domingo, 12 de fevereiro de 2012

Novo meteorito de Marte 'aterra' em museu de Londres


Caroline Smith, do Museu de História Natural de Londres, mostra o meteorito

Museu de História Natural de Londres adquiriu o maior pedaço do meteorito marciano que caiu em Julho, em Marrocos.

O Museu de História Natural de Londres acaba de adquirir um novo tesouro. Trata-se de um dos meteoritos que caíram em Julho, em Tissint, uma aldeia perdida no meio do deserto, em Marrocos. Segundo os investigadores que vão ocupar-se do seu estudo nos laboratórios do museu, ele poderá fazer revelações sobre o Planeta Vermelho.

O meteorito raro e de qualidades excecionais, já que só muito recentemente atravessou o espaço em direção à Terra, e porque é o maior dos pedaços que foi possível recuperar, com 1,1 kg, foi adquirido graças ao apoio de um doador que preferiu manter o anonimato.

"Este é, sem dúvida, o meteorito mais importante que caiu na Terra nos últimos cem anos e nós temos agora o pedaço maior", afirmou a investigadora e especialista em meteoritos Caroline Stmith, do museu de Londres, sublinhando a raridade do achado. Este tipo de meteoritos, "quando são recuperados muito rapidamente", como foi o caso, "oferecem um olhar único sobre o Planeta Vermelho", sublinhou a mesma cientista.

O meteorito, que já "foi expulso" de Marte há milhões de anos, provavelmente devido a um impacto de um cometa ou de um asteróide com o planeta, esteve em viagem até 18 de Julho do ano passado, dia em tombou no deserto marroquino.

"Sabemos que é de Marte, porque tem a sua marca escrita na rocha", explicou Caroline Stmith. A marca, neste caso, é a mistura de gases contida em microbolhas amalgamadas com a própria rocha. A sua composição "é igual à da atmosfera marciana", adiantou a investigadora.

Embora uma série de sondas já tenham viajado até Marte e recolhido e analisado amostras do solo in loco (e os resultados enviados para a Terra), a única oportunidade que os cientistas têm de estudar directamente rochas marcianas é através dos meteoritos que vêm de lá e chegam à superfície terrestre. Este último é o mais recente e ainda tem muito para contar.

fonte: DN

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