam, então, o resultado de antigas e persistentes memórias de vivências de criaturas extintas e de pessoas que ficaram retidas na água e que ali revivem, como uma forma-imagem durante breves períodos de tempo.
fonte: Sofa da Sala
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