Nova descoberta foi considerada "sem precedentes". REUTERS/MOHAMED ABD EL GHANY
Os restos mortais, encontrados a cerca de 200 quilómetros do Cairo, remontam ao período greco-romano.
Uma equipa de arqueólogos egípcios descobriu 17 múmias, em catacumbas, na província de Minya, localizada a cerca de 200 quilómetros ao sul do Cairo. “Uma descoberta importante, sem precedentes", declarou Mohamed Hamza, responsável pelas escavações dirigidas pela Universidade do Cairo, citado pelo jornal El País.
A necrópole remonta ao período greco-romano, adiantou Mohamed Hamza, que afirma que o sítio arqueológico de Tuna el-Gebel, zona desértica onde foi descoberta, contém vestígios que datam desse período, entre os séculos III a.C. e III d.C.
As autoridades egípcias, que pretendem relançar o turismo no país dos faraós, têm, nos últimos meses, feito vários anúncios sobre a descoberta de novos vestígios arqueológicos. Segundo um comunicado do Ministério das Antiguidades, “as 17 múmias e alguns sarcófagos” estavam escavados em pedra ou argila.
Os arqueólogos que fizeram a descoberta explicam que as múmias não pertencem à antiga realeza egípcia. Foram ainda encontrados “caixões de animais” e “dois papiros escritos em demótico”, uma forma de escrita hieroglífica simplificada utilizada durante as últimas dinastias faraónicas no Egipto e até ao início da era romana.
As autoridades governamentais anunciaram ainda que, num campo vizinho, foram encontrados “templos funerários romanos esculpidos em barro”, nos quais existiam moedas e outros objectos domésticos.
O Egipto autorizou recentemente vários projectos arqueológicos na esperança de fazer novas descobertas numa altura em que o sector do turismo, um dos pilares da economia do país, está a ter dificuldades em recuperar, depois de vários ataques terroristas no ano passado.
Em Abril, o governo anunciou a descoberta de oito múmias perto da cidade de Luxor, no sul do país.
fonte: Público
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