O Instituto de Telecomunicações é uma das entidades envolvidas na criação do sistema de energia que será utilizado para “alimentar” as antenas do “gigante” Square Kilometer Array.
Está em causa um sistema de energia híbrido com motor de stirling, denominado B4SKA que gera energia elétrica limpa, usando, simultaneamente, a energia solar e a energia de biomassa na forma de biogás.
O sistema foi recentemente demonstrado em Portugal e, além do Instituto de Telecomunicações, reúne várias instituições europeias académicas e industriais. A par da International Space Station (ISS), o SKA é uma das maiores obras de cooperação em engenharia.
O SKA é conhecido como o maior radiotelescópio do mundo e como a primeira mega infraestrutura científica energeticamente autossuficiente. Vai ser formado por centenas de milhares de antenas, dispostas em apenas três configurações diferentes.
Tal permitirá aos astrónomos "monitorizar o céu com um nível de detalhe nunca antes alcançado, assim como rastrear todo o céu milhares de vezes mais rapidamente do que se recorressem a qualquer outro sistema existente atualmente", garante-se a partir do microsite português do projeto.
As antenas irão ocupar áreas estratégicas em África e na Austrália. No deserto Karoo, na África do Sul, serão colocadas antenas de média e de alta frequência relativamente ao espectro de ondas rádio. Na região de Murchison da Austrália serão dispostas antenas de baixa frequência e o referido sistema que permitirá rastrear o céu.
O objetivo é que as três configurações pensadas para a disposição das antenas possam criar uma oportunidade para observações únicas, ultrapassando a qualidade da resolução de imagem do Telescópio Espacial Hubble, em cerca de 50 vezes, e ainda o limite espectral das ondas radio. “Irá ser possível a análise de enormes áreas do céu em paralelo, um feito que nenhum outro telescópio conseguiu atingir em tamanha escala e com tanto nível de sensibilidade”, promete-se.
fonte: Tek Sapo
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