A leitora de nossa versão em inglês, Marion Henderson, gentilmente nos enviou essa fotografia de sua bisavó Laura. “A imagem que tenho deve ser de meados ao final da década de 1870, se calculei direito”, escreveu.
Como no caso da Viajante do Tempo Flagrada em um filme de Charlie Chaplin, e como a própria Marion perguntou, “peguei uma lupa, olhei com cuidado, e definitivamente há algo ali [em sua mão]. Pensei numa corneta auditiva?”.
Seria um tanto curioso que uma senhorita mais jovem usasse um auxílio auditivo, mas então, seria muito menos improvável que um telemóvel ou comunicador vindo do futuro.
À parte o que pode ser visto como certo cinismo, mas também é preciso considerar que a imagem poderia ser simplesmente uma manipulação digital. A este respeito, Marion respondeu gentilmente às perguntas básicas que lhe fiz sobre a fotografia, a qual sua família ainda possui a impressão original. Uma investigação cética e rigorosa deveria analisar a impressão original, embora isso também soe como muito esforço ao que é por si apenas uma imagem divertida e plausível da bisavó de Marion segurando com a mão direita uma corneta que apenas lembra um telefone celular moderno. [com agradecimentos a Marion pela colaboração]
Atualização 15/04/2012: Como notado por Roberto Takata, Poke, João, Lucas e outros, não há nenhum objeto na mão da garota fotografada, e o que aparenta ser a parte iluminada de um objeto é simplesmente seu dedo ou um jogo de luz e sombra:
Destaquei a mão em vermelho, mas deixei de fora o que pode ou não ser seu dedo médio ou anular, ou alternativamente o espaço entre seus dedos na sombra projetada de sua mão. Seu polegar sim pode ser visto, o que indica que de facto não havia um telemóvel do futuro, uma corneta auditiva ou mesmo um leque dobrado.
Numa olhada mais cuidadosa, também penso que as sombras na região podem ter sido retocadas, contudo não por computadores modernos. Podem ter sido retocadas pelo fotógrafo do século XIX para eliminar sombras de sua mão sobre seu rosto, resultando numa melhor imagem, mas uma que parece um tanto intrigante.
fonte: Ceticismo Aberto
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