As corujas conseguem rodar o pescoço até 270 graus sem danificar os vasos sanguíneos ou cortar o fornecimento de sangue ao seu cérebro. Nos seres humanos, rotações súbitas e violentas podem causar coágulos e enfartes.
Uma equipa de médicos e cientistas da Universidade Johns Hopkins descobriu agora os segredos da coruja, depois de recorrer a angiografias, tomografias axial computorizadas (TAC) e ilustrações médicas para examinar a anatomia destas aves.
Segundo o estudo publicado na revista Science, há quatro grandes adaptações biológicas nas corujas que permitem evitar os danos causados pela rotação do pescoço.
Uma das descobertas prende-se com o número de ossos no pescoço, comparado com os humanos - 14 vértebras cervicais, contra sete. Depois, a carótida das aves, em vez de se encontrar num dos lados do pescoço, como acontece com os humanos, está mais próxima da espinha, do centro do pescoço. Assim, estas artérias sofrem menos com a rotação e a capacidade para causar danos é menor.
Mas a característica que é unica das corujas é a capacidade das artérias vertebrais, no interior dos ossos do pescoço, conseguirem mais espaço. Assim como a capacidade das artérias, na base da cabeça, incharem quando existe um aumento do fluxo de sangue. Isso permite criar "reservatório" de sangue que são necessários para fornecer o cérebro.
fonte: Diário de Noticias
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