segunda-feira, 9 de julho de 2012

O judeu que Hitler salvou da morte


Hitler (à direita) durante o serviço militar na 1ª Guerra Mundial


Ernst Hess (à direita) numa fotografia de grupo durante a 1ª Guerra Mundial


Carta enviada por Himmler aos responsáveis das SS e da Gestapo


Ernst Hess


Hess com a sua família - a esposa Margarethe e a filha Ursula que agora conta a história do seu pai

Ernst Hess e Adolf Hitler foram destacados para a frente de batalha na Flandres, no Outono de 1914. E apesar de não terem criado laços, Hitler nunca se esqueceu do companheiro e fez questão de emitir uma ordem escrita às SS: “Hess não deve ser importunado, seja qual for a circunstância”.

De acordo com as leis raciais de Nuremberga emitidas em 1935, Hess, filho de uma judia, era considerado um “verdadeiro judeu”. À época, tratava-se quase de uma sentença de morte.

A história é revelada pela sua filha, Ursula Hess, hoje com 86 anos de idade. Os ficheiros da secção da Gestapo na cidade de Dusseldorf incluem uma carta escrita por Heinrich Himmler, na qual se refere a necessidade de proteger Ernst Hess, de acordo com “os desejos do Führer”.

Mas Ursula revela que o pai confessou não ter grandes recordações de Hitler, por altura dos encontros de ex-combatentes da 1ª Guerra Mundial. Apenas notou que o jovem Hitler raramente falava e tinha muito poucos amigos.

Isso não impediu que o Führer se lembrasse do seu companheiro e, eventualmente, lhe salvasse a vida.

Hess, que em 1936 ocupava o cargo de juiz, foi obrigado a abandonar a profissão. A trabalhar na construção civil, fugiu com a família para Itália, mas foi forçado a regressar a Alemanha em 1939.

Escapou ao terror dos campos de concentração, onde viu a sua irmã enfrentar as câmaras de gás.

Hess morreu na sua casa em Frankfurt no ano de 1983. 

fonte: Sábado

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