quinta-feira, 19 de abril de 2012

Descobertas duas novas espécies de rãs nas florestas das Filipinas


Aldrin Mallari olha para os espécimes preservados das duas novas espécies de rãs 

Duas novas espécies de rãs foram descobertas nas florestas montanhosas da província de Leyte, nas Filipinas, durante uma expedição que, em Novembro último, fez o levantamento da biodiversidade daquela região.

A expedição, a cargo da organização Fauna & Flora International, durou um mês e percorreu os municípios de Silago, Hinunangan, Sogod, Maasin, Tomas Oppus e Malitbog. Um dos pontos altos foi a descoberta de duas novas espécies de rãs: uma castanha, de olhos vermelhos e com uma lista amarela no dorso, e outra esverdeada, não muito maior do que um dedo polegar humano.

As rãs, do género Platymantis, ainda não têm nome atribuído e herpetólogos dos Estados Unidos e das Filipinas estão a fazer a descrição taxonómica formal, segundo um comunicado da organização responsável pela exploração. Estes anfíbios – que habitam as florestas húmidas da cadeia montanhosa de Nacolod, gravemente degradadas – diferem bastante das outras rãs do mesmo género, a viver nas Filipinas, nomeadamente pelo tamanho, padrões de coloração e chamamentos.

A expedição resultou ainda na listagem de 229 espécies de plantas, 31 das quais só existem nas Filipinas, e 112 espécies de aves (41 únicas das Filipinas e 11 ameaçadas de extinção), 36 espécies de mamíferos (17 dos quais endémicos) e 64 espécie de anfíbios e répteis. O trabalho pretendeu criar inventários de espécies e obter informação prática sobre espécies e habitats para melhorar a gestão das florestas.

O director da Fauna & Flora International nas Filipinas, Aldrin Mallari, considera que esta descoberta poderá ajudar os esforços conservacionistas naquele país. “Muitas instituições (ambientalistas) e agências de financiamento já desistiram das Filipinas porque restam apenas 20% de floresta”, disse Mallari durante a apresentação dos resultados da expedição, no Museu Nacional. “Mas muitas destas espécies, se estão ameaçadas, são muito resilientes.”

fonte: Público

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