Os astrónomos de Michigan descobriram um novo planeta anão, por enquanto denominado simplesmente de 2014 UZ224. O corpo celeste por si mesmo não é muito peculiar, mas o método de pesquisa pode ser usado para "caçar" novos planetas ainda mais importantes.
O achado do UZ224, localizado a uma distância de cerca 13.680 milhões de quilómetros da Terra, é um feito considerável, realizado com a ajuda do telescópio instalado nos Andes chilenos e com o uso de um método inovador de detecção desenvolvido por David Gerdes, físico e astrónomo da Universidade de Michigan.
O método consiste na comparação foto por foto das imagens captadas pela câmara Dark Energy Camera, desenvolvida para criar mapas de galáxias distantes.
"As galáxias e estrelas são tão distantes que não é possível registar seus movimentos em imagens [da câmara]. No entanto, os corpos celestes do Sistema Solar mudam um pouco a sua posição com o passar do tempo", explicou Gerdes para a estação de rádio NPR.
Desta forma, se podem detectar mudanças menores na posição dos corpos celestes e calcular a sua órbita. O UZ224 foi descoberto assim. No entanto, este não é o achado mais desejado de Gerdes e sua equipe. No início de 2016, os astrónomos da Califórnia "responsáveis" pela descoberta dos planetas anões Eris e Sedna teorizaram sobre existência de um enorme planeta, 10 vezes maior que a Terra, na área por trás da órbita de Plutão.
Este planeta misterioso, baptizado de Planeta 9, influencia as órbitas dos planetas anões localizados na zona, e os astrónomos do mundo inteiro monitorizam sem parar esta parte do céu na esperança de captar o corpo celeste nos seus aparelhos.
No entanto, a pesquisa requer mais dados. Neste sentido, o método de Gerdes e a sua Dark Energy Camera pode especificar a área de pesquisa e até mesmo detectar vestígios do Planeta 9.
"Temos boas oportunidades de encontrá-lo. Seria a descoberta astronómica mais importante da nossa geração. A caça está em pleno andamento", assegurou Gerdes.
fonte: Sputnik News
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