quinta-feira, 12 de abril de 2012

Chaplin foi investigado pelo MI5 britânico


Os serviços de informações britânicos investigaram charlie Chaplin a pedido dos EUA por suspeitas de ser comunista.

Documentos agora desclassificados revelam que Charlie Chaplin foi alvo de uma investigação dos serviços britânicos de informações, o MI5, na sequência de um pedido feito pelo FBI, que suspeitava que o célebre ator fosse ou tivesse simpatias comunistas.

Segundo a BBC, que consultou os documentos, não foram encontradas evidências das suspeitas levantadas pela polícia federal americana. Mais interessante é que, no âmbito da investigação do MI5, este não conseguiu identificar com certeza o local de nascimento do artista ou seu nome verdadeiro, nunca tendo sido encontrada a sua certidão de nascimento. O FBI pensava que o nome real de Chaplin era Israel Thornstein.

Em 1952, Chaplin foi impedido de regressar aos EUA por "conduta imoral", devido a abortos que teriam sido feitos pelas suas sucessivas companheiras, e por suspeita de ligações à União Soviética.

Os documentos indicam que nunca foi encontrada a certidão de nascimento de Chaplin, e que só em 1920 recebeu um passaporte das autoridades britânicas. No momento do pedido, terá bastado a declaração do ator de que havia nascido em Londres.

Durante a investigação do MI5 foram encontrados indícios de que terá nascido em França, mas sem provas concretas. Lê-se num dos documentos que "não nasceu na Grã-Bretanha nem que o seu nome coincida com o verdadeiro" assim como "não há nenhuma prova documental que tenha nascido na Grã-Bretanha, sendo provável que o nascimento tenha tido lugar em França".

A resposta às dúvidas do FBI e do MI5 talvez esteja num documento encontrado em 2011 por familiares de Chaplin em que se depreende ter o ator nascido num acampamento de ciganos nos arredores de Birmingham.

Chaplin chegou aos EUA em 1910, onde inicia uma carreira de ator, de crescente sucesso. Saiu no início dos anos 50, no auge da chamada era da "caça às bruxas" protagonizada pelo senador Joseph McCarthy.

fonte: DN

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