quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Paleontólogos encontram no Peru camarão fossilizado de 85 milhões de anos


Especialista diz que o animal fossilizado apresenta os músculos intactos

Um grupo de cientistas descobriu, na bacia do rio Maranhão, na região da Amazónia que fica no nordeste do Peru, vestígios de um camarão fossilizado que viveu no período Cretáceo, há cerca de 85 milhões de anos, segundo o paleontólogo Klaus Honninger.

- Essa descoberta é notável porque o fóssil encontrado ainda mostra os músculos intactos.

Honninger, diretor do Museu Paleontológico Meyer-Honninger, disse que o extraordinário estado de fossilização do camarão deve-se ao momento de sua morte, quando o nível de oxigénio de seu hábitat deve ter diminuído consideravelmente.

- A espécie é raríssima porque mede 12 cm e tem quatro patas.

A descoberta, confirmada por cientistas do Instituto de Pré-história da Alemanha, foi realizada em 21 de janeiro "na bacia do rio Maranhão, na região do Amazonas, a 3.700 m de altitude".

Em janeiro passado, os cientistas anunciaram a descoberta, na mesma região, dos restos de uma lula fossilizada, também do período Cretáceo.

- No local antigamente formou-se uma espécie de lagoa salgada que fez com que esses animais evoluíssem independentemente.

Honninger destacou que a descoberta do camarão permite entender melhor o processo evolutivo das espécies que habitaram os mares da América do Sul durante o período Cretáceo.

O Museu Paleontológico Meyer-Honninger tem várias coleções de fósseis animais e vegetais que serão exibidas em 2011 num parque temático da cidade de Chiclayo, norte do Peru.


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