O módulo Schiaparelli vai entrar na atmosfera de Marte na quarta-feira e vai usar um paraquedas e propulsores para controlar a descida
A sonda europeia Schiaparelli deixou a nave-mãe este domingo, depois de uma viagem de sete meses desde a Terra, e partiu em direção à superfície de Marte. O objetivo é testar tecnologias para o primeiro rover europeu, que irá procurar sinais de vida no planeta vermelho.
O módulo Schiaparelli, um disco de 577 kg, separou-se da sonda TGO (Trace Gas Orbiter) esta tarde, para começar uma descida de três dias. "Do lado de [Schiaparelli] diria que a separação foi um sucesso", disse Paolo Ferri, da Agência Espacial Europeia (ESA), à Reuters, no Centro de Operações Espaciais de Darmstadt, na Alemanha.
A TGO (Trace Gas Orbiter) deve mudar de trajetória durante a noite para se afastar de Marte, porque se não colidiria com o planeta, e entrará na quarta-feira em órbita em torno do planeta vermelho. "A TGO está de boa saúde, resistiu bem" à separação, acrescentou Michel Denis.
Esta é a segunda tentativa europeia de pousar uma nave em Marte, depois da missão falhado do britânico Beagle 2, em 2003. Aterrar no planeta vermelho tem provado ser um desafio tecnológico e, até agora, só os Estados Unidos conseguiram pousar engenhos que conseguiram funcionar.
O grande voo da Schiaparelli é a primeira etapa da ExoMars, uma ambiciosa missão científica europeia e russa em duas partes, que visa procurar indícios de vida atual e passada em Marte.
A nave TGO leva uma sonda atmosférica para estudar vestígios de gases como o metano.
Os cientistas acreditam que o metano, um gás que na Terra está fortemente ligado à vida, pode resultar da ação de microrganismos que ou se extinguiram há milhões de ano e deixaram gás congelado debaixo da superfície do planeta ou que ainda sobrevivem.
O módulo Schiaparelli vai entrar na atmosfera de Marte na quarta-feira e vai usar um paraquedas e propulsores para controlar a descida e abrandar antes de atingir a superfície. A entrada na atmosfera, descida e aterragem levará menos de seis minutos.
A segunda parte da missão ExoMars, adiada para 2020, vai levar um rover europeu até à superfície de Marte. A missão vai custar 1,3 mil milhões de euros à ESA.
Ambas com componentes 'made in Portugal', a TGO e a Schiaparelli, batizada em honra do astrónomo italiano do século XIX, percorreram quase 500 milhões de quilómetros desde o seu lançamento em março por um foguetão russo Proton-M a partir de Baïkonur, no Cazaquistão.
Com Lusa e Reuters
fonte: Diário de Noticias
Ambas com componentes 'made in Portugal', a TGO e a Schiaparelli, batizada em honra do astrónomo italiano do século XIX, percorreram quase 500 milhões de quilómetros desde o seu lançamento em março por um foguetão russo Proton-M a partir de Baïkonur, no Cazaquistão.
Com Lusa e Reuters
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