sábado, 31 de dezembro de 2016

Ruanda proíbe magia negra no futebol local após “golo enfeitiçado”



A Federação de Futebol de Ruanda anunciou que irá punir com três jogos de suspensão e quase R$ 400 qualquer jogador que utilizar bruxaria para tirar vantagem dentro de campo, além de quase R$ 800 de multa para treinadores. 

Tudo isso depois de um golo pra lá de curioso que saiu no meio deste mês, no jogo do Mukura Victory contra o líder da liga ruandesa, o Rayon Sports.

Na ocasião, o Rayon perdia por 1 a 0 até o finzinho da primeira etapa. Aos 40 minutos, o atacante Moussa Camara perdeu um golo incrível, ao cabecear sozinho e acertar o travessão. 

Pouco depois, o mesmo Camara foi até a linha de golo e ''benzeu'' a meta para ter mais sorte, colocando – ou retirando – um objeto ao lado da trave direita. O camisa 9 saiu correndo e foi acossado pelos jogadores adversários, até entregar o ''objeto da sorte'' nas mãos de um companheiro de time no banco de reservas.

Apesar de toda a confusão, Camara levou só amarelo e pode continuar em campo. O jogo prosseguiu por mais sete minutos além dos 45 e, aos 52 minutos, Camara fez o gol de empate do Rayon Sports. Aparentemente, sua “magia” deu certo. O Rayon lidera o campeonato com 26 pontos, ao passo que o Mukura é 12º (entre 16 times).

O confronto, realizado no último dia 16, terminou mesmo 1 a 1. A federação ruandesa anunciou ainda que os clubes implicados em bruxaria terão três pontos reduzidos no campeonato nacional, que já tem dez rodadas disputadas. Além disso, haverá uma multa ao clube de cerca de R$ 11 mil reais.

Vedasite Kayiranga, vice-presidente da federação nacional, afirmou que ''não há nenhuma lei contra o uso de feitiçaria, até por não haver lugar no mundo onde se tenha provado que isso influencia no resultado de um jogo''. Segundo o dirigente, as regras foram definidas ''para combater a violência entre os jogadores por causa das alegações de uso de bruxaria de outros times''.

Para o ex-jogador Jimmy Mulisa, as crenças são prejudiciais para o futebol ruandês. ''Isso não só dá uma má imagem ao país como também mata o desenvolvimento do nosso futebol'', afirmou.

fonte: UOL

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