sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Afinal foi mesmo um asteroide a matar os dinossauros


Datas mais precisas para a extinção dos dinossauros e para o impacto que ocorreu por volta do mesmo período, cerca de 66 milhões de anos atrás, foram determinadas por cientistas do Centro de Geocronologia da Universidade de Berkley, na Califórnia, e de universidades holandesas e britânicas.

A causa da extinção dos dinossauros sempre foi um dos grandes mistérios do mundo. As especulações e teorias são muitas: a queda de um cometa ou asteroide, erupções vulcânicas, mudanças climáticas, entre outras.

Os cientistas acreditam que, como as datas são tão próximas, o asteroide, se não for totalmente responsável foi, pelo menos, o golpe final para a extinção dos dinossauros.

"O impacto foi claramente a gota de água que levou a Terra para além do ponto de viragem", declarou Paul Renne, chefe da equipa de investigação. "Nós mostramos que esses eventos estão sincronizados (...) e, portanto, o impacto claramente desempenhou um papel importante na extinção, mas, provavelmente, não foi apenas o impacto", disse.

A data do impacto (há 66 milhões de anos atrás) é a mesma, dentro dos limites da margem de erro, da data da extinção, disse Renne, o que torna os eventos simultâneos. Essa descoberta esclarece a persistente dúvida sobre se o impacto ocorreu de facto antes ou após a extinção, caracterizada pelo desaparecimento quase imediato de registos fósseis de dinossauros terrestres e muitas criaturas marinhas.

Os investigadores desenvolveram uma técnica de datação aperfeiçoada e analisaram cinzas vulcânicas e fósseis de diversos sítios para determinar a data da extinção e do impacto. Segundo os investigadores, os eventos ocorreram dentro de um intervalo de 11 mil anos.

"Quando comecei nessa área, as margens de erro sobre esses eventos eram de mais ou menos um milhão de anos", disse o paleontólogo William Clemens , professor de Berkeley não envolvido no projeto, mas que investiga a extinção dos dinossauros há mais de 30 anos.

Paul Renne alerta que, apesar do sincronismo dos acontecimentos, os novos dados não significam que o impacto tenha sido a única causa da extinção. A brusca variação climática nos milhões de anos anteriores, com altos e baixos, levou muitas criaturas à beira da extinção, exemplificou.


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