Durante 40 anos, os Lykovs viveram isolados do mundo. Não deram conta da ocorrência da II Guerra Mundial, nunca viram televisão nem ouviram falar dos telemóveis e da Internet.
Em 1979, a família de seis pessoas foi descoberta por um helicóptero que voava na floresta siberiana, uma das regiões mais selvagens e inóspitas do planeta, à procura de um local de aterragem para uma equipa de geólogos. Até àquela altura, os cientistas acreditavam que não era possível haver vida humana naquele local.
Os Lykovs pertenceram a uma seita ortodoxa fundamentalista perseguida na Rússia desde o século XVIII. Depois de Karp, um dos irmãos da família, ter sido morto pelos comunistas em 1936, os Lykovs refugiaram-se na Sibéria. Para sobreviver, caçavam e pescavam e, num dos Invernos mais rigorosos, chegaram a comer a pele dos sapatos que usavam. Construíram a própria casa: tinha apenas uma janela.
“Um deles usava calças feitas de serapilheira, tinha uma enorme barba e o cabelo desgrenhado. Estava assustado”, relatou um dos geólogos que descobriu a família.
Apesar dos convites, recusaram-se a abandonar o local. Hoje em dia, resta apenas um elemento da família. Chama-se Agafia, de 70 anos.
fonte: Sábado
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