O nome do comprador do Tyrannosaurus bataar não foi divulgado
O esqueleto de um tiranossauro asiático, oTyrannosaurus bataar, foi vendido por 1,05 milhões de dólares (835 mil euros), entre protestos e dúvidas sobre a sua origem. Como este dinossauro só foi encontrado até agora na Mongólia, onde a exportação de fósseis é proibida há 50 anos, o país suspeita de contrabando e tentou impedir a venda do dinossauro. Sem sucesso.
O fóssil quase completo do Tyrannosaurus bataar, o primo asiático do famosoTyrannosaurus rex foi vendido neste fim-de-semana pela Heritage Auctions, leiloeira norte-americana especializada em leilões pela Internet. A base de licitação era de 875 mil dólares (671 mil euros).
Antes da venda, o Presidente da Mongólia, Elbegdorj Tsakhia, emitiu um comunicado, no qual pedia à comunidade científica internacional que ajudasse a identificar a origem do fóssil. Um representante da Mongólia nos Estados Unidos também obteve uma providência cautelar de um juiz em Dallas, no Texas, para tentar impedir a venda do tiranossauro, até que a sua proveniência estivesse determinada.
Mesmo assim, a empresa foi para a frente com o leilão, considerando, segundo o jornal espanhol El Mundo, que essa acção judicial não tinha validade no estado de Nova Iorque. No entanto, a leiloeira anunciou que a concretização da venda estava dependente da resolução das questões legais, adiantou a revista britânica NewScientist.
Em sua defesa, a Heritage Auctions disse ainda que dinossauro foi descoberto no deserto de Gobi, na Ásia Central, e que tinha “garantias” de que foi obtido dentro da lei, embora não tenha revelado o local exacto da descoberta, nem quem lhe tinha vendido inicialmente o fóssil. Também o nome do comprador no leilão não foi revelado. “Tanto quanto sabemos, o Governo da Mongólia não produziu quaisquer provas de que a peça é originária do seu território”, afirmou o presidente da empresa, Greg Rohan, em comunicado.
Em sentido oposto é a opinião de um paleontólogo do Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque. Numa carta aberta aos paleontólogos, Mark Norell alerta para o saque crescente de fósseis e vai mais longe, ao afirmar que o Tyrannosaurus bataar foi “claramente escavado na Mongólia, porque este é o único sítio do mundo onde este dinossauro é conhecido”.
A parte revelada da sua história coloca-o em Londres nos últimos dois anos e meio, onde esteve num armazém. Como lá chegou e de onde veio, mais de 70 milhões de anos depois de ter morrido, são agora as questões no centro da polémica.
fonte: Público
Sem comentários:
Enviar um comentário