sábado, 31 de março de 2012
Tremores e estrondos de Clintonville retornam, desta vez com mais intensidade
Clintonville novamente reporta os tremores e estrondos, só que desta vez com mais intensidade.
A administradora de cidade, Lisa Kuss, disse que “entre os horários de 22h35min e 22h50min, [27/3] recebemos 60 telefonemas de moradores, indicando que ele novamente haviam escutado ruídos altos, similares a tremores. Alguns deles indicaram que os estrondos eram ainda mais altos do que os da semana passada“.
Na semana passada, Kuss anunciou que geólogos de uma universidade da região tinham anunciado que tremores de terra de 1,5 na escala Richter foram descobertos, os quais não eram previamente conhecidos.
Mas, embora as autoridades locais e do estado tenham informado que estes ruídos estejam relacionados ás atividades sismológicas de baixa intensidade, a população não está totalmente convencida.
Kuss diz que estes últimos estrondos podem ter sido mais intensos e com maior duração.
“Alguém indicou que parecia pior que o da semana passada. Também parece que a duração do ruído foi mais longa“, disse Kuss.
Kuss ainda informou que o serviço de Pesquisas Geológicas dos EUA ainda não deu qualquer informação oficial para confirmar que estes estrondos sejam relacionados a pequenos terremotos.
“Neste momento, eles ainda não detectaram nada para poder nos informar, mas na semana passada soubemos que há um atraso nas informações, pois eles não tem muitas estações permanentes aqui na região“, informou Kuss.
fonte: Ovni Hoje
Origem das vacas modernas pode ser traçada até um único rebanho
Um estudo genético concluiu que todos os bovinos domesticados modernos são descendentes de um único rebanho de bois selvagens, que viveu 10.500 anos atrás.
A equipa de geneticistas do Museu Nacional de História Natural da França, da Universidade de Mainz, na Alemanha, e da Universidade College London no Reino Unido, escavou os ossos de gado doméstico em sítios arqueológicos no Irão, e os compararam com os ossos de vacas modernas.
Os investigadores observaram como as diferenças nas sequências de ADN poderiam ter surgido em cenários populacionais diferentes da história, modeladas em simulações de computador.
A equipa descobriu que as diferenças que apareceram entre as duas populações só poderiam ter surgido se um número relativamente pequeno de animais – cerca de 80 – tivessem sido domesticados a partir de uma espécie já extinta de boi selvagem, conhecido como auroque (Bos primigenius), que vagou por toda a Europa e Ásia no passado.
Esses animais foram então domesticados e criados até chegar aos 1,4 biliões de gado de hoje, número estimado pela ONU em meados de 2011.
O processo de recolha dos dados foi complicado. “Fazer sequências de ADN de confiança a partir de restos encontrados em ambientes frios é rotina. É por isso que os mamutes foram uma das primeiras espécies extintas a ter o ADN sequenciado. Mas conseguir ADN confiável a partir de ossos encontrados em regiões quentes é muito mais difícil porque a temperatura é crítica para a sobrevivência do ADN. Isso significa que tivemos de ser extremamente cuidadosos para não acabar lendo sequências de ADN contaminadas, ou de gado apenas recentemente morto”, disse Ruth Bollongino, principal autora do estudo.
O número final é surpreendentemente pequeno, mas coincide com a pesquisa existente sobre o assunto.
Jean-Denis Vigne, um bioarqueólogo também autor do estudo, disse que um pequeno número de progenitores de gado é consistente com a área restrita onde os arqueólogos sabem que começou a domesticação do gado, 10.500 anos atrás.
“Isso poderia ser explicado pelo facto de que a criação de gado, ao contrário, por exemplo, do pastorio de cabras, teria sido muito difícil para as sociedades móveis, e apenas algumas eram realmente sedentárias naquela época”, disse.
fonte: Hypescience
Tesouro celta é encontrado na Suíça em importante descoberta arqueológica
Um tesouro composto por 293 moedas celtas de prata foi descoberto em Fullinsdorf, no cantão da Basileia, informou o serviço regional de arqueologia.
Segundo Urs Wutrich, chefe do departamento de Cultura, trata-se da descoberta arqueológica mais importante já realizada na Suíça.
As moedas, disseminadas por 50 metros quadrados, provavelmente foram enterradas juntas.
Cada peça tem cerca de um centímetro de diâmetro e apenas duas gramas. No total, pesam cerca de 500 gramas. A maioria das peças são "quinários de Kaletedou", inspiradas nas moedas romanas.
O tesouro está sendo exibido de forma transitória no Museu de Liestal. Procedentes do leste da França, as moedas também foram utilizadas no actual território da Suíça.
O tesouro foi enterrado em Fullinsdorf entre os anos 80 e 70 antes de Cristo, quando a região era ocupada pelos celtas.
fonte: Correio Braziliense
Fidel lembra conversa sobre ETs com equipa de João Paulo II
O líder cubano Fidel Castro, que se reuniu com o Papa Bento XVI em sua visita a Cuba, comentou, num artigo publicado na noite de quinta-feira, o diálogo que manteve há 14 anos com dois assessores de João Paulo II, entre eles seu porta-voz, Joaquín Navarro Valls, sobre as estrelas e a vida extraterrestre.
"Quando o Papa João Paulo II visitou nosso país em 1998, mais de uma vez antes de sua chegada conversei sobre variados temas com alguns de seus enviados", afirmou Fidel no artigo "A necessidade de enriquecer nossos conhecimentos", no qual comenta que a notícia veículada na quinta-feira por um observatório europeu a respeito da possibilidade de exitir biliões de planetas potencialmente habitáveis em nossa galáxia.
"Recordo particularmente a ocasião em que nos sentamos para jantar (...) Perguntei a Navarro Valls: o senhor acha que o imenso céu com milhões de estrelas foi feito apenas para o prazer dos habitantes da Terra quando nos dignamos a olhar para cima à noite? 'Com certeza', ele me respondeu.
'É o único planeta habitado no Universo'". "Eu me dirigi então para um sacerdote (presente no jantar) e perguntei: 'O que acha disso, padre?' Ele me responde: 'A meu ver, há 99,9% de possibilidades de que exista vida inteligente em algum outro planeta'. A resposta não violava nenhum princípio religioso (...). Era o tipo de resposta que eu considerava correta e séria", afirmou Fidel em seu artigo, sem revelar o nome do sacerdote.
Um grupo internacional do HARPS, um espectrógrafo que equipa o telescópio do Observatório Europeu Austral (ESO) no Chile, descobreu nove "super Terras" numa simples amostra de 102 estrelas do tipo "anã vermelhas", informou a instituição na quinta-feira, em Paris. Se estas "super Terras" estão situadas numa zona onde a temperatura propicia a existência de água líquida, teoricamente poderão ter alguma forma de vida, afirmou ESO.
fonte: Terra
Homem afirma que visitou o céu quatro vezes e desenha mapa do ambiente angelical
Chega dessas notícias sobre viagens de turismo ao espaço, à Lua, à Marte... Pffffff, isso tudo é balela! O que está na ordem do dia hoje é a viagem ao céu e o sul-africano Sibusiso Mthembu, 64, será o guia de turismo.
Mthembu afirma que já esteve no céu quatro vezes (em 1998, 2004, 2006 e 2008) e que desenhou um mapa do local e seus habitantes. No esboço cartográfico, o céu é formado por onze céus diferentes, relatou ao jornal Sowetan.
Ele mora em Mandeni, KwaZulu-Natal (África do Sul), e se auto-intitula "profeta".
"Um anjo de uns 20 anos, que depois percebi ser Gabriel, apareceu na minha casa e me levou pela mão ao rio Mandeni. Lá ele me baptizou e foi embora", disse.
O mesmo anjo teria voltado a sua casa em 1998, mas desta vez o levou junto para conhecer o céu. Mthembu contou, inclusive, que viu Deus, Jesus e anjos durante suas quatro visitas.
fonte:UOL
OVNI Dudley Dorito avistado outra vez sobre York, Inglaterra
O já famoso OVNI "Dudley Dorito" foi avistado outra vez na Inglaterra, desta vez sobre York, flutuando acima de uma floresta.
O vídeo, feito num dia claro e através de um arvoredo, é de qualidade excepcional. A testemunha é surpreendida e esforça-se para manter o objeto não identificado visível.
Este tipo de aeronave foi filmada diversas vezes antes, sempre mostrando um ponto curioso, centralizado na parte inferior da forma triangular.
Desliza lentamente em baixa altura sem fazer um som. Se o vídeo é um embuste, é extremamente bom, pois o OVNI desliza obscurecido pelos galhos da árvore.
Tal imagem é extremamente dificil de realizar em vídeo e a maioria dos fraudadores prefere mostrar os objetos sem obstáculos.
É possível que as forças armadas britânicas estejam testando um novo tipo de avião secreto. Por uma década, antes da revelacão do bombardeiro secreto B-2, centenas de testemunhas relataram uma asa voadora negra.
A maioria das pessoas pensavam que estavam vendo coisas. Até que a força aérea derrubou finalmente o sigilo. Poderia o " Dudley Dorito" ser um novo tipo de avião misterioso?
fonte: Gather
Cientistas revelam a surpreendente simplicidade da geometria cerebral
No cérebro, as ligações nervosas estão estruturadas de uma forma muito mais simples do que se pensava
O cérebro humano é o objecto mais complexo que conhecemos, mas a organização das suas ligações nervosas é das coisas mais simples que se possa imaginar.
Basta olhar para a imagem que ilustra esta notícia para perceber do que se trata. Elas revelam que, ao contrário do que se poderia pensar, a arquitectura das ligações nervosas no cérebro não tem nada a ver com um emaranhado sem nexo de esparguete — e tudo a ver com a malha, muito bem organizada e estruturada, de um tecido acabado de sair do tear. Esta sexta-feira, na revista Science, Van Wedeen, da Universidade de Harvard, e colegas publicam estas espectaculares visualizações do cérebro (humano e de vários primatas) e explicam como chegaram à surpreendente conclusão de que a arquitectura dos circuitos nervosos, que define a geometria subjacente do cérebro adulto, é uma simples retícula 3D, com todas as fibras projectadas pelos neurónios a entrecruzarem-se em ângulo recto numa das três dimensões do espaço.
“O nosso objectivo era mapear a arquitectura das fibras cerebrais”, explica Wedeen numpodcast no site da revista. “Dada uma ligação, por onde é que ela passa na sua vizinhança imediata? Descobrimos que essa organização não podia ser mais simples.” As fibras formam superfícies curvas onde pacotes de fibras paralelas entre si se cruzam num ângulo recto com outros pacotes de fibras paralelas entre si. E não é tudo: o fenómeno não é apenas local, estende-se ao cérebro todo. Essas superfícies bidimensionais não são independentes umas das outras: empilham-se umas em cima das outras e estão ligadas entre si por pacotes de fibras perpendiculares a elas, fazendo com que a totalidade do cérebro esteja interligada da mesma forma: “As diversas partes do cérebro são como as peças de um puzzle que se encaixam umas nas outras”, salienta Weeden. “A estrutura do cérebro é um todo unificado.” Não é aleatória, mas construída com base em regras extremamente simples. “No cérebro adulto”, explica ainda Wedeen, “as fibras estão tremendamente retorcidas e dobradas, mas a geometria do cérebro continua a poder ser essencialmente descrita como uma retícula 3D”.
Já se sabia que as ligações nervosas dentro de certas partes do cérebro, como a espinal medula ou o tronco cerebral (uma das suas estruturas mais “primitivas”), estavam assim organizadas — espelhando, aliás, os padrões de base do desenvolvimento embrionário. Mas o resto do cérebro — e em particular o córtex, a sua casca exterior, responsável pelas funções cognitivas superiores dos humanos — tem um aspecto tão retorcido, com tantas convoluções, que parecia impossível que essa mesma organização ali prevalecesse, já para não falar nas interligações à escala global. Mas estava fora de questão fazer-se estudos no ser humano injectando, por exemplo, compostos químicos para seguir o seu rasto nos tecidos cerebrais.
Agora, os investigadores conseguiram ultrapassar os obstáculos graças às mais poderosas técnicas de visualização não invasiva do cérebro, aliadas a sofisticadas análises matemáticas. E o sistema subjacente, que rege o desenvolvimento do cérebro guiando o crescimento das fibras nervosas e que até aqui permanecera oculto, surgiu então com toda a sua elegante simplicidade.
A técnica de visualização utilizada foi a DSI (diffusion spectrum imaging), forma de ressonância magnética que “mapeia as fibras [nervosas] através dos movimentos das moléculas de água nos tecidos”, diz Wedeen. “A seguir, uma série de análises matemáticas permitiram inferir qual o padrão de fibras nervosas mais susceptível de ter produzido esse padrão de fluxos de água.”
Os cientistas analisaram a forma como as fibras nervosas se cruzam em diversos pontos do cérebro, para “desmontar a estrutura dos cruzamentos”. E viram que “em cada cantinho, essa estrutura é basicamente uma grelha cúbica”. E também analisaram os cérebros de vários primatas e de voluntários humanos, pondo em evidência o mesmo tipo de sistema natural de “coordenadas espaciais” em todos essas espécies.
“Acho que ninguém suspeitava que o cérebro pudesse ter este tipo de padrão geométrico omnipresente”, frisa Wedeen. Para mais, esta forma de construção do cérebro faz todo o sentido do ponto de vista evolutivo, tornando possível a crescente complexidade do cérebro: “É precisamente a simplicidade desta estrutura quadricular que permite integrar as mudanças graduais e aleatórias da evolução”, diz o investigador.
fonte: Público
Deslindado o mistério dos girassóis mutantes de Van Gogh
Um detalhe do quadro do Van Gogh
O girassol normal (à esquerda), a mutação duas flores (ao centro) e a mutação tubular (à direita)
Havia um mistério de teor biológico nos girassóis envasados que Vincent van Gogh pintou. Parte das plantas desenhadas em 1888 pelo artista holandês eram mutantes, e uma equipa conseguiu agora deslindar o funcionamento desta mutação que dava um aspecto diferente à planta. O artigo que explica este fenómeno foi publicado nesta quinta-feira na revista PLoS Genetics.
O girassol parece uma flor, mas na verdade são muitas flores agregadas, por isso chama-se inflorescência. Cada estrutura que se assemelha a uma pétala grande e amarela não é mais do que uma flor modificada, incapaz de produzir sementes. Por dentro também existem inúmeras pequenas flores em forma de tubo, que estão arrumadas em círculos concêntricos. Podem ser polinizadas e dar sementes.
A estrutura é muito eficiente na polinização e várias espécies diferentes de plantas da família dos girassóis evoluíram neste sentido.
A disposição natural do girassol é de uma circunferência externa de grandes “pétalas” e várias circunferências até ao centro de pequeninas flores. Mas existem indivíduos mutantes que apresentam um gradiente de grandes “pétalas” desde a parte mais externa até ao centro da inflorescência.
Estas duplas flores, como lhes chamaram os cientistas, estão representadas numa série de quadros de Van Gogh. Uma equipa da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos, fez vários cruzamentos destas variedades de girassol para compreender o funcionamento dos genes por trás do fenómeno.
A equipa, liderada por John Burke, já sabia que estas modificações tinham de estar associadas a um gene que controla a forma das flores. Através de uma análise genética, os investigadores perceberam que, na planta mutada, parte deste gene não funcionava bem.
O mecanismo que naturalmente restringia as flores que se parecem com grandes “pétalas” à parte exterior da inflorescência ficava desligado nas plantas com a mutação e todas as estruturas que deveriam tornar-se pequenas flores acabavam por se diferenciar em “pétalas”. O resultado era um indivíduo infértil.
Mas os cruzamentos desvendaram ainda uma segunda mutação, que provocava no girassol o efeito inverso das duplas flores. Neste caso, na inflorescência só se desenvolviam pequenas flores tubulares. As grandes “pétalas” que normalmente estavam na parte exterior foram substituídas por flores tubulares amarelas um pouco maiores. A equipa descobriu que a causa desta mudança era uma alteração do gene que controla a forma das flores e inutilizava completamente o seu funcionamento.
“Além de ter interesse do ponto de vista histórico, esta descoberta permite-nos compreender a base molecular de uma característica que é importante a nível económico”, sublinhou Burke. E assim ficámos a perceber como é que parte dos girassóis de Van Gogh era, afinal, infértil.
fonte: Público
Encontrados os motores da missão Apollo 11
O Columbia, um dos módulos da missão Apollo 11, em exposição no Smithsonian
Os motores da histórica missão Apollo 11, que levaram pela primeira vez o homem à Lua, foram encontrados no fundo do Oceano Atlântico. Agora, uma expedição vai tentar recuperá-los, revelou nesta quarta-feira Jeff Bezos, o fundador da Amazon e responsável pela iniciativa.
Os cinco motores F-1 que enviaram o astronauta Neil Armstrong e a sua equipa à Lua em Julho de 1969 foram encontrados a 4267 metros de profundidade, graças a sonares de última geração. “Estamos a planear recuperar um ou mais motores do fundo do oceano”, disse ontem Jeff Bezos no seu site Bezos Expeditions.
Mas ninguém sabe em que estado estão os motores. “Eles atingiram o oceano a velocidades elevadas e estão mergulhados em água salgada há mais de 40 anos. Ainda assim, foram fabricados com materiais muito resistentes. Por isso, é esperar para ver”, acrescentou.
O milionário justifica esta iniciativa com a promoção do entusiasmo pela ciência e pela exploração. “Tinha cinco anos quando assisti à missão Apollo 11 na televisão e sem dúvida alguma isso contribuiu muito para a minha paixão pela ciência, engenharia e exploração”. Agora, numa missão que conta unicamente com fundos privados, Bezos quer ajudar a inspirar os jovens a “inventar e explorar”.
A Apollo 11, com os seus três tripulantes – Neil Armstrong, Edwin Buzz Aldrin e Michael Collins – a bordo do foguetão Saturno V, foi lançada de Cabo Canaveral, na Florida, a 16 de Julho de 1969. Milhares de pessoas assistiram ao evento em redor do Centro Espacial Kennedy e milhões através da televisão. A 20 de Julho chegou ao seu destino e Neil Armstrong tornou-se no primeiro homem a pisar a Lua.
Os motores que forem recuperados são propriedade da agência espacial norte-americana (NASA). “Imagino que a NASA decida pô-los em exposição no Smithsonian [Museu Nacional do Ar e do Espaço, em Washington] para o grande público”. Bezos disse que pediu à NASA para “aceitar confiar um ao Museu do Ar de Seattle”, onde se situa a sede da Amazon.
fonte: Público
Novo fóssil de pé de hominídeo põe fim à solidão da australopiteca Lucy
Durante décadas pensou-se que oAustralopithecus afarensis, a espécie a que pertence a famosa Lucy, da África austral, era o único hominídeo no período entre 3,9 e 2,9 milhões. Afinal não era. Lado a lado, há 3,4 milhões de anos, havia outro hominídeo de que se sabe muito pouco. Apenas oito ossos do pé direito de um indivíduo desta espécie foram encontrados em 2009.
Tinha, tal como os gorilas, o dedo grande oponível, eficaz para quem trepava às árvores, mas era bípede como Lucy e caminhava com os dois pés a distâncias curtas. A descoberta, publicada nesta quarta-feira na Nature, ainda não valeu a junção de um elemento novo à árvore evolutiva dos hominídeos: são necessários mais dados, mas, para já, aumentou a complexidade da história humana e do aparecimento do bipedismo.
“Esta descoberta mostra-nos pela primeira vez que existia uma outra linhagem de hominídeos contemporâneos da Lucy. Temos um animal que estaria nas árvores durante uma parte significativa do tempo, mas quando descia até ao chão apoiar-se-ia nos metatarsos [ossos dos pés] laterais. Isto contrasta com o Australopithecus afarensis, que não subia às árvores e mostra as diferenças entre os dois padrões de locomoção”, explica Bruce Latimer, da Case Western Reserve University, de Cleveland, EUA. “Honestamente, pensaria que o Australopithecus afarensis era uma espécie sozinha”, diz o especialista, um dos autores do artigo.
Os oito ossos com 3,4 milhões de anos foram encontrados em Fevereiro de 2009, região de Afar, no centro da Etiópia. São quatro metatarsos do pé direito (os ossos que vêm antes de cada falange), três falanges proximais e uma falange média. A descoberta está longe de dar uma visão completa do hominídeo desconhecido como fez o esqueleto da Lucy, descoberto em 1974, em relação ao Australopithecus afarensis. Ou como aconteceu com a Ardi, encontrada em 1994 mas apresentada ao mundo só em 2009. Considerada por muitos a avó da humanidade, a Ardi, um homínideo mais velho do que a Lucy, viveu há 4,4 milhões de anos e pertence à espécie Ardipithecus ramidus.
Um pé no meio da evolução
“Os primeiros hominíneos [o ramo humano da evolução] são caracterizados por uma grande diversidade que se reflecte nos vários géneros e nas muitas espécies existentes entre 7 e 2,5 milhões de anos. A passagem para o bipedismo terá sido gradual e em função das características ambientais e, consequentemente, hábitos dietéticos”, explica ao PÚBLICO Eugénia Cunha, antropóloga e professora da Universidade de Coimbra, que não esteve envolvida no trabalho.
A Ardi é importante para esta história, porque existiu um milhão de anos antes do dono do novo fóssil, na Etiópia, e os ossos do dedo grande mostram que ele era oponível, de quem vivia nas árvores. Mas o resto do pé indica que mantinha um caminhar a duas pernas, embora com um estilo mais coxo do que os hominídeos que surgiram depois. A espécie da Lucy, por exemplo, já tinha os ossos do dedo grande a acompanhar os dos outros dedos do pé, tal como o pé humano actual. Um sinal claro de uma espécie que fazia a vida no chão.
O novo fóssil tinha características intermédias. “Este pé parece ser uma continuação/evolução do género Ardipithecus de há 4,4 milhões de anos. Nesse aspecto é interessante verificar que esse género poderá ter tido continuidade”, avalia a investigadora portuguesa. Caminhava de forma bípede, porque a ligação entre os metatarsos laterais e as falanges tinha as características que permitiam dar o impulso com os dedos dos pés para iniciar o próximo passo. Mas não tinha o arco do pé, porque o dedo grande era oponível. “Provavelmente usava o dedo grande para se equilibrar”, sugeriu Bruce Latimer, numa conferência de imprensa. “Tenho dificuldade em pensar como é que esta espécie caminharia”, admite, rindo-se.
À espera de mais fósseis
A descoberta reforça, no entanto, o que a Ardi já tinha mostrado. O antepassado de chimpanzés, gorilas e humanos (e tudo o que existiu entre estas espécies), um ser muito mais antigo do que Ardi, que viveu há cerca de dez milhões de anos, não teria um aspecto parecido com os primatas de hoje, como se pensou durante décadas. O gorila e o chimpanzé divergiram tanto desse antepassado como nós. “O pé do chimpanzé é um modelo impróprio e pobre para o que seria o pé ancestral humano. É muito diferenciado, e agora podemos ver isto”, reflecte Latimer. Faltam mais fósseis do esqueleto deste hominídeo para os cientistas conseguirem dizer que é uma nova espécie e para se conhecer os seus hábitos alimentares. “Este pé não é necessariamente uma nova espécie. A história da paleontologia humana diz-nos que devemos ser prudentes relativamente à criação de novas espécies. Os autores são cautelosos a esse respeito”, contextualiza Eugénia Cunha, explicando que pode ser uma “continuidade do Ardipithecus”.
Mas o contexto geológico responde a muitas questões sobre que local era aquele há 3,4 milhões de anos. “Era um ambiente aquático, os rios desaguavam numa massa de água perene, haveria floresta à beira da água, o que é consistente com o registo fóssil de uma criatura que trepava às árvores”, descreve Beverly Saylor, outra autora do artigo.
Estes dados sobre o ambiente são importantes. O registo fóssil da espécie da Lucy estende-se ao longo de um milhão de anos. Além de se sobrepor temporalmente à nova descoberta, muitos achados estão a poucos quilómetros de distância do fóssil do pé. Por isso, existiam duas espécies a servirem-se de nichos ecológicos diferentes na mesma região. Uma ficava em cima das árvores, a outra, por contraste, optou pelo chão. “Temos tipos divergentes de bipedismo, um como o da Lucy, a andar de forma erecta, decidida a caminhar no chão”, interpreta Latimer. O outro a ficar nas árvores.
Uma conclusão imediata é que, afinal, a variedade de hominídeos foi maior, assim como as suas morfologias e adaptações ao ambiente. Num artigo de análise da Nature, Daniel Liberman, da Universidade de Harvard, refere que “são necessários mais fósseis para determinar qual o corpo que acompanha este pé e para perceber que características [do bipedismo] evoluíram uma só vez ou várias vezes”. É preciso voltar ao terreno à procura das próximas ossadas.
fonte: Público
Bezerro de seis patas torna-se atracção na Suíça
Saudável, Lilli tem demonstrado boa forma e energia, além de receber visitas de curiosos diariamente
Chama-se Lilli e esteve para ser abatido devido à deficiência. Apesar disso, o bezerro suíço resistiu e é hoje uma atracção de Weissenburg, cidade localizada a cerca de 30 quilómetros de Berna.
O animal nasceu há dois meses e, de acordo com o ‘Daily Mail’, foi fruto de um parto complicado.
O veterinário, ao aperceber-se das duas patas extra, aconselhou o dono do animal a abatê-lo por dificuldades de sobrevivências, mas Andreas Knutti explicou aos jornalistas que não o conseguiu fazer.
Saudável, Lilli tem demonstrado boa forma e energia, além de receber visitas de curiosos diariamente.
fonte: Correio da Manhã
Sonhos são inspiração para invenções e obras de arte
A maior parte das pessoas desconhece o "impacto” dos sonhos na sociedade, muito dos quais terão conduzido a importantes criações da humanidade, afirmou hoje no Porto a neurocientista Teresa Paiva, apontando a “realidade virtual” como um exemplo.
“A realidade virtual é uma grande descoberta que tem raiz nos sonhos. Efetivamente, a realidade virtual é um colocar na prática aquilo que nós queremos imaginar, o que nos coloca a questão sobre o que é a realidade: É o que o cérebro vê ou o que existe independentemente do cérebro? É uma coisa complicada”, considerou.
Segundo Teresa Paiva, “há muitas descobertas que foram feitas depois de uma pessoa ter dormido ou depois de ter sonhado. O anel de benzeno, a máquina de costura e muitas obras da pintura, da literatura e da música terão sido concebidas enquanto a pessoa estava a sonhar”.
A neurocientista apontou também o tema “Yesterday”, de Paul McCartney, a história do “Mr. Jack e Mr. Hide”, um dos maiores sucessos literários de Robert Stevenson, e até a máquina de costura, como tendo resultado de sonhos dos seus autores.
“Coisas altamente improváveis podem acontecer no sonho e o sonhador tem-nas como verdade”, afirmou.
Aparentemente, referiu Teresa Paiva, “o primeiro livro sobre sonhos aparece na Mesopotâmia , qualquer coisa como três a cinco mil anos antes de Cristo”.
“Nas civilizações antigas, os sonhos eram tidos em grande consideração e muitos profetas apresentavam a capacidade de descodificar sonhos. Alguns sonhos eram aceites como mensagens de Deus, enquanto outros conduziam a importantes criações da humanidade”.
De acordo com a neurologista, que irá proferir, hoje, uma conferência sobre as “Relações mútuas entre sono, sonho e sociedade”, no simpósio “Aquém e Além do Cérebro”, sonha-se com o que vê, mas arquitetado de uma forma diferente”.
“Porque, basicamente, quando estamos a sonhar, o nosso lobo central – responsável pelo bom senso, pela razão e decisão - não está a funcionar. É só a parte imaginativa, visual, imagética. Podemos acreditar que estamos a voar ou que encontramos a rainha de Inglaterra”, frisou.
fonte: Sol
Pesticidas estão a exterminar as abelhas
Responsáveis por 80% da polinização de plantas agrícolas, os insectos estão a ser mortos por pesticidas comuns, afirmam cientistas que já são contestados pela indústria.
Nas últimas duas décadas, as populações de abelhas têm sido dizimadas por um fator desconhecido, que se suspeitava ser ambiental. O problema tem grandes implicações para a agricultura, já que estes insectos são responsáveis por 80% da polinização das plantas de interesse agrícola. Circularam várias teorias, culpando desde os telemóveis às alterações climáticas, mas dois novos estudos, publicados no último número da revista Science, esclarecem a natureza do mistério: a culpa pertence aos pesticidas comuns e a descoberta já está a causar polémica.
Os insecticidas são usados para proteger as colheitas de insectos nocivos mas segundo um estudo realizado por uma equipa francesa, podem alterar de forma subtil o comportamento das abelhas que saem das colmeias em busca de alimento e sem as quais as culturas estariam comprometidas.
Conduzida por cientistas do Instituto Nacional de Investigação Agronómica, esta investigação consistiu em marcar 653 abelhas com minúsculas identificações rádio que depois serviram para criar um modelo do movimento dos animais no terreno. Alguns destes receberam doses de thiamethoxam e os investigadores constataram que este composto aumentava a desorientação, impedindo muitas abelhas de encontrar o seu caminho para a colmeia.
O estudo britânico, efetuado por cientistas da Universidade de Stirling, foi muito semelhante, mas as colónias foram expostas a um composto também neonicotinóide, mas chamado imidacloropride, que é aliás o mais importante no mercado. O resultado foi semelhante: as abelhas perdiam o sentido de orientação e bastavam pequenas doses de exposição ao químico.
A investigação já tem consequências. O Ministério da Agricultura francês proibiu o pesticida Cruiser OSR, produzido pelo grupo suíço Syngenta, mesmo sem esperar pela confirmação destes dados. Os franceses querem acelerar os ensaios de campo que se debruçam sobre o problema da redução da população de abelhas e a indústria já começou a criticar os dois estudos, contestando os níveis de neonicotinóides que os insectos receberam.
fonte: DN
Tornado solar que podia 'varrer' a Terra
O impressionante fenómeno foi filmado pela primeira vez. É cinco vezes maior que a Terra e a temperatura atinge entre os 50 mil e os dois milhões de graus.
O tornado foi captado por um satélite da Nasa que tem como objetivo estudar o Sol. O fenómeno foi filmado em setembro do ano passado e agora divulgado por investigadores da Universidade de Aberystwyth, no Reino Unido.
Enquanto os tornados mais devastadores que se registam em Terra chegam a atingir os 150 quilómetros/hora, este atingiu os 300 quilómetros/hora e teve 200 mil quilómetros de altitude. Os gases quentes subiram em forma de espiral da superfície do Sol durante três horas. "Esta é a primeira vez que um tornado solar é captado por uma câmara. Anteriormente, o satélite SOHO já havia descoberto outros tornados mais pequenos, mas não foram gravados", explicou o investigador Xing Li.
fonte: DN
Titanoboa: um dos maiores predadores da Terra
É a maior espécie de serpente alguma vez descoberta e agora foi recriada de forma a se apreciar todo o esplendor e assustador aspeto. Está no museu de História Natural de Washington, depois de ter estado em Nova Iorque.
O seu tamanho e instinto predador faz da Titanoboa uma das espécies que dominou o mundo aquático há 60 milhões de anos. Teria 13 metros de comprimento e pesaria mais de mil quilos. Podia atacar crocodilos.
fonte: DN
Google apresenta um carro que se conduz sozinho
Um carro que se conduz sozinho? Para provar que é possível, a Google, empresa responsável pelo protótipo, sentou ao volante do seu automóvel um cego.
O filme que está disponível no YouTube mostra a viagem de Steve Mahan, um homem que perdeu 95% da sua capacidade de visão e que, apesar disso, consegue conduzir um Toyota Prius equipado com a tecnologia de condução automática da Google.
"Isto dar-me-ia a independência e a possibilidade de ir aonde preciso", explica Mahan. No filme, vê-se Steve Mahan a ir comprar comida a um drive-in e depois a estacionar num parque para ir à lavandaria. É possível ver como o volante se move sozinho e o carro circula, cumprindo as regras de trânsito. "Sem mãos e sem pés", comenta o condutor.
O automóvel está equipado com um sistema de radares e laser, e usa os mapas da Google.
fonte: DN
quinta-feira, 29 de março de 2012
Invasão de ratos gigantes assusta moradores na Flórida
Rato gigante capturado em Grassy Key, na Flórida, em 2007. (Foto: Divulgação/Florida Fish and Wildlife Conservation Commission)
CRIATURA CHEGA A PESAR 4 KG E É CONFUNDIDA COM GAMBÁ. RATO GIGANTE DE GÂMBIA FOI SOLTO EM GRASSY KEY POR CRIADOR.
Uma invasão de ratos gigantes, alguns maiores do que gatos, tem apavorado os moradores de Grassy Key, no estado da Flórida (EUA).
Cerca de 20 dessas criaturas, que chegam a pesar mais de quatro quilos e muitas vezes são confundidas com gambás, foram capturadas na ilha no ano passado, segundo reportagem do site "KeysNet".
A espécie invasora de ratos gigantes originária de Gâmbia, na África, era criada por um morador da área, que acabou soltando os roedores em Grassy Key.
Funcionários da agência de preservação do estado temem que, se os famintos ratos chegarem ao continente, eles possam acabar com algumas culturas e interferir no equilíbrio ecológico.
"Nós pensávamos que eles tinham sido abatidos", disse Scott Hardin, coordenador de espécies exóticas da Comissão de Conservação da Vida Selvagem e dos Peixes da Flórida.
A agência tem usado armadilhas para tentar capturar a espécie.
fonte: G1
Contactos com UFOs no Espaço
Desde a década de 50, quando os primeiros vôos espaciais não tripulados foram lançados, naves extraterrestres parecem monitorar cada passo da humanidade e principalmente a nossa ambição de militarizar o espaço.
Evidências comprovam que todos os foguetes norte-americanos e soviéticos, além das missões ao espaço foram observados e seguidos por discos voadores. A NASA e a Agência Espacial Russa têm total conhecimento dos factos, mas insistem em acobertá-los e jamais admitiram o que sabem.
Muitos astronautas já tiveram a oportunidade de observar UFOs no espaço e alguns até contactaram seus tripulantes.
Este documentário mostra os testemunhos desses profissionais, assim como filmagens estarrecedoras de discos voadores no espaço e na superfície da Lua.
Sei que muita gente acha que isso não não existe, mas quando comecei meu curso entre as primeiras coisas que aprendi, estavam como deveríamos proceder em caso de avistamento de OVINIs. Não falarei mais nada a respeito.
fonte: YouTube
Nem deuses, nem astronautas. Conheça os ‘Ovnis’ de Maringá
Fotos e filmagens de aparições de luzes piscantes no céu de Maringá caíram nas redes sociais e no YouTube, renderam milhares de acessos e as mais diversas interpretações.
Invasão extraterrestre? Criaturas de outro mundo de olho em Maringá? De jeito nenhum. Por trás das luzes está um grupo com os pés nem seguros no chão, comandando toda a acção por controle remoto.
O grupo de aeromodelistas se reúne três vezes por semana no Contorno Norte, próximo ao Jardim Dias.
O objetivo não é assustar ninguém com as luzes no céu, mas brincar com o voo nocturno dos aeromodelos iluminados por lâmpadas LED.
Esses voos acontecem desde 2010. O grupo nunca desconfiou que alguém confundisse a brincadeira com uma actividade paranormal.
“Depois que a gente viu no Diário foi pesquisar. Tem vídeo com milhares de acessos, tem foto de dois anos atrás comentando que pode ser disco voador”, ri Agnaldo, um dos membros do grupo de aeromodelistas.
As fotos nesta postagem foram enviadas pelo próprio grupo de maringaenses que curtem iluminar o céu, mas que afirmam não ter relação alguma com a vida fora da Terra.
fonte: O Diário
Cão mais pequeno do mundo cabe num iPhone
Com apenas dez centímetros, Beyonce nasceu sem batimentos cardíacos e teve de ser reanimada. Agora é candidata ao Guinness World Records.
Uma cadelinha de apenas 10 centímetros, chamada Beyonce, nasceu tão pequena que cabe em cima de um iPhone. O animal foi recolhido na rua, pela Grace Foundation Animal Shelter, no norte da Califórnia, pouco tempo depois de ter nascido, juntamente com mais quatro crias.
A pequena Beyonce foi a última a nascer e os elmentos da Grace Foundation, que a recolheram, tiveram de lhe fazer massagem cardíaca e respiração boca-a-boca para a reanimar, uma vez que nasceu sem sinal de batimentos cardíacos.
Três semanas depois, Beyonce, fintou a morte e herdou o nome da famosa cantora pop norte-americana devido ao tema "I am a Survivor". Agora é candidata ao Guinness World Records como o cão mais pequeno do mundo.
fonte: DN
quarta-feira, 28 de março de 2012
Os 10 maiores problemas com as viagens interestelares
O homem já foi à lua, e para muitas pessoas, a progressão natural é viajar para as estrelas. Tais viagens são temas de inúmeras histórias de filmes de ficção cxientifica, mas, mesmo que tenha a impressão de que uma viagem interestelar é uma tarefa fácil, nossa inteligência ainda está anos-luz atrás disso. Veja problemas sérios que devem ser resolvidos antes do homem chegar mais longe:
1 – Mais rápido do que a luz
Se acha que viajar mais rápido que a luz é possível, está bem longe da verdade. A realidade é que a física impede isso. Mesmo viagens perto da velocidade da luz possuem todos os tipos de problemas interessantes envolvendo massa e energia.
Nossa única possibilidade é a utilização de “portais buraco de minhoca” (um buraco de verme ou buraco de minhoca é uma característica topológica hipotética do continuum espaço-tempo, a qual é, em essência, um “atalho” através do espaço e do tempo). Tal buraco de minhoca teria que ser cuidadosamente controlado, o que está além de nossas capacidades actuais, e teríamos que, de alguma forma, criar um buraco de minhoca “gémeo” no nosso destino desejado, o que exige outra pessoa na outra extremidade. Isso não é viável para o primeiro voo interestelar. Pior ainda, os efeitos físicos de viajar através de um buraco de minhoca permanente ou semi-permanente deformaria e destruiria qualquer matéria. Você chegaria ao seu destino como um plasma.
2 – Teletransporte
O teletransporte clássico envolve uma pessoa ativar um dispositivo e desaparecer para reaparecer ao mesmo tempo ao seu destino. Átomos da pessoa seriam teletransportados e desmontados na máquina de teletransporte, fisicamente transferidos para o seu destino, e remontados.
Há leis físicas que não nos permitem manipular a matéria num nível tão refinado sobre as vastas distâncias entre as estrelas. Então teletransporte só poderia ocorrer em lugares que já foram visitados (e que tivessem uma máquina de remontagem no destino). Aliás, nós ainda não sabemos como lidar com a remontagem, mas pode ser possível.
Os átomos viajam mais rápido do que viajar como um corpo inteiro, mas ainda assim levaria anos, pelo menos. A estrela mais próxima ao sol está a quatro anos-luz de distância, então qualquer coisa enviada para lá iria demorar mais de quatro anos para chegar. Alternativamente, a máquina de remontagem pode ter os átomos da pessoa para remontar, mas isso é, em essência, criar uma cópia e destruir o original. Muitas pessoas não se sentiriam confortáveis com isso.
3 – “Nave de geração”
As “naves de geração”, ou “generation ships”, são um tipo de nave hipotética na qual pessoas conseguiriam sobreviver durante viagens interestelares.
Mesmo que a estrela mais próxima da gente leve quatro anos para chegar, objetos pesados levariam muito mais tempo. Para chegar na maioria das estrelas, levaria centenas de anos, pelo menos.
Naves de geração são projetadas para uma população viver em gerações até que o destino seja alcançado pelos descendentes, muitos anos depois. Existem vários problemas com isso, é claro. Os descendentes podem esquecer o objetivo inicial da missão, que se transformaria em lenda ao longo dos anos. Um sistema de computador inteligente pode ser capaz de educar as pessoas nascidas na nave para evitar isso, mas ainda assim, se tornaria cada vez mais difícil prever o que poderia ocorrer conforme as gerações passam. Se há um problema com a nave, uma população que cresceu à selvageria ao longo dos séculos seria impotente.
4 – “Naves de óvulo”
Para remover a incerteza das naves de geração, as naves de óvulos poderiam ser usados. Estas levariam óvulos humanos congelados fertilizados que seriam alimentados por máquinas cuidadosamente desenhadas, actuando como úteros, pais e educadores.
Os óvulos seriam cultivados em seres humanos quando a estrela ou planeta distante for atingido, e os computadores ensinariam tudo o que eles precisam saber sobre a sua missão, como sobreviver, e o que fazer. Isso está bem além de nossa capacidade no momento, mas talvez não seja impossível no futuro. No entanto, como o navio de geração, o problema é que essa nave não estaria levando um indivíduo que quer viajar para as estrelas. Seres humanos artificialmente criados para viver o sonho de alcançar as estrelas é inaceitável para muitas pessoas.
5 – Longevidade
Uma alternativa aos itens anteriores é melhorar geneticamente as pessoas para que elas vivam por centenas ou milhares de anos e façam uma viagem interestelar durante sua própria vida, assumindo que os outros problemas para viajar no espaço tenham sido resolvidos.
Longevidade e imortalidade são temas da pesquisa científica, mas o seu maior obstáculo são os telómeros. Os telómeros são seções nas extremidades do ADN que são cortados (ficam ligeiramente mais curtos) cada vez que as células se dividem. Eventualmente, os telómeros são “devorados”, e suas células começam a prejudicar o seu próprio ADN vital conforme se dividem.
Isto significa que o nosso próprio ADN limita o número de divisões celulares que podemos fazer. As células se dividem para substituir as células velhas ou danificadas. A resposta para viver mais parece estar em manter os telómeros longos, mas geralmente apenas células adultas cancerosas podem fazer isso.
6 – Não envelhecer
Quando longevidade e gerações não são possíveis, muitos filmes e histórias usam seres humanos mantidos em animação suspensa para explicar viagens longas. As pessoas não seriam capazes de envelhecer em tal estado, ou o fariam muito lentamente, e seria muito parecido com hibernação. Infelizmente, os telómeros novamente apresentam um problema.
Os nossos corpos contêm sempre um pequeno número de elementos radioactivos, que emitem pequenas quantidades de radiação, inofensivas porque nossas células continuamente substituem as danificadas. Se uma pessoa não envelhece, seus telómeros não encurtam e as células não podem ser divididas. Daí decorre que os elementos radioactivos poderiam causar danos permanentes no corpo, e em tempo suficiente, resultar em morte. Mesmo retardar o envelhecimento não evita danos radioactivos por longos períodos de tempo. Precisamos que nossas células se dividam numa taxa normal.
7 – Propulsão
Mesmo que os problemas humanos de viajar para outras estrelas sejam resolvidos, resta a questão da propulsão. Para chegar à outra estrela, grandes quantidades impraticáveis de combustível seriam necessárias.
Uma solução é apanhar combustível pelo caminho. No espaço entre as estrelas, asteroides e planetas não são convenientes para pousar e explorar atrás de combustível. Felizmente, o espaço não é bem um vácuo, e existem pequenos átomos dispersos distantes, principalmente hidrogénio. A uma velocidade rápida, estes átomos poderiam recolhidos e usados como combustível numa reação eficiente, tais como a fusão (presumindo que um dia atingiremos a fusão). Para recolhe-los, uma “colher” grande é necessária, em cálculos conservadores, pelo menos 2.000 quilómetros quadrados de área, o que atrasaria e limitaria a velocidade de uma nave espacial. Este sistema é também muito ineficiente e não viável, considerando que o nosso sol está numa região esparsa do espaço, fornecendo uma fonte de combustível pobre.
8 – Danos
Nossas estrelas mais próximas são Alpha Centauri, quatro anos-luz de distância. Viajando a uma velocidade padrão de carro, a 60 km/h, levaria 72 milhões de anos para chegar. Mesmo vencendo todos os argumentos acima, tal estrutura no tempo é impossível devido ao desgaste natural, além da probabilidade de quase zero de chegar a algum lugar depois de tanto tempo.
Velocidade é necessária, mesmo se limitada pela velocidade da luz. Devido aos pequenos átomos espalhados pelo espaço, qualquer nave que viaje a grande velocidade será impactada por esses átomos com tanta força que é capaz de rasgar mesmo o aço mais forte. Duas opções permanecem: seres humanos ou máquinas que constantemente concertariam os danos, o que exigiria quantidades impraticavelmente grandes de material de reparação, ou uma nave feita de material elástico que se autocura. A boa notícia é que a NASA fez uma pesquisa em tais materiais. A má notícia é que a agência não achou que eles são viáveis.
9 – Gravidade
A estrutura de nossos corpos depende da gravidade. Quando os seres humanos não vivem na gravidade da Terra normal, nosso corpo começa a sofrer. Depois de algumas semanas ou meses, nossos ossos ficam frágeis e temos fadiga muscular, com efeitos muito mais desagradáveis a longo prazo.
Estes podem ser um pouco combatidos com vários exercícios e dietas, mas após anos ou décadas no espaço, o corpo humano torna-se permanentemente danificado. Mesmo para voos relativamente curtos, a visão se deteriora tanto que a NASA considera esse um grande limite a ser superado antes de empreender missões tripuladas a Marte. Ao invés de viver na ausência da gravidade, a aceleração da gravidade pode ser induzida pela rotação rápida da nave. Infelizmente, isso requer enormes quantidades de energia e combustível, e provoca náuseas a curto prazo. Os efeitos a longo prazo não foram estudados, mas são considerados pouco graves.
10 – Comida, água, ar
Todos os seres humanos que vivessem numa nave por longos períodos de tempo precisariam de suporte de vida: comer, beber, respirar, urinar, excretar, lavar e dormir. Muitos desses problemas foram abordados em voos espaciais já realizadas. No entanto, em trajetos mais longos, a quantidade de comida e água necessária torna-se demasiada grande para ser viável.
A solução mais provável é fazer da nave um ecossistema autossuficiente. As plantas poderiam produzir ar, serem comidas, e consumirem resíduos humanos. Qualquer ecossistema é um pouco ineficiente, mas ainda poderia sustentar-se, possivelmente, tempo suficiente para chegar ao destino. O equipamento da nave iria gradualmente se deteriorar a partir dos vários gases reciclados, mas manutenção inteligente ou novos materiais poderiam contornar isso. O sistema mais eficiente envolveria uma única planta. As algas têm sido muito pesquisadas por seu potencial: cuidariam do ar, resíduos, e de alimentos. A alga não é uma fonte completa de nutrição em si, e torna-se tóxica se contaminada ou quando consumida em grandes quantidades, mas a engenharia genética pode mudar isso no futuro.
fonte: Revoada
Ancestral de baleia beluga vivia em águas temperadas
Ilustração mostra a espécie ancestral em primeiro plano. Ao fundo, a beluga e o narval
Jorge Velez-Juarbe e Nicholas Pyenson, uma equipa de dois paleontólogos do Instituto Smithsonian (EUA), descobriu uma espécie ancestral da baleia beluga, que vivia em águas temperadas há entre três a quatro milhões de anos. Actualmente, esta espécie habita nas águas frias em torno do círculo polar árctico e, segundo o estudo publicado no «Journal of Vertebrate Paleontology», as belugas e os narvais adaptaram-se a águas frias mais recentemente.
A espécie ancestral foi analisada a partir de um crânio completo, encontrado em 1969 na Virgínia, nos Estados Unidos. A equipa fez comparações anatómicas do fóssil com esqueletos de belugas e confirmaram que se tratava de uma nova espécie de baleia sem dentes – o actual. O animal, que recebeu o nome de Bohaskaia monodontoides, vivia no clima temperado da Virgínia.
Hoje, as belugas e os narvais apenas são encontrados no Árctico e subárctico, apesar de os registros fósseis mais antigos terem sido encontrados em regiões tropicais e temperadas, segundo terão descrito os investigadores.
fonte: Ciência Hoje
Uma das luas de Saturno tem condições para albergar vida
Concepção artística do vôo que Cassini realizou ontem no pólo sul de Encélado. Sonda Cassini analisou os jactos de vapor no pólo sul de Encélado.
Encélado, uma das muitas luas de Saturno, tem grandes potencialidades para albergar vida, acreditam os cientistas. A sonda Cassini, da NASA, obteve novos dados que confirmam este potencial, numa missão realizada ontem em que sobrevoou a região polar do sul daquele satélite natural.
Nesta aproximação, a nave espacial analisou os jactos que são projectados a partir daquilo que pode ser um oceano subterrâneo. Irrompem como se fossem géiseres através das fissuras que se encontram na superfície gelada da lua. Os cientistas acreditam que para confirmar definitivamente a presença de pequenos organismos basta apenas analisar o vapor de água que é emitido.
“Mais de 90 jactos de todos os tamanhos estão a expulsar o vapor de água, partículas de gelo e compostos orgânicos”, explica Carolyn Porco, investigadora da missão Cassini. A nave voou ontem a 46 milhas do pólo sul, confirmando que a salinidade das partículas de gelo é a mesma que as dos oceanos da Terra.
As medições térmicas das fendas de Encélado revelaram temperaturas suficientemente quentes. Os investigadores põem a hipótese de ser Saturno a proporcionar este calor. A sua força gravitacional faz com que a forma da lua mude um pouco todos os dias, à medida que o orbita, movimentos esses que geram calor.
A cientista acredita que o satélite natural, com o seu mar líquido debaixo da superfície, produtos orgânicos e uma fonte de energia pode albergar o mesmo tipo de vida que encontramos em ambientes semelhantes no nosso planeta.
“Pode parecer loucura”, diz, “mas os micróbios podem estar a cair sobre a superfície daquele pequeno mundo. É o lugar mais prometedor que se conhece para encontrar vida fora da Terra”, admite.
fonte: Ciência Hoje
Há milhares de milhões de mundos que podem ter vida
O astrónomo Nuno Santos
Descoberta foi feita por equipa internacional que integra o astrofísico português Nuno Santos, da Universidade do Porto
Os planetas rochosos como a Terra são a regra, e não a exceção, na Via Láctea. Esta é a grande conclusão de um estudo feito por um grupo internacional de astrofísicos, do qual faz parte o português Nuno Santos, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP).
A equipa fez a primeira estimativa de sempre do número de planetas rochosos que orbitam anãs-vermelhas (estrelas de pequena massa e pouco brilhantes, que são as mais comuns na Via Láctea), e chegou ao número "surpreendente de dezenas de milhares de milhões de planetas, só na Via Láctea", disse Xavier Bonfils, do Observatório de Genebra, e primeiro autor do artigo.
A descoberta tem "uma mensagem clara", afirmou por seu turno ao DN o português Nuno Santos. "Provavelmente, a maioria das estrelas que existem têm planetas rochosos em volta", diz o astrofísico do CAUP, sublinhando que "isto abre grandes expectativas para existência de vida noutros planetas, e dá-nos ainda mais alento para desenvolver novos instrumentos capazes de os detetar".
O investigador português não adianta prazos para a descoberta de vida noutros sistemas solares. " É difícil de prever", diz. "Neste momento estamos a tentar descobrir planetas potencialmente habitáveis em torno de estrelas próximas e depois de termos um catálogo é necessário desenvolver a capacidade para detetar vida. Pode ainda levar algum tempo para termos essa capacidade instrumental".
Para realizar o estudo e a estimativa, que foi já aceite para publicação na revistaAstronomy&Astrophysics, o grupo internacional usou o espetrógrafo HARPS, do European Southern Observatory (ESO), com o qual observou uma amostra de 102 anãs-vermelhas ao longo de seis anos. Nesta amostra foram detetados nove planetas do tipo super-terras, (com massas entre uma e 10 vezes a massa da Terra), incluindo dois na zona de habitabilidade, o Gliese 581d e o Gliese 667Cc, que foram notícia aquando da sua descoberta.
Este último, o segundo planeta indentificado já este ano, em fevereiro, apesar de ter quatro vezes mais massa do que a Terra, é o exoplaneta mais parecido com a Terra até hoje encontrado. Além disso, está exatamente no centro da zona de habitabilidade em relação à sua estrela. Ou seja pode ter a temperatura e as condições certas para poder albergar água no estado líquido.
Tudo isto indica que os instrumentos de nova geração para deteção destes novos mundos, como ESPRESSO, um espetrógrafo de alta de resolução que será instalado nos telescópios VLT (Very Large Telescopes) do ESO, no deserto de Atacama, nos próximos anos, "terão muitos planetas destes para descobrir", nota Nuno Santos. "Estamos a apostar no futuro", diz o investigador, cuja equipa está envolvida também no desenvolvimento do ESPRESSO para o VLT.
"O ESPRESSO tem uma participação muito importante de Portugal, liderada por nós, no CAUP, com colaboração de colegas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Estamos a desenhar e a construir alguns dos componentes chave do instrumento. Este projeto vai-nos permitir dar um passo muito importante para construir o tal catálogo de planetas de que falei", conclui o investigador do CAUP.
fonte: DN
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