quarta-feira, 30 de maio de 2012

Radioatividade de Fucuxima em atum da Califórnia


Cientistas detetaram níveis aumentados de césio-134 e de césio-137 na espécie migradora

O atum pescado recentemente no Pacífico, ao largo da costa da Califórnia, revelou "níveis moderadamente elevados" de dois isótopos radioativos Os cientistas que detetaram a situação atribuem a contaminação à radioatividade libertada no mar pela central nuclear de Fucuxima, em Março do ano passado, mas asseguram que esses aumentos não constituem problema para a saúde dos consumidores, dado que estão abaixo dos limites de segurança.

Os atuns terão ficado contaminados na região, na altura do acidente causado pelo trsunami, tendo depois migrado para a zona da Califórnia, onde foram capturados.

A revelação é feita hoje por uma equipa de investigadores num artigo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, depois de terem analisado amostras de 15 toneladas de atum pescado ao lago de San Diego, na Califórnia, em Outubro do ano passado.

A equipa, que foi coordenada por por Daniel Madigan, da Universidade de Stanford, na Califórnia, e Zofia Baumann e Nicholas Fisher, da Universidade de Stony Brook, de Nova Iorque, comparou amostras desses peixes migradores com outras de atuns que permanecem o ano inteiro na costa leste do Pacífico, junto à costa dos Estados Unidos, e verificou que apenas os migradores, que passam temporadas ao largo do Japão, apresentam um aumento de césio-134 e césio-137.

"Estes resultados indicam que esta espécie de atum migrador do Pacífico pode transportar rapidamente radionuclidos de um sítio no Japão para regiões muito distantes e demonstram a importância dos animais migradores enquanto vetores de transporte", explicam os autores do artigo.

A catástrofe da central nuclear de Fucuxima aconteceu na sequência de um sismo de magnitude 9 na escala de Richter, ao largo da costa japonesa, a 11 de Março do ano passado, na sequência do qual aconteceu um tsunami devastador. A radiação de Fucuxima, que foi libertada no ar, no solo e no oceano, obrigou milhares de pessoas a abandonar as suas casas na região, num raio de 30 quilómetros.

fonte: DN

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