sábado, 11 de fevereiro de 2012

A ficção científica é capaz de antecipar a realidade?


A ficção científica não é uma arte divinatória. Mas há diferenças abissais entre os cenários assustadores que projeta e a realidades do mundo em que vivemos.

O cinema de ficção científica não tem confiança em nós. Vista pelos seus olhos a evolução da humanidade faz-se, por norma, em direção ao abismo. Parece que quanto mais homem ergue a cabeça acima dos restantes animais da Terra, mais se aproxima da sua própria destruição. Basta ver o que a ficção científica anda há décadas a prever para o nosso futuro.

Será justa para o homem uma tão grande falta de confiança no seu discernimento e na sua capacidade para resolver os problemas com que se vai deparando? Valerá a pena os espectadores saírem da sala em depressão? A verdade é que, apesar do retrato que esta cinematografia tem feito ao longo de décadas, o homem merece mais crédito do que aquele que o cinema de ficção científica lhe concede.

Um olhar sobre a relação entre as visões projetadas pela ficção científica e as realidades que decorrem da evolução da história das sociedades, da ciência e da tecnologia representa o trabalho central da edição desta semana do Quociente de Inteligência.

No número deste sábado há espaço ainda para um retrato de Carl Jung (que nasce na sequência do filme recente de David Cronenberg), a apresentação de um livro que defende que a morte de Roosevelt e a chegada ao poder de Truman desencadeou, pela mudança das características dos dois homens, o início da Guerra Fria. Nesta edição apresentamos ainda uma crítica ao filme 'J Edgar' de Clint Eastwood e traçamos um perfil da obra de Sacha Guitry, a quem Guimarães 2012 e a Cinemateca Portuguesa vão dedicar um ciclo.

fonte: DN

Sem comentários:

Enviar um comentário