sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Mistério em Veneza: Canais sem água por culpa da superlua




Gôndolas atracadas e canais sem água. Estas são algumas das imagens de Veneza que chegaram às redes sociais, surpreendendo quem as vê. O tempo seco e a superlua desta semana são a resposta a este mistério.

Alguns dos mais importantes canais de Veneza secaram esta semana, obrigando os gondoleiros a parar as embarcações. O surpreendente cenário não passou despercebido aos turistas que, nas redes sociais, têm partilhado imagens da cidade praticamente sem água.

Apesar de estranho, trata-se do terceiro ano consecutivo que a cidade assiste a este problema, que pode ser justificado pela combinação de dois fatores. Por um lado, há o tempo seco que se faz sentir naquela região. Assolada por vagas de ar frio, não chove com a intensidade normal. De acordo com a agência ANSA, a linha da água está 60 centímetros abaixo do nível do mar. Em 2016, esteve a 66 e, em 1934, a menos 212.

Por outro lado, a maré mais forte, associada à superlua desta semana, também contribuiu para a redução do nível de água.

Habitantes fogem e turismo não para de crescer

As entidades locais estão preocupadas com o fenómeno que pode ser agravado pela falta de pessoas a habitarem a cidade. Enquanto o turismo continua a aumentar, os habitantes diminuem. Desde 1951, a população residente na cidade passou de 175 mil para 55 mil.

O aumento dos preços causado pela pressão turística e a erosão dos canais estão entre as justificações para esta quebra.

Cheias continuam a ser a principal preocupação

Apesar do fenómeno que corre mundo através das redes sociais, são as cheias a principal preocupação dos responsáveis da cidade.

A cidade está a trabalhar na instalação de 57 barreiras para evitar que o oceano entre nos canais. Segundo a "Euronews", já foram gastos 5,5 mil milhões de euros para proteger o centro histórico de Veneza.

O nível da água do mar tem aumentado três milímetros todos os anos desde 1993, deixando em alerta países próximos do mar ou que estão abaixo da linha de mar. Na Holanda, por exemplo, há algum tempo que se constroem casas capaz de flutua.


Mais longe do mar, mas a sentir na pele o problema das cheias está Paris. As chuvas torrenciais dos últimos dias fizeram transbordar as águas do rio Sena. Os restaurantes fecharam e os cruzeiros foram cancelados.

fonte: Jornal de Noticias

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