Uma rara escultura em cerâmica representando um touro, com cerca de três mil anos e que foi recuperada numa das intervenções arqueológicas promovidas pela empresa do Alqueva, é apresentada a partir de quarta-feira em Beja.
A escultura, devido à «sua raridade, particular relevância científica e valor iconográfico», vai estar patente ao público até ao próximo dia 29 de Junho na galeria de exposições da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), em Beja.
A escultura está hoje, durante a tarde, em exposição no stand da EDIA no recinto da 29.ª Ovibeja, a maior feira agropecuária do sul do país, a decorrer até terça-feira no Parque de Feiras e Exposições de Beja.
A peça, com 23 centímetros de altura, 17 de largura e 45 de comprimento, representa «um touro em posição natural de repouso, deitado sobre o ventre e com a parte traseira ligeiramente recostada sobre a perna esquerda», explica a EDIA.
A escultura foi recuperada no sítio arqueológico Cinco Reis 8, intervencionado no âmbito da empreitada de construção de uma infra-estrutura da rede primária do subsistema de rega de Alqueva, o troço de ligação Pisão-Beja.
O sítio arqueológico Cinco Reis 8 é uma necrópole da 1.ª Idade do Ferro, «constituída por recintos limitados por fossos de planta rectangular, no centro dos quais se situam sepulturas individuais».
A EDIA, desde o início da construção do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva, já promoveu cerca de 1.300 intervenções arqueológicas no âmbito da minimização de impactes decorrentes das obras do projecto.
Segundo a empresa, as intervenções arqueológicas «têm permitido conhecer em concreto os espaços de ocupação» inseridos nas mais diversas cronologias, da pré-história aos tempos modernos, e tipologias, como necrópoles, habitações e povoados.
«Este conhecimento vem trazer novas luzes sobre o passado e contribuir para uma revisão do actual estado do conhecimento científico», sublinha a EDIA.
fonte: Sol
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