A complexidade da vida tem impedido os cientistas de criarem modelos artificiais de seres vivos. Até agora.
Segundo o io9, um novo projeto científico deu origem ao primeiro modelo computacional completo de um organismo. Este é um primeiro passo em frente no sentido de criar vida artificial e uma grande conquista no domínio dos modelos computorizados de organismos vivos.
Até agora, este tipo de esforços tinha sido bastante limitado e básico devido à complexidade subjacente até aos organismos mais simples. Outro dos grandes desafios era perceber e documentar todos os variados “algoritmos” que um organismo vivo emprega.
Grande parte do trabalho de documentação já estava feito. Só faltava alguém que pegasse nele e começasse a modelar uma simulação de um organismo vivo.
Foi o que fez uma equipa de investigação de Standford liderada por Markis Covert, que pegou na informação de 900 trabalhos científicos para perceber todas as interações de cada molécula da mais pequena bactéria do mundo, a Mycoplasma genitalium. A bactéria tem apenas 525 genes, quando a E.Coli, por exemplo, inclui 4288.
Apesar da relativa simplicidade desta bactéria, a equipa teve de isolar mais de 1900 parâmetros para criar os equivalentes computacionais da bactéria. Isto deu origem a 28 “módulos” separados, cada qual governado por um algoritmo próprio. Estes módulos tiveram, depois, de ser configurados de modo a interagir corretamente entre si. O resultado foi uma simulação excecionalmente fiel da bactéria, que originou nova informação não conhecida anteriormente pelos biólogos.
fonte: Exame Informática
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