Prótese rudimentar encontrada perto de Luxor (Egipto) era feita de uma mistura de papel machê, gesso e tecidos
A egiptóloga Jacky Finch, da Universidade de Manchester (Reino Unido), ficou intrigada com artefactos que lembravam próteses rudimentares em múmias. Ela fabricou réplicas e as testou em voluntários, e descobriu que as peças realmente podem ter sido próteses médicas criadas pelos egípcios.
A descoberta revelaria a existência de próteses para membros amputados muito antes da perna romana artificial, feita de bronze, descoberta em 300 a.C., destruída durante um ataque aéreo em Londres, em 1941, só resta uma cópia de gesso.
Finch analisou próteses de dedos do pé de duas múmias. Uma, encontrada perto de Luxor (Egipto) e confeccionada antes de 600 a.C., era feita de uma mistura de papel machê, gesso e restos de tecidos. A outra, fabricada em madeira e provavelmente couro, pertence à filha de um religioso chamado Tabaketenmut, que viveu entre 950 a.C. e 710 a.C.
Duas pessoas que tiveram os dedos do pé amputados submeteram-se aos testes com as réplicas. "Elas funcionaram realmente bem e produziram movimentos surpreendentes", conta a egiptóloga.
Os voluntários andaram num tapete electrónico, que calculou a pressão criada pelas passadas, e câmeras instaladas no laboratório da Universidade Salford (Reino Unido), onde ocorreram as experiências, forneceram dados sobre a marcha e os movimentos das juntas.
Embora o dedo de madeira tenha oferecido maior conforto, a da mistura com gesso e papel machê mostrou uma mobilidade superior.
fonte. Folha.com
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