Uma equipa de investigadores vasculhou 12 cidades da Grã-Bretanha para fornecer o número de insetos polinizadores – como abelhas, borboletas, besouros e moscas – que podem ser encontrados nas áreas urbanas.
Além dos centros urbanos, a pesquisa também foi feita em 12 habitats agrícolas e em 12 reservas naturais. Tudo isso para descobrir onde os insetos estão escolhendo viver, e como são as condições de cada lugar.
Por incrível que pareça, por mais que a expansão urbana tenha sido associada à diminuição dos animais selvagens, os investigadores suspeitam que as cidades ofereçam um improvável paraíso para esses insetos essenciais. Parece coisa do filme Vida de Inseto, não?
As cidades contêm uma diversidade enorme, como jardins e reservas naturais. E os jardineiros ajudam muito nesses locais. Ruas residenciais de Bristol, na Inglaterra, são um exemplo disso. Lá, existem conjuntos ecléticos de plantas, cuidadosamente plantadas e cuidadas, livres de ervas daninhas – e com isso, vêm uma abundância de insetos zumbindo e polinizando.
Nas cidades, também há uma maior diversidade de flores. É como se muitos habitats pudessem ser encontrados no mesmo lugar – um banquete para os insetos.
Já os habitats agrícolas podem deixar os polinizadores famintos em algumas situações. Quando eles chegam em abundância, as flores são disputadas, e há poucas para cada um. Em reservas naturais, a escolha da planta pode ser limitada também, sem tanta diversidade e abundância quanto nas cidades.
80% das espécies de plantas britânicas dependem da polinização de insetos. Mas tem havido um declínio dramático no número de polinizadores nos últimos anos, o que tem sido associado com mudanças ambientais, pragas e doenças.
Uma espécie que tem sido particularmente atingida é a abelha. Nas últimas décadas, o número de apicultores tem diminuído na Grã-Bretanha e o número de colméias também. Com isso, podem não haver polinizadores suficientes para as plantas. Mas o número de apicultores urbanos tem crescido nos últimos tempos, visto os benefícios que elas trazem ao ambiente urbano.
Descobrir onde os insetos polinizadores vivem com qualidade pode ajudar a aumentar o número deles. Se eles estão bem nas cidades, muito pode ser feito para que as selvas de concreto se tornem ainda mais atraentes para esses insetos vitais.
Se os investigadores descobrirem o que está limitando a vida dos insetos nas cidades, será possível consertar isso, acrescentando ainda mais alimentos e recursos. Se todos fizerem a sua parte, as cidades podem ser ainda mais habitadas pelos insetos, que tão importantes para a vida das plantas, que são tão importantes para nós. Todos ganham!
fonte: Hypescience
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