quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cientistas fazem lista de '10 mais' de espécies descobertas em 2011


Relação chama a atenção para a biodiversidade do planeta. Aranha azul representa o Brasil na lista.

Uma equipa internacional de botânicos divulgou na quarta-feira (23) uma lista de “10 mais” com espécies descobertas em todo o mundo durante o ano de 2011. Elas foram escolhidas entre mais de 200 espécies.

A relação, escolhida por especialistas do Instituto Internacional da Exploração de Espécies, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, traz seres que chamam a atenção porque são diferentes do que estamos acostumados a ver.

A lista é publicada há cinco anos, sempre em 23 de maio, aniversário de nascimento de Lineu, pai da classificação de espécies moderna. O objetivo da iniciativa é destacar a importância da biodiversidade das espécies do planeta.


Macaco-espirrador


Macaco-espirrador (Foto: Thomas Geissmann /Fauna & Flora International)

O macaco-espirrador (Rhinopithecus strykeri, recebeu esse nome porque espirra quando chove. Ele foi identificado nas montanhas de Myanmar, e foi o primeiro animal da família do macaco-de-nariz-empinado a ser registado como nativo do país, que fica no Sudeste Asiático. Os cientistas acreditam que a espécie já corra sério risco de extinção.


Água-viva-de-bonaire


Água-viva-de-bonaire (Foto: Ned DeLoach)

Essa espécie de água-viva foi descoberta em Bonaire, uma ilha holandesa no Caribe. Esse animal venenoso lembra uma pipa, com seus tentáculos coloridos. O nome científico Tamoya ohboya foi selecionado num projeto de ciências e é uma brincadeira com a expressão “oh boy!”, que é uma interjeição de espanto em inglês – essa seria a reação de uma pessoa que fosse picada pela água-viva.


Verme-do-diabo


Verme-do-diabo (Foto: G. Borgonie, Ghent University)

Com cerca de meio milímetro de comprimento, esses nematódeos foram descobertos em minas de ouro na África do Sul, a 1,3 km de profundidade. Nenhuma outra espécie multicelular já tinha sido descoberta em tanta profundidade. Capaz de suportar a alta pressão e a alta temperatura desse “inferno”, o Halicephalobus mephisto foi apelidado de verme-do-diabo.


Orquídea-noturna


Orquídea-noturna (Foto: Andre Schuiteman)

Essa espécie rara de plantas foi descoberta na Papua-Nova Guiné, na Oceania. A flor da Bulbophyllum nocturnum se abre por volta de 22h e se fecha cedo pela manhã. Das mais de 25 mil espécies de orquídeas catalogadas, essa é a única que floresce durante a noite. 


Vespa parasita


Vespa parasita (Foto: C. van Achterberg)

A vespa Kollasmosoma sentum ataca formigas com uma velocidade impressionante. Ela fica à espreita, voando próxima ao chão, e em um vigésimo de segundo, ela deposita seus ovos dentro do corpo da vítima. A formiga então servirá de comida para as larvas da vespa que vão se desenvolver. A espécie foi descoberta na Espanha.


Cogumelo-bob-esponja



Spongiforma squarepantsii (Foto: Divulgação)

O nome científico desse cogumelo descoberto na ilha de Bornéu, na Malásia, é Spongiforma squarepantsii (o nome de Bob Esponja Calça Quadrada em inglês é “SpongeBob SquarePants”). Apesar de não ter nenhum parentesco com as esponjas, esse fungo se parece com esses animais, e acabou homenageado com o nome do desenho animado.


Papoula-do-outono-nepalesa


Papoula-do-outono-nepalesa (Foto: Paul Egan)

A altitude pode explicar por que a Meconopsis autumnalis passou batida pela ciência durante tanto tempo. Seu habitat fica a entre 3,3 mil e 4,2 mil metros de altura em relação ao nível do mar. Sujeita a um clima único na altitude do Himalaia e sob efeito das monções – ventos e chuvas típicos do subcontinente indiano –, essa planta floresce no outono, e não na primavera.


Embuá-gigante


Embuá-gigante (Foto: G. Brovad)

Esse milípede – parente dos insetos que tem vários pares de patas – é o maior já encontrado na natureza, com 16 centímetros. Tem o tamanho de uma salsicha, e seu nome científico Crurifarcimen vagans significa “salsicha com patas ambulante” em latim. O embuá-gigante foi descoberto nas montanhas da Tanzânia, no leste da África, lugar com rica diversidade de espécies.


Cacto-ambulante


Cacto-ambulante (Foto: AFP)

Essa espécie extinta encontrada na China viveu há 520 milhões de anos. Em seis centímetros de comprimento, esse animal lembra um verme, mas, ao mesmo tempo, apresenta dez pares de patas articuladas. Para os cientistas que o descobriram, a Diania cactiformis seria um primeiro elo perdido conhecido entre os vermes e os artrópodes.


Tarântula-de-sazima


Tarântula-de-sazima (Foto: Caroline Fukushima/Rogerio Bertani/Instituto Butantan)


Essa aranha azul colocou o Brasil pela primeira vez na lista de “10 mais”. Descrita por investigadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), essa espécie vive numa “ilha ecológica” e só é encontrada no alto da Chapada Diamantina, na Bahia. Seu nome Pterinopelma sazimai é uma homenagem ao cientista Ivan Sazima, que recolheu indivíduos dessa aranha nas décadas 1970 e 1980 – o registo da nova espécie só é aceito quando ela é descrita numa revista científica, por isso ela entrou na lista de 2011.

fonte: G1

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