quinta-feira, 21 de março de 2013

Primeiro passo para clonar rã extinta

Figure 1: A tiny froglet emerging from its mother's mouth

Investigadores desenvolvem técnica para dar vida a anfíbio extinto em 1983.

A rã ‘Rheobatrachus’ devorava os seus próprios ovos, incubava-os no seu estomago durante seis semanas e dava-os à luz através da boca. Mas desde 1983, este anfíbio originário da Austrália está extinto. Agora, o Projeto Lázaro pretende ressuscitá-lo através da técnica de clonagem.

Durante cinco anos, os investigadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, e de Sydney, na Austrália desenvolveram uma técnica de laboratório conhecida como transferência nuclear da célula somática, a mesma utilizada para clonar a ovelha Dolly, em 1997.

Os investigadores obtiveram os óvulos do anfíbio ‘Mixophyes fasciolatus’, isolaram o seu núcleo e o substituíram-no pelo da rã extinta. Os resultados não podiam ser melhores: os ovos começaram a dividir-se e a crescer até uma fase embrionária. Nenhum conseguiu sobreviver, mas os testes genéticos confirmaram que as células divididas continuam material genético da rã extinta.

“Temos observado como regressam à vida, passo a passo”, afirmou o professor Mike Archer, da Universidade do Sul de Gales, em Sydney, e líder do projeto. “Reativámos células mortas e, com isso, também o genoma da rã extinta. Agora temos as células da rã criopreservadas para as utilizar em experiências de clonagem”, acrescentou.

O sucesso deste projeto oferece aos investigadores uma oportunidade de clonar uma diversidade de animais extintos, desde um pássaro até ao mamute, que desapareceu há cerca de 3.600 anos.


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