sexta-feira, 4 de março de 2011

Sexta extinção em massa pode chegar em mil anos

Investigador norte-americano diz que ainda é possível travar catástofre: 99% das espécies ainda estão vivas


Extinção foi há 65 milhões de anos
A fauna do planeta avança a passos largos para uma sexta extinção, mas ainda não é tarde para reverter o processo. O alerta é publicado esta semana na revista "Nature" por investigadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley. A equipa decidiu fazer um estudo alargado sobre a taxa de extinção das espécies de mamíferos actuais e aquela que é estimada para as últimas grandes extinções através dos vestígios fósseis. Anthony Barnosky, autor do artigo que vem reforçar a tese de uma sexta extinção, sublinha que os resultados devem ser um alerta para uma preservação séria das espécies hoje consideradas em estado vulnerável e crítico - correm um risco sério de ser reduzidas a metade da população em três gerações ou desaparecer por completo em 22. "Se a maioria morrer, mesmo que o seu desaparecimento se espalhe ao longo dos próximos mil anos, terá chegado a sexta extinção em massa."

A equipa reviu o método de comparação da taxa de declínio das espécies obtida através dos fósseis com aquela registada pela história contemporânea e percebeu que apesar de a taxa de extinção das populações actuais estar muito acima da média, apenas 1% a 2% das espécies estão irremediavelmente perdidas. "Ainda temos muito para salvar", defende Barnosky. A tese de uma sexta extinção tem sido defendida pelos especialistas em biodiversidade, sobretudo perante o rápido declínio de grupos como os anfíbios. Em 2005, a ONU foi protagonista do alerta, avisando para o pior declínio desde a última extinção em massa, há 65 milhões de anos. M. F. R.
 
fonte: Jornal i

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