domingo, 29 de abril de 2012

Nanopartículas tornam papel magnético e impermeável


Cientistas do Instituto de Tecnologia de Génova criaram uma nanopartícula que pode conferir propriedades magnéticas, impermeáveis e antibacterianas a qualquer papel ou tecido.

A descoberta visa envolver as fibras do papel ou do tecido com um “banho” de nanopartículas com compostos químicos. Dessa forma, o papel passa a ter propriedades magnéticas, impermeáveis e antibacterianas, mantendo as suas propriedades originais. O papel continua a poder ser impresso ou dobrado. Os cientistas explicam à Forbes que este papel pode ser utilizado para embrulhar alimentos ou até envolver notas, garantindo a segurança devido às suas propriedades antibacterianas e impermeáveis.

Os investigadores explicam ainda que conseguem controlar a solução de nanopartículas para tornar o papel mais ou menos magnético, conforme as necessidades. Com esta técnica é possível adicionar outras propriedades, como tornar o papel fluorescente, por exemplo.


Bateria que respira tem 800 km de autonomia


A IBM está a trabalhar numa bateria que respira e usa oxigénio para produzir electricidade, aumentado exponencialmente a sua autonomia.

De acordo com o Engadget, a bateria “Lítio-ar” recorrem a oxigénio que passa por uma nano-estrutura de carbono, onde este é armazenado e reage com iões de lítio para produzir eletricidade. Quando ligamos o veículo à corrente elétrica, o oxigénio não usado é novamente libertado para a atmosfera, quase como se a bateria “respirasse”.

Esta tecnologia permite autonomias na casa dos 800 km entre cargas, e é muito mais leve que as baterias atualmente usadas nos veículos elétricos.

Infelizmente, para já não passa de um conceito, que a IBM espera se torne num produto comercial em 2030.


Agricultor constrói carro solar e eólico


Um agricultor chinês de 55 anos construiu um carro completamente livre de emissões nocivas ao ambiente. Move-se a energia solar e eólica e tem autonomia para 145 quilómetros.

Tang Zhengping não quis esperar que a tendência dos carros elétricos chegasse à sua vila, na China. Então, pôs mãos à obra e construiu o seu próprio veículo amigo do ambiente. O carro tem uma bateria e dois geradores elétricos. À frente uma ventoinha e atrás painéis solares ajudam a carregar a bateria ou os geradores. O projeto custou à volta de 1200 euros.


Radiotelescópio gigante procura por matéria escura e até ETs


Prato do GBT possui diâmetro do tamanho de um campo de futebol 
(Fonte da imagem: NRAO)

Localizado nos Estados Unidos, o equipamento analisa ondas de rádio à procura de pulsares, matéria escura, moléculas perdidas no espaço e até vida extraterrestre.

O Green Bank Telescope (GBT) foi construído no ano de 2000 e fica localizado no National Radio Astronomy Observatory (NRAO), na Virgínia Ocidental, Estados Unidos.

Com proporções que chegam a causar espanto, o GBT é considerado o radiotelescópio mais avançado do mundo e a maior estrutura móvel do planeta.

De acordo com o Gizmodo, o prato do GBT possui medida de 100 por 110 metros, o que é praticamente o comprimento de um campo de futebol, que costuma ter de 90 a 120 metros.

Além disso, ele é composto por 2.004 painéis de alumínio e pesa mais de 8,5 milhões de toneladas, além de possuir 147 metros de altura. Mesmo com esse tamanho todo, ele pode se locomover por trilhos que formam um círculo de 64 metros de diâmetro.

O “monstro” já foi responsável por algumas descobertas intrigantes, como três pulsares que habitam o aglomerado de estrelas M62, o campo magnético em forma de espiral na nuvem molecular de Órion e uma superbolha de hidrogénio na constelação de Ofiúco.

Em operação durante cerca de 6,5 mil horas por ano, o GBT procura por pulsares, átomos e moléculas no espaço profundo. Além disso, cientistas também têm usado esse telescópio como ferramenta no projeto SETI, para encontrar civilizações extraterrestres.

A National Science Foundation também já usou o “grandão” para analisar grandes porções do universo e descobrir como elas se modificaram com o passar do tempo, procurando também por pistas da existência de matéria escura.

Fonte: Tecmundo

Corvos conseguem se lembrar dos velhos amigos, e dos inimigos também


Assim como os seres humanos, os corvos reagem negativamente quando encontram um inimigo

Os corvos têm a capacidade de reconhecer os velhos amigos, relata um novo estudo. Além disso, assim como os seres humanos, eles reagem negativamente quando encontram um inimigo.

Os pássaros vivem em grupos e sem uma parceira até os dez primeiros anos de vida, por isso a capacidade de reconhecer os amigos e os inimigos é muito importante. Liderados por Marcus Bockle, zoólogo da Universidade de Viena, os investigadores descreveram no periódico Current Biology um grupo de 12 corvos jovens que foram mantidos juntos por 3 anos, até atingirem a maturidade sexual e acasalarem.

Durante esse tempo, os investigadores observaram e registaram as interações entre os pássaros. Alguns eram amigáveis uns com os outros enquanto que outros não.

"Quando o individuo é amigável, ele emprega um som amigável", afirmou Bockle. "Quando não gostam do pássaro, eles tentam prolongar o sinal vocal e o som emitido parece mais grave."

Em seguida, os pássaros foram colocados em pares em locais diferentes, na Áustria e na Alemanha. Três anos depois, Bockle gravou os sons dos pássaros agora separados e fez com que ouvissem os sons uns dos outros. "Após três anos separados, os sons gravados foram o estímulo, e quando eles ouviam um amigo, emitiam sons amigáveis", afirmou.

Curiosamente, as gravações foram feitas apenas seis meses antes de os pássaros as escutarem. Nos anos afastados, os sons emitidos pelos pássaros podem ter se modificado um pouco, afirmou Bockle. "Por isso, eles precisam reconhecer o indivíduo e não um som específico", afirmou.

fonte: UOL

Bússola cerebral orienta pombos durante voo


Cientistas descobrem que certos neurónios dos pássaros conseguem ler o campo magnético da Terra.

O sistema de posicionamento global (GPS) tão utilizado actualmente para guiar pessoas e máquinas não é uma novidade no mundo animal. 

Cientistas descobriram que o voo dos pombos é literalmente guiado por neurónios que leem a direção e intensidade do campo magnético da Terra. Em outras palavras: um GPS cerebral interno.

“Suspeitávamos que esses neurónios responderiam a estímulos magnéticos baseados num artigo anterior que fizemos. Ficamos surpresos, no entanto, de descobrir que essas células cerebrais são ajustadas para [ler] a direção do campo magnético e que consequentemente podiam dar [aos pombos] a direção e o ângulo deste campo. 

As células também responderam à intensidade do campo. Esses parâmetros são necessários para fazer os cálculos de posicionamento num mapa ‘magnético’ espacial”, explicou ao iG David Dickman, principal autor do artigo publicado na quinta-feira (26) no periódico científico Science.

Dickman e Le-Qing Wu, do Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, chegaram à esta conclusão ao fazer uma experiência com sete pombos em laboratório. Nele, usaram um sistema para cancelar o campo magnético da Terra e criar um outro artificial. 

Ao mesmo tempo, mediram as ondas cerebrais deles, identificaram 53 neurónios na região do tronco encefálico que mais responderam ao campo magnético artificial e perceberam que eles foram também os mais sensíveis ao campo magnético natural da Terra.

A escolha de pombos para fazer o estudo não foi por acaso. Em 2001, uma pesquisa feita por Yasuo Harada encontrou partículas de ferro no ouvido interno de pombos, patos e alguns peixes. 

“Fizemos a hipótese de que essas partículas de ferro poderiam ser usadas como receptores magnéticos. Como já estudávamos pombos, decidimos tentar primeiro com eles”, comentou Dickman.

Neurónios semelhantes podem existir em outros pássaros. “Não sabemos ainda, mas muitos pássaros usam o campo magnético para se orientar, para ir para casa e navegar como mostram diversos estudos de comportamento. É razoável presumir que muitos deles tenham neurónios que possuam um senso do campo magnético”, afirmou o cientista.

Foi a primeira vez que se descobriu esse tipo de célula no sistema nervoso - células semelhantes já haviam sido descobertas em olhos, ouvidos e bico de algumas aves.

Agora os cientistas querem identificar os receptores das células que enviam os sinais para o cérebro. 

fonte: IG

Torres de telecomunicações matam 7 milhões de pássaros por ano


Cerca de 7 milhões de pássaros morrem anualmente na América do Norte devido à torres de telecomunicações, sobretudo as mais altas, durante sua migração para América Central e América do Sul, segundo um estudo publicado na quarta-feira. 

Estas aves são vítimas das 84 mil torres instaladas nos Estados Unidos e Canadá, algumas das quais alcançam 600 m de altura, ou seja, duas vezes a altura da Torre Eiffel. 

"Tal tragédia poderia ser evitada", disse Travis Longcore, um ornitólogo da Universidade da Califórnia do Sul, principal autor do estudo publicado na revista americana PLoS ONE (Public Library of Science). Quanto maior a torre, maior a ameaça para os pássaros. 

Os pássaros não morrem por se chocar contra a torre, mas por atingir os numerosos cabos metálicos que rodeiam essas estruturas para mantê-las firmes em seu lugar. 

Em caso de mau tempo, as nuvens obrigam as aves a voar mais baixo, impedindo os animais de contar com elementos de navegação como as estrelas, e deixando como única referência visual os focos vermelhos dessas antenas enormes. 

"Os pássaros não podem se desprender destas lâmpadas vermelhas fixas que têm como referência, o que os obriga a voar em círculos ao redor das torres e acabam atingindo estes cabos", explica Travis Longcore. 

Ele completou que as torres com luzes intermitentes são por esta razão menos perigosas para as aves. Substituir luzes fixas por luzes intermitentes tornaria as torres menos perigosas para as aves.

fonte: Terra

Agricultura espalhou-se na Europa com migrações do sul




Uma análise dos genes encontrados em ossadas humanas de há cinco mil anos, descobertas na Suécia, revelam que a agricultura espalhou-se no norte da Europa na Idade da Pedra, com as migrações vindas do sul do continente.

A maioria dos peritos concordam que a agricultura nasceu há onze mil ano, no Crescente Fértil (zona do Médio Oriente), chegando ao sul da Europa vários milhares de anos mais tarde, e finalmente alastrando-se a todo o continente.

Os emigrantes da bacia do Mediterrâneo não só revelaram às tribos de caçadores-recoletores do norte da Europa o que era preciso para cultivar a terra e criar gado, mas também se juntaram a eles criando as bases genéticas das populações europeias modernas.

"Analisámos as amostras genéticas provenientes de duas culturas, uma de caçadores-recoletores e outra de agricultores, que existiam na mesma época e viviam a menos de 400 quilómetros uma da outra" no que é hoje a Suécia, explicou Pontus Skoglund, da Universidade Uppsala, principal autor do estudo publicado na revista 'Science'.

"Depois de termos comparado as amostras genéticas com as das populações modernas na Europa, descobrimos que as características genéticas dos caçadores-recoletores da pré-história na Suécia estavam ausentes", acrescentou.

Por seu lado, o ADN proveniente dos esqueletos de indivíduos que pertenciam à povoação vizinha de agricultores era muito próxima do das populações mediterrâneas.

"Quando colocamos estes resultados genéticos num contexto arqueológico podemos ver realmente a migração de agricultores da Idade da Pedra do sul da Europa para o norte, através de todo o continente", acrescentou Skoglund.

"Essas migrações resultaram cinco mil anos mais tarde no que parece ser uma mistura desses dois grupos genéticos na atual população europeia", concluiu.

fonte: DN

Tribo brasileira é a ‘mais ameaçada do mundo’, diz entidade



O grupo de defesa dos direitos indígenas Survival International afirma que os índios Awá, do Maranhão, formam a tribo mais ameaçada do mundo. Calcula-se que de 60 a 100 de seus cerca de 450 membros nunca tenham tido contacto com o mundo exterior.

A Survival diz que a tribo vem perdendo território de todos os lados. Queimadas feitas por madeireiros acabam com seu habitat e o de seus animais. O território Awá está limitado pelas linhas brancas, com as actividades de exploradores claramente visíveis. A entidade espera conseguir pressionar o governo para que este dê mais atenção ao problema dos Awá, classificado pelo juiz José Carlos do Vale Madeira em 2009 como "genocídio".


Os Awá são caçadores/recolectores e viajam em grupos grandes de cerca de 30 pessoas. Caçadas podem durar semanas. Mas os grupos são vulneráveis a ataques de pistoleiros contratados por cortadores de madeira e criadores de gado.

fonte: BBC

Descoberto planeta capaz de suportar vida, a 22 anos-luz da Terra


Astrónomos das Universidades de Gottingen e da Califórnia descobriram um planeta capaz de suportar vida localizado fora do sistema solar.

O planeta, Gliese 667Cc, encontra-se a orbitar à volta de uma estrela anã vermelha a 22 anos-luz de distância da terra, relata o britânico The Telegraph.

Tal como a Terra, o planeta está localizado numa zona que os astrónomos descrevem como «habitável» - nem muito próximo do seu sol, o que o poderia tornar árido, nem muito longe, o que o tornaria gelado.

Os cientistas calcularam que recebe menos 10% de luz da sua estrela do que a Terra recebe do Sol, mas como esta chega em forma de radiação infravermelha Gliese 667Cc tem quase a mesma quantidade de energia que o nosso planeta. Assim, a sua água pode ser líquida e as temperaturas da superfície semelhantes às do ‘planeta azul’.

Desde a descoberta do primeiro planeta fora do sistema solar, em 1995, os astrónomos confirmaram a existência de mais 760 fora do nosso sistema. Apenas quatro estão dentro da já referida «zona habitável».

Steven Vogt, um astrónomo da Universidade da Califórnia não tem dúvidas. «Está precisamente numa zona habitável – não há quaisquer dúvidas. Não está no seu limite, está mesmo no sítio certo».

fonte: Sol

sábado, 28 de abril de 2012

Onde estão as raízes do ateísmo? No pensamento analítico


Os 650 participantes no estudo tinham de, por exemplo, observar O pensador de Rodin 

Apesar da apregoada crise, milhões de pessoas continuam a acreditar em Deus. O que faz com que uns acreditem e outros não? Um estudo da Universidade de Columbia, nos EUA, publicado na revistaScience, conclui que o que explica o ateísmo é o pensamento analítico.

“O nosso objectivo foi explorar a questão fundamental de por que, em diferentes graus, acreditam as pessoas num Deus”, explica o autor Will Gervais, citado pelo diário espanhol El Mundo. 

“Uma combinação de factores complexos influencia em matéria de espiritualidade pessoal; e as nossas conclusões indicam que o sistema cognitivo relacionado com os pensamentos analíticos é um factor que pode influenciar a perda de fé.”, revela o investigador.

Na tentativa de estimular o pensamento analítico, os investigadores recorreram a tarefas. Pediram aos participantes para, por exemplo, observarem a imagem da escultura O pensador, de August Rodin, ou que preenchessem questionários impressos com tipos de letra difíceis de ler. E perceberam que as crenças religiosas diminuíam quando as pessoas estavam a cumprir tarefas mais analíticas.

A equipa de investigação baseou-se num modelo de psicologia cognitiva. Há um sistema intuitivo associado a circuitos mentais que produzem respostas rápidas e um sistema analítico, que leva mais tempo a encontrar respostas. “O nosso estudo está na senda de outras investigações que vincularam as crenças religiosas com o pensamento intuitivo “, salientou Ara Norenzayan, co-autor do estudo ao mesmo diário. 

Participaram no estudo mais de 650 pessoas dos EUA e do Canadá. Agora, para Gervais, falta saber, por exemplo, se a diminuição da crença religiosa é temporária ou de longa duração. E, já agora, como se aplicam estas teorias fora das sociedades capitalistas norte-americanas e europeias.

Por isso, os autores recomendam "cuidado na interpretação das implicações deste estudo" e defendem que são precisos mais para chegar a conclusões definitivas.

fonte: Público

Detectada nova partícula no CERN


O detector CMS do LHC, onde a nova particula foi detectada 

Ainda não foi a vez do bosão de Higgs, mas esta partícula, prevista pela teoria, nunca tinha sido vista até aqui. 

Três investigadores da Universidade de Zurique anunciaram nesta sexta-feira ter detectado uma nova partícula subatómica, nas colisões de protões realizadas no Large Hadron Collider (LHC, o acelerador de partículas do Laboratório Europeu de Física das Partículas, ou CERN, perto de Genebra na Suíça). A partícula é mais precisamente um “barião”, que até aqui nunca fora observado. 

Os bariões são partículas compostas por três partículas ainda mais pequenas, os quarks. Existem seis quarks: up, down, charm, strange, top, bottom (também chamado beauty). O upe o down, por exemplo, formam os neutrões e os protões dos núcleos atómicos. Mas os diversos quarks também se ligam entre si para formar uma série de outras partículas – e quando se ligam em trios dão origem, como já foi referido, aos bariões. 

Os quarks possuem massas e cargas eléctricas diferentes – e todos os bariões formados pelos três quarks mais leves (o up, o down e o strange) já foram observados. Mas isso só tem acontecido com poucos bariões que contêm quarks pesados. Como são extremamente instáveis, estes bariões só podem ser gerados artificialmente nos aceleradores de partículas.

Agora, dados recolhidos no LHC, entre Abril e Novembro de 2011, pela experiência CMS (uma das duas que estão actualmente à procura do bosão de Higgs), foram analisados por Claude Amsler, Vincenzo Chiochia e Ernest Aguiló. E permitiram-lhes detectar um barião composto por um quark leve (up) e dois quarks pesados (strange e bottom/beauty). A massa desta partícula, designada Xi_b^*, é comparável à de um átomo de lítio, segundo um comunicado da Universidade de Zurique. Lê-se ainda, num comunicado do CERN, que o Modelo Padrão – o modelo que melhor descreve actualmente como funciona a física ao nível subatómico – prevê a existência de bariões Xi_b no estado carregado, neutro e excitado. E que, embora os dois primeiros tipos já tenham sido vistos em detectores, “esta é a primeira vez que um barião beauty excitado é observado.”

Os cientistas não “viram” directamente a partícula, mas puderam inferir, analisando os resultados de 530 milhões de milhões de colisões protão-protão a energias de 7 TeV, que tinham acontecido durante essas colisões 21 eventos de geração de bariões Xi_b^*. Isto é estatisticamente suficiente para afirmar que os sinais produzidos não eram meras flutuações aleatórias, mas partículas reais. 

“A descoberta desta nova partícula confirma a teoria”, conclui o documento da Universidade de Zurique, “contribuindo portanto para a uma melhor compreensão da interacção forte, uma das quatro forças fundamentais da física, que determina a estrutura da matéria.” A interacção forte é efectivamente a responsável por manter os quarks ligados entre si.

fonte: Público

Pedaços de antigo navio escondidos há séculos encontrados debaixo da Praça D. Luís em Lisboa





A estrutura em madeira posta a descoberto é composta por barrotes que se pensa serem reaproveitados de navios Pedro Maia 

Enorme estaleiro de reparação naval inclui bocados de embarcação do século XVI ou XVII. Subdirectora do Igespar visitou ontem escavação. "São vestígios fabulosamente importantes", observa especialista. 

Partes de um navio que se supõe ser do século XVI ou XVII foram descobertas pelos arqueólogos que estão a trabalhar nas escavações para a construção de um parque de estacionamento subterrâneo na Praça D. Luís, em Lisboa.

"São vestígios fabulosamente importantes", observa Francisco Alves, especialista em arqueologia náutica e subaquática. A subdirectora do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), Catarina de Sousa, também visitou ontem as escavações. Situada junto ao mercado da Ribeira, zona por excelência da construção e da reparação naval ao longo de séculos, a escavação está a revelar-se um manancial de achados arqueológicos. Aqui foram descobertas as fornalhas da Fundição do Arsenal Real, unidade industrial da segunda metade do séc. XIX; mas também vestígios do cais da Casa da Moeda, onde se cunhava o metal usado nas transacções; e ainda uma escadaria e um paredão do Forte de S. Paulo, baluarte da artilharia costeira construído no âmbito das lutas da Restauração, no séc. XVII.

Mas o que está a deslumbrar os arqueólogos é uma enorme estrutura de 300 metros quadrados, composta por barrotes de madeira sobrepostos em camadas, que se encontra totalmente preservada e que tudo indica ter servido de estaleiro de reparação naval ou de rampa de lançamento de embarcações para a água. Conservou-se enterrada no lodo durante séculos. A mais recente surpresa é que se percebeu que a camada mais funda da estrutura de madeira é composta por peças de navio reaproveitadas.

"Nunca encontrámos nada de semelhante em Portugal, e mesmo no resto do mundo não é um achado muito comum desta época", sublinha António Bettencourt, do Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa. O arqueólogo foi chamado pela empresa Era, para acompanhar os trabalhos. Prepara-se já um projecto de investigação para estudar os achados do subsolo da Praça D. Luís, que, aliás, poderão não ficar por aqui. Haverá ainda outro tipo de vestígios debaixo dos pedaços de barco? Ninguém sabe. 

Para já, os barrotes - de pinho, sobreiro e carvalho - vão ser analisados um a um, de forma minuciosa. Uns serão depois depositados outra vez em lodo, mas na margem Sul do Tejo, enquanto outros serão conservados nos serviços do Igespar. O Laboratório de Dendrocronologia do Instituto Superior de Agronomia foi chamado para ajudar na sua datação. A tarefa não será fácil, avisa uma investigadora do laboratório, Sofia Pereira Leal: ao contrário de outros países, ainda não foi criado em Portugal um padrão de crescimento das árvores com base nos anéis do tronco. 

Que barco seria este e por que razão foi reciclado? Seria uma nau, uma caravela, um galeão? As questões sem resposta avolumam-se à medida que as escavações prosseguem. Se se confirmar tratar-se de uma embarcação do séc. XVII, estamos a falar de uma época em que o desenvolvimento acelerado da construção naval começava a ter nefastas consequências nas florestas, tanto em Portugal como noutras regiões europeias. "O abate das espécies mais procuradas fazia-se a um ritmo superior ao tempo necessário à recuperação da mancha florestal (...)", descreve-se na História de Portugal, de José Mattoso. A par da pirataria, a escassez de madeira ajuda a explicar a progressiva decadência das rotas da navegação comercial nas quais se baseava a economia portuguesa. "O tempo das caravelas aproximava-se do fim", explica a mesma obra.

As descobertas da Praça D. Luís serão alvo de uma palestra a 17 de Maio no Museu da Cidade, a que se seguirá outra no Padrão dos Descobrimentos a 2 de Junho.

Era uma vez um cachimbo otomano

Entre o espólio encontrado no lodo em que está imerso o estrado de madeira encontrado debaixo da Praça D. Luís surgiram vários pedaços de cachimbo. A maior parte deles são simples hastes, já sem o recipiente para o tabaco ou outras substâncias, o chamado fornilho. 

Mas um dos pequenos achados mais acarinhados pelos arqueólogos é um minúsculo cachimbo trabalhado como os artefactos otomanos do mesmo género, e não à europeia: em vez de ser liso tem a superfície enfeitada com nervuras. "Pode ter sido produzido na Europa para satisfazer determinado tipo de procura", alvitra o arqueólogo António Bettencourt. A boquilha, essa perdeu-se - mas havia de ser bem comprida, como era hábito na altura.

fonte: Público

Os relógios atómicos mais precisos do mundo vão poder ser sincronizados via fibra óptica


A sincronização dos relógios atómicos é essencial à investigação em física 

Hoje em dia, costumamos sincronizar, via satélite ou Internet, o relógio do nosso computador ou telemóvel a partir de um relógio "central". Mas quando se trata de sincronizar relógios atómicos, isso não chega. 

É que mesmo se, devido ao "ruído" no canal de comunicação, a hora dos nossos relógios sofre algumas perturbações de transmissão, uma deriva de segundos ou mesmo de minutos nunca terá, na maior parte dos casos, um grande impacto no nosso dia-a-dia. 

Mas no caso de experiências que requerem grande precisão, qualquer ínfima deriva na hora que marcam os relógios pode ter consequências mais graves. Recorde-se, por exemplo, que a recente detecção de neutrinos supostamente mais rápidos do que a luz, que a serem reais teriam posto em causa a Teoria da Relatividade de Einstein, se deveu a um simples erro de sincronização, da ordem dos 60 nanossegundos, causado por uma ligação deficiente entre um computador e o GPS. Um erro que demorou meses a ser identificado...

E quando se trata de sincronizar entre si relógios atómicos, os aparelhos de medição do tempo mais precisos do mundo, a situação torna-se ainda mais delicada. Porém, este tipo de problemas poderá estar em vias de resolução. Uma equipa de investigadores alemães conseguiu transmitir, ao longo de centenas de quilómetros de fibra óptica, a frequência do “tiquetaque” de um dos relógios atómicos mais precisos do mundo com uma fidedignidade 1000 vezes superior à dos satélites de telecomunicações. O êxito do teste, realizado por cientistas do Instituto Alemão de Metrologia (PTB) em Braunschweig e do Instituto Max Planck de Óptica Quântica de Garching, foi anunciado esta sexta-feira na revista Science e tem importantes implicações para a investigação de base em física, da cosmologia à física quântica, uma vez que mostra que deverá ser possível sincronizar este tipo de relógios a nível mundial através de uma rede física de telecomunicações ópticas.

A mais recente geração de relógios atómicos, ditos ópticos porque funcionam em frequências de luz visível, tem um “tiquetaque” tão regular que, segundo um comunicado daScience, “a sua deriva é de apenas um segundo num período de tempo equivalente à idade do Universo” (15 mil milhões de anos!). Dito por outras palavras, as frequências dos batimentos de qualquer um destes relógios são idênticas entre si até a 18ª casa decimal. O problema que se põe então é o de como sincronizar estes relógios, visto que a transmissão da frequência do seu tiquetaque via satélite apenas é fidedigna, no melhor dos casos, até à 15ª casa decimal. 

Mas agora, Katharina Predehl e colegas, após vários anos de trabalho e de testes, conseguiram fazer viajar um feixe laser, vindo de um relógio atómico instalado no Instituto de Metrologia, pelo interior de 920 km de fibra óptica subterrânea e até a um receptor situado nas instalações do Max Planck, a 600 km de lá. 

Para evitar a perda de força do sinal, foram instaladas unidades de amplificação óptica, especialmente desenvolvidas para o efeito, ao longo de todo o percurso da fibra. E também foi necessário detectar e compensar os erros introduzidos na frequência do sinal luminoso por perturbações mecânicas, acústicas ou térmicas que podiam decorrer de variações de temperatura ou das vibrações produzidas pela circulação automóvel e as obras em curso na vizinhança da fibra óptica. 

O resultado foi espectacular: a margem de erro na frequência do sinal, à chegada ao destino, em Garching, revelou ser equivalente a uma deriva de apenas 0,4 trilionésimos de segundo (0,0000000000000000004 segundo).

Com base nestes resultados mais que promissores, Predehl sugere a criação de uma rede mundial de relógios ópticos. “É esse o sonho”, diz, citada pela revista New Scientist. Já estão aliás em curso, salienta, reuniões para a construção de uma rede europeia.

fonte: Público

EUA: Agentes usam tranquilizante para retirar urso de árvore






Para conseguir retirar um urso que subira a uma árvore, perto de uma residência estudantil na Universidade do Colorado, uma equipa de agentes florestais viu-se obrigada a usar tranquilizante no animal. 

Após ser atingido pelo calmante o animal caiu quase imediatamente de uma altura de 4,5 metros. Os agentes colocaram um colchão para aliviar a queda do urso, com cerca de noventa quilos.

O animal foi solto posteriormente numa floresta pelos agentes do departamento de vida selvagem do estado do Colorado.


Vaivém 'Enterprise' voa para Nova Iorque





O protótipo 'Enterprise', o primeiro vaivém espacial da NASA que nunca chegou a voar no espaço, foi hoje transportado de Washington para Nova Iorque num espetacular voo sobre Manhattan.

Às costas de um Boing 747 modificado, o 'Enterprise' foi transportado do Museu Nacional da Aeronáutica e do Espaço, que se situa a cerca de 30 quilómetros da capital norte-americana, onde até agora se encontrava.

O aparelho aterrou ao fim da manhã no aeroporto internacional John F. Kennedy. O seu destino final será o USS Intrepid, o porta-aviões transformado em museu fundeado no Rio Hudson, em Manhattan.

O 'Enterprise' é o primeiro protótipo de vaivém espacial da NASA, construído para testar a capacidade destes aparelhos de voarem na atmosfera e aterrarem como um avião comum. Nunca voou até ao espaço, tendo apenas feito voos de teste suborbitais. O primeiro realizou-se em 1976.

O seu nome foi escolhido após uma campanha de fãs da série de ficção científica "Star Trek - O Caminho das Estrelas", que inundaram a agência espacial norte-americana com cartas pedindo à NASA para que baptizasse o aparelho com o nome da nave comandada no pequeno ecrã pelo capitão Kirk.

No museu de Washington, o lugar da 'Enterprise' está agora ocupado pelo vaivém 'Discovery' que foi para lá transportado no dia 19 de abril desde o Cabo Canaveral, na Florida.

fonte: DN

Fungo dizima mais de 200 espécies de anfíbios em todo mundo


Rã típica da Califórnia: fungo engrossa a pele e causa ataque cardíaco

Cientistas descobriram que parasita pode ser a causa das altas taxas de extinção do grupo de vertebrados.

Um fungo aquático tem causado um estrago considerável na população de anfíbios. Com o nome científico de Batrachochytrium dendrobatidis, ele dizimou mais de 200 espécies de sapos, rãs, salamandras e outros animais ao redor do mundo e é um dos responsáveis pela actual alta taxa de extinção desses animais.

“Não há dúvida de que este fungo causou um declínio e extinção catastróficos. Não é o único problema que leva à perda de anfíbios, mas é muito importante entendê-lo”, afirmou ao iG Jamie Voyles, um dos autores do estudo, da Universidade de Berkeley, Estados Unidos.

Os investigadores descobriram que o fungo mata os anfíbios ao tornar a pele deles 40 vezes mais espessa e incapaz de absorver água e electrólitos como sódio e potássio pela pele. Sem poder fazer essa troca com o ambiente, os animais ficam desidratados e morrem literalmente de ataque cardíaco.

Publicado no periódico científico PLoS One, o estudo foi feito com sapos das espécies Rana muscosa e Rana sierra nas montanhas de Sierra Nevada, na California, Estados Unidos, no momento em que a epidemia acontecia entre julho e outubro de 2004.

“Tivemos a uma oportunidade única de estar no campo no momento em que ocorria a epidemia. Ficamos muito surpresos com as evidências de desidratação e com de tão baixo estavam os níveis de electrólitos. Essas descobertas indicam que os sapos tiveram mudanças muito mais significativas no equiilíbrio dos electrólitos do que imaginávamos originalmente”, explicou Voyles.

Outros estudos já haviam associado o fungo à mortandade de anfíbios em outros locais, mas a pesquisa de Voyles analisou o mecanismo que causava a morte dos animais e extrapolou seus resultados para outras ocorrências, chegando ao número de 200 espécies afetadas.

O próximo passo da pesquisa, feita em conjunto com investigadores da Universidade Estadual de San Francisco também nos Estados Unidos, é encontrar um meio de salvar sapos – os de Sierra Nevada foram praticamente liquidados pelo fungo.

“Em nosso artigo sugerimos que usando tratamentos como soluções anti-fungo no momento certo poderemos salvar espécies valiosas de anfíbios”, completou Voyles.

fonte: IG

Porca dá à luz 18 leitões no interior de MG; facto é considerado excepcional, dizem especialistas


Depois de dar à luz 18 leitões, facto considerado excepcional por especialistas, uma porca virou o principal assunto de Poço Fundo (395 km de Belo Horizonte). 

"Nunca tinha visto algo igual. Já vi porcas terem 14 filhotes, mas a maioria deles morre no primeiro dia de vida. Essa ninhada, além de ter chegado a um número difícil de ser alcançado, veio com quase todas as crias saudáveis", afirmou Orlando Antonio dos Santos, 51, dono dos animais.

Dos 18 leitões, apenas um morreu. Para evitar mais mortes, Santos afirma que ele e um amigo se revezaram à noite para garantir que todos os filhotes se alimentassem. "São muitos animais para amamentar. Quando um deles pega uma teta, não deixa o outro chegar perto. Fizemos um rodízio entre os filhotes para evitar esse problema.”

Outro receio do criador foi a porca, chamada Nina, deitar sobre as crias. Ela pesa 150 quilos. "Depois das primeiras horas, os filhotes ficam mais espertos, e já não há mais possibilidade de acidentes", falou o criador.

Segundo Jacinta Diva Ferrugem Gomes, 48, professora da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP (Universidade de São Paulo), normalmente uma porca caipira como Nina costuma ter entre oito e dez filhotes.

A professora diz que as porcas costumam ter um pico de reprodução a partir da quarta vez em que dão à luz, o que pode ser o caso do animal de Poço Fundo. Ela diz que, embora não seja raro, é excepcional uma porca dar à luz 18 filhotes.

De acordo com Jacinta, a ciência vem fazendo melhoramentos genéticos, a partir de cruzamentos, para porcos darem à luz, em escala industrial, a quantidade média de 14 a 15 animais.

Juliana Leite, 25, zootecnista da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores, afirma que não é vantajoso nem para o animal nem para os criadores quando uma fêmea dá à luz quantidade de filhotes acima do normal.

Ela diz que, nesses casos, a gestação costuma ser mais curta, ocorrem dificuldades no desenvolvimento e na alimentação das crias e, também, no manejo, por parte dos criadores. “Isso não interessa a ninguém”, diz.

No reino animal, segundo Juliana, o número de filhotes varia conforme a raça. Em vacas e cavalos, o normal é um filhote, ou, no máximo, gémeos. Em cães, o número varia conforme a raça: dois animais para animais pequenos e até dez quando maiores. Em porcos, o número ideal é de oito a dez.

Boi de três chifres e cadelinha boiadeira

Não é primeira vez que animais de Poço Fundo, cidade de 15 mil habitantes, viram notícia. No ano passado, um boi de três chifres virou atração turística. 

O dono do animal, Sebastião Valdivino Gonçalves, além do boi, também possui uma cachorra “boiadeira”, Lili. 

A cadela circula pela cidade sobre a motocicleta do dono e, no campo, ajuda a apartar o gado. Como recompensa, bebe leite direto nas tetas das vacas do sítio.

fonte: UOL

Colombiano de 6 anos faz cirurgia e livra-se de problema raro que rendeu a ele apelido de ‘Menino Tartaruga’



Um colombiano nasceu com uma marca tão grande que, aos seis anos, já ocupava a maior parte das costas dele. 

A lesão rendeu ao pequeno Didier Montalvo o apelido de Menino Tartaruga. O problema, conhecido como nevo melanocítico congénito, é tão raro que atinge 1 em cada 20 mil crianças.

Além dos previsíveis inconvenientes que a aparência diferente acarreta para uma criança na idade de Didier, o menino ainda sofria fortes dores. 

A família, pobre, era excluída pelos moradores da cidade onde vivia, na Colombia. E a mãe, Luz, se culpava pela condição do filho, dizendo que isso só havia ocorrido porque ela olhou para um eclipse enquanto estava grávida.

Segundo o jornal "Mirror", a vida deles só mudou depois que a história de Didier virou reportagem num jornal local. Logo, diversas pessoas fizeram doações para que ele fosse submetido a uma cirurgia. O procedimento era complicado, doloroso e bastante perigoso.

O cirugião Neil Bulstrode viajou de Londres para a Colombia, para ajudar a equipa que operaria Didier. O especialista já havia tratado de dezenas de crianças com o mesmo problema, mas nunca viu um caso tão complicado quanto o do pequeno colombiano.



- A lesão de Didier foi a pior que já vi, por causa do tamanho e do volume. Efetivamente, três quartos da circunferência do corpo dele foi afetada - explicou Bulstrode.

O nível de complicação da cirurgia não impediu que os médicos seguissem adiante. A lesão foi removida das costas de Didier, que também já não atende pelo apelido de Menino Tartaruga.

- Quando eu vi as fotos de Didier pela primeira vez, um dos meus primeiros pensamentos foi ‘se pudermos tirar isso das costas deles, melhoraremos significativamente a qualidade de vida’ - contou o especialista.



Por sorte, competência dos médicos e ajuda de desconhecidos, Didier já está recuperado, ainda mais sorridente do que antes. E a história dele virou um documentário, com final feliz.

fonte: Extra Online

Homem encontra meteoritos recém-caídos nos Estados Unidos


Robert Ward encontrou dois meteoritos na Califórnia (Foto: AP Photo/Rich Pedroncelli)

No último fim de semana, uma chuva de meteoros foi vista na região. Robert Ward descobriu duas pedras, possivelmente partes do mesmo meteoro.

Um caçador de meteoros encontrou no estado norte-americano da Califórnia duas rochas que vieram do espaço – a origem destas pedras foi confirmada por cientistas.

No último fim de semana, uma chuva de meteoros atingiu a Terra, e foi vista na região oeste dos Estados Unidos.

Robert Ward acredita que as duas pedrinhas que encontrou – cada uma com cerca de 10 gramas – sejam parte do mesmo meteoro. Segundo os especialistas, este meteoro teria o tamanho de uma minivan antes de se desintegrar devido ao atrito com a atmosfera.

A análise mostrou que os meteoritos são “condritos carbonáceos”, como os cientistas classificam. São rochas da época da formação do Sistema Solar, cerca de 5 biliões de anos atrás.


No domingo (22), a Nasa registou a chuva de meteoros no estado de Nevada (Foto: AP Photo/Lisa Warren, NASA/JPL)

“É uma das coisas mais antigas conhecidas pelo homem e um dos tipos mais raros de meteoritos que existem”, apontou Ward. “Contém aminoácidos e compostos orgânicos que são extremamente importantes para a ciência”, completou.

Em mais de 20 anos como hobby, Ward diz que já encontrou meteoritos em todos os continentes, com exceção da Antártica.

fonte: G1

Cientistas descobrem estruturas em forma de espiral em Marte


A região dos Vales de Athabasca, em Marte, desperta a curiosidade de cientistas há anos. Os estranhos canais da região levaram a discussões sobre como foram formados - alguns diziam que por gelo, outros, por vulcões. 

Agora, cientistas da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto estranhas espirais na região que, segundo eles, só podem ter sido formadas por lava. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira no site da revista especializada Sciencee estará na edição de amanhã da publicação.

Os investigadores identificaram através de um satélite na órbita marciana 269 espirais na região, que variam entre 5 e 30 m de diâmetro e que, segundo eles, combinam com formas parecidas que ocorrem no solo da Terra e são formadas por lava. Estruturas parecidas são encontradas no Havaí e em regiões submarinas do Pacífico, próximo das ilhas Galápagos.

Por outro lado, as formas não batem com aquelas produzidas pelo gelo. As placas, espirais e até polígonos que se formam na região costumam ser de origem vulcânica. Além disso, a região é muito próxima do equador marciano, o que dificultaria a presença de gelo na região.

"Não temos certeza se essas espirais de lava ocorrem em outras regiões de Marte. (...) Elas se infiltram em qualquer lugar ou este é literalmente o único ponto onde ocorrem? De qualquer modo, elas vão levantar questões interessantes", diz Andrew Ryan, autor do estudo, ao site da revista New Scientist.

fonte: Terra

Asteroide recém-descoberto se aproxima da Terra


O asteroide 2012 HM, descoberto no início deste ano pela Nasa - a agência espacial americana - se aproximará da Terra no próximo sábado, 28. Ele passará a 1,4 LD (distâncias lunares) do planeta, o que significa aproximadamente 540 mil km. Em termos espaciais, uma distância considerada pequena. 

Com diâmetro estimado entre 41 m e 92 m, o asteroide viaja pelo espaço a 6,45 km/s. O cálculo é feito pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL), o órgão que coordena esforços da Nasa para detectar, rastrear e caracterizar asteroides potencialmente perigosos e cometas que se aproximam da Terra. 

Pouco mais de duas horas antes de alcançar a menor distância da Terra, ele se aproximará da lua a cerca de 375 mil km. Não há possibilidade de impacto nem com o a Terra nem com a lua. No começo de abril, o asteroide 2012 FA57 passou a cerca de 420 mil km do planeta. 

fonte: Terra

Funcionária de zoológico morre esmagada por elefante


O canal de televisão Three informou que um elefante sentou sobre a mulher na Nova Zelândia.

Uma funcionária de um zoológico nas proximidades de Auckland, Nova Zelândia, morreu esmagada por um elefante na quarta-feira.

A polícia confirmou que recebeu uma ligação de emergência após um incidente com o elefante Jumbo no zoológico Franklin, perto de Auckland. O canal de televisão Three informou que o animal sentou sobre a funcionária.

Quando os bombeiros chegaram ao local, o elefante já havia sido imobilizado e os paramédicos atendiam a mulher, que faleceu pouco depois.

fonte: Band

35 anos do "Chupa-Chupa", ou Discos Voadores na Ilha de Colares. A saga de um repórter



Em 40 anos de jornalismo, já escrevi milhares de matérias sobre temas polémicos nos jornais "A Província do Pará", "O Estado do Pará", "O Liberal", "Diário do Pará", revista "Isto É" e "O Estado de São Paulo", do qual sou correspondente no Pará há 18 anos. 

Conflitos agrários, devastação da Amazónia, grilagem de terras, extração ilegal de madeira, chacinas impunes, invasões e exploração em áreas indígenas, tráfico humano, trabalho infantil, crime organizado, corrupção de poderosos, violência contra a mulher, tráfico de animais silvestres, biopirataria, e por aí vai.

Nenhum desses temas, porém, despertou tanta atenção no meio ao qual pertenço, a imprensa, do que o chamado "Chupa-Chupa". Luzes misteriosas, vindas não se sabe de onde, que apavoraram a região entre Santo Antonio do Tauá, Mosqueiro, Baía do Sol e Vigia, principalmente a cidade de Colares, entre maio de 1977 e junho de 1978. 

Cobri os factos, entrevistei dezenas de pessoas simples, humildes pescadores e agricultores que me contaram sempre as mesmas histórias: naves surgiam do céu a velocidades espantosas, pairavam sobre casebres, e emitiam luzes que sugavam o sangue das pessoas.

Se eram ou não seres de outros mundos, não entro no mérito. Escrevi as reportagens baseado nos relatos. Prestes a completar 35 anos, as aparições em Colares já produziram dezenas de reportagens e filmes, inclusive em países distantes. 

E eu, como o repórter que esteve nos locais dos acontecimentos, acabei virando tema de reportagens, documentários, e especiais de TV, como "Globo Repórter", "Linha Direta", também da Globo, The History Channel, canais da Alemanha, Japão, Canadá e Inglaterra, e "A História que Veio do Céu", de uma produtora paraense.

Sempre me perguntam: "você viu os discos-voadores". A resposta, todos já sabem: "não, não vi". E em cima da resposta, a curiosidade de quem me ouve fica mais aguçada. 

Ufólogos, parapsicólogos, psiquiatras, lançam suas teorias, plantam suas certezas e descrenças. Para mim, pouco importa o que pensam sobre a minha participação.

Amanhã, sábado (21), a TV Cultura volta ao tema. Um repórter virá me entrevistar para uma edição especial. Direi as mesmas coisas e, dependendo da provocação do repórter, poderei ou não revelar algo que ainda não falei sobre o intrigante caso. 

O assédio agora é para saber quando finalmente irei lançar meu livro, contando fatos sobre o "Chupa-Chupa" que nunca revelei em minhas reportagens.

Uma editora dos Estados Unidos e outra da Inglaterra já fizeram sondagens sobre a exclusividade da publicação do livro em outros idiomas além do Português.

Estou estudando as propostas. Não tenho pressa.


Cientistas identificam fósseis de pterossauros no Paraná


Amostras de fósseis estavam conservadas há 37 anos (Foto: Universidade Estadual de Ponta Grossa)

As amostras foram encontradas em 1975, mas só agora identificadas como pertencentes ao réptil voador que viveu há centenas de milhões de anos.

Fósseis de pterossauros – répteis voadores que viveram entre 225 e 65 milhões de anos atrás – foram identificados em acervo mantido na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná. 

As amostras de rochas com ossos fossilizados foram descobertoa no município de Cruzeiro do Oeste e levadas à instituição em 1975, mas só agora os cientistas as identificaram como sendo restos de pterossauros.

As três primeiras amostras, além de outras recém-recolhidas, foram tombadas na UEPG para investigações mais detalhadas. Segundo o site da universidade, elas podem “trazer grandes avanços para a paleontologia brasileira e sobre os antigos ambientes que existiram no actual território paranaense”. 

A descoberta impulsionou os cientistas a procurarem por mais amostras, resultando no encontro de pelo menos três horizontes ricos em fósseis na região, contendo ossos de tamanhos variados e em bom estado de conservação.

Nos trabalhos, os investigadores da UEPG tiveram apoio do Centro de Paleontologia da Universidade do Contestado, em Mafra, Santa Catarina. 

De acordo com o site, os resultados logo devem ser publicados em periódicos especializados, além de debatidos em eventos científicos, como no 46º Congresso Brasileiro de Geologia, que será realizado em Santos no próximo semestre.

Os pterossauros foram contemporâneos dos dinossauros, mas não podem ser considerados como tais. Eles variavam bastante de tamanho e normalmente apresentavam cristas características, sendo os primeiros vertebrados a voarem, antes mesmo das aves.

fonte: Época

ADN humano carrega 'herança' de vírus pré-histórico, aponta estudo


De acordo com pesquisadores, vírus eram obrigado a 'fazer escolha'

Microrganismos infectaram ancestrais há 100 milhões de anos; restos ainda estão no nosso genoma.

Traços de vírus antigos que infectaram nossos ancestrais há milhões de anos são mais comuns e disseminados em nós do que se pensava anteriormente, aponta um estudo de cientistas americanos e europeus. 

A pesquisa, publicada no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences, mostra que ainda conservamos material genético da era dos dinossauros e abre novos caminhos para os estudos do ADN humano. 

Os cientistas estudaram os genomas de 38 mamíferos, incluindo humanos, roedores, elefantes e golfinhos. Um dos vírus "invasores do ADN" foi encontrado no genoma de um ancestral que viveu há cerca de 100 milhões de anos, e resquícios desse microrganismo foram achados em praticamente todos os mamíferos estudados. Um outro vírus infectou um primata, e assim foi encontrado em macacos, humanos e outros primatas.

O trabalho concluiu que muito desses vírus perderam a habilidade de se transferir de uma célula para a outra. Em vez disso, evoluíram e desenvolveram a habilidade de permanecer na mesma célula, ficando toda sua vida no mesmo local.

Os investigadores encontraram evidências de vírus se proliferando tão intensivamente entre os genomas dos mamíferos que compararam com uma doença epidémica. 

De acordo com Robert Belshaw, do Departamento de Zoologia da Universidade de Oxford, uma das instituições que conduziram o estudo, disse que se trata de "uma epidemia dentro do genoma dos animais que continua até hoje".

"Suspeitamos que esses vírus são forçados a fazer uma escolha - ou mantêm sua 'essência viral' e se espalham pelos animais e outras espécies, ou se comprometem com um genoma e se disseminam dentro dele", explicou.

O estudo mostra que os vírus envolvidos perderam o gene Env, responsável pela capacidade de se transferir entre células. Conhecidos como retrovírus endógenos, esses microrganismos tornaram-se 30 vezes mais abundantes que suas células hospedeiras. 

Segundo Belshaw, essa espécie de vírus não tem efeitos óbvios ou diretos sobre a saúde, mas ele prefere não tirar conclusões precipitadas. 

"Pode haver efeitos que não estamos a ver ou coisas das quais poderíamos até tirar vantagem se detectássemos retrovírus em actividade como resultado de uma infecção cancerígena", conclui.

fonte: Estadão