Milagre com mais de 600 anos de existência não acontece e católicos napolitanos temem desastre para 2017. Sangue de São Januário não se liquefez pela primeira vez em 36 anos.
Na sexta-feira passada, dia 16 de dezembro, ocorreu em Nápoles, Itália, a habitual cerimónia em honra de São Januário, na qual é esperada a liquidificação do sangue do padroeiro católico de Nápoles, um acontecimento que para os católicos napolitanos está carregado de simbolismo, é tido como um prenúncio de boa sorte.
No entanto, este ano, pela primeira vez em 36 anos, relata o La Stampa, o sangue não se liquefez, significando isto que o ano de 2017 pode não trazer boas coisas, de acordo com a crença cristã.
“Não devemos pensar em desastres ou calamidades. Somos homens de fé, e devemos continuar a orar”, afirmou Vincenzo de Gregorio, abade da Catedral de Nápoles.
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O jornal italiano indica que a não liquidificação do conteúdo do relicário foi sempre associado a maus momentos da história do país: setembro de 1939 e 1940, data de início da II Guerra Mundial e da entrada na guerra; setembro de 1943, início da ocupação nazi; em 1973, Napóles foi afligida por uma epidemia de cólera e em 1980, o ano do sismo de Irpinia.
Januário viveu no século III e é padroeiro católico de Nápoles. Na capela da cidade, existe um relicário com uma pequena quantidade de sangue em estado sólido que só se torna líquido três vezes por ano: no primeiro domingo de maio, a 19 de setembro e a 16 de dezembro (em março de 2015 liquefez-se nas mãos do Papa Francisco, a primeira vez a acontecer na presença de um Papa desde 1848).
A primeira vez que o fenómeno ocorreu foi em 1389 – pelo menos, a primeira vez que foi documentada. Desde então, não existe consenso em relação à explicação para o mesmo. Já foram avançadas várias teorias científicas, mas sempre postas em causa.
fonte: Noticias ao Minuto
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