Investigadores procuraram e encontraram vestígios da maior catástrofe natural a afetar Portugal. Nas zonas baixas, a água chegou a mais de um quilómetro da costa.
Pedro Costa é investigador do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e costuma identificar-se a si próprio como "caçador de tsunamis".
Ele e uma equipa internacional de 11 investigadores de várias áreas andaram nos últimos anos à procura dos efeitos do tsunami de 1755 (a que também se pode chamar maremoto) na costa algarvia.
Um trabalho que pode parecer uma curiosidade, mas que tem utilidade prática pois ajuda a prever os efeitos de um evento semelhante no futuro e a perceber de quanto em quanto tempo é que Portugal costuma ser atingido por um tsunami tão grande.
No limite, espera-se que no futuro este tipo de estudos também resolva um mistério cuja resposta não reúne consenso entre os especialistas: qual foi o epicentro do terramoto que gerou o tsunami do século XVIII.
O investigador explica que o trabalho que já fizeram através de análises das areias em várias zonas do Algarve ou fotografias aéreas de radar permitem perceber que o tsunami de 1755 foi o único em três mil anos na costa portuguesa.
fonte: TSF
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