Gareth Williams era especialista em decifrar códigos
Polícia não encontra "explicação" para a morte de Gareth Williams, espião do MI6, encontrado dentro de um saco de desporto na banheira do seu apartamento, em Londres.
Depois de 21 meses de investigação, a polícia britânica não conseguiu apurar a causa da morte de Gareth Williams, o espião inglês de 31 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de um saco de desporto, na banheira do seu apartamento em Pimlico, Londres.
Não foram encontradas impressões digitais ou indícios de que outra pessoa pudesse ter estado no apartamento de Williams, localizado nas imediações da sede do Secret Intelligence Service, conhecido como MI6.
O corpo de Williams foi examinado por três médicos-patologistas que, apesar de não terem conseguido chegar a uma conclusão, apontam o envenenamento ou asfixia como causas prováveis da morte. O estado de decomposição dificultou a perícia.
Os resultados inconclusivos da investigação foram divulgados ontem, pela autoridades britânicas.
Jogo sexual?
A família de Williams acredita que o homem foi por por um agente "especializado nas artes obscuras do serviço secreto", e não deixa de ser estranho que o serviço secreto britânico só tenha comunicado a polícia sobre o seu desaparecimento após uma semana.
Outro mistério é o facto de os investigadores não terem passado a pente-fino alguns dos bens de Williams, tais como os cartões de memória do seu computador, pelo simples razão de os seus superiores terem dito que era "irrelevante" para o caso.
O inquérito policial analisou, porém, a hipótese de que o espião tivesse sido morto durante um jogo sexual.
Com efeito, no apartamento de Williams - segundo a polícia - foram encontradas roupas femininas avaliadas em dezenas de milhares de dólares, havendo indícios de que o espião frequentasse sites de sadomasoquismo.
Além de já se ter filmado a si próprio semi-nu, Gareth Williams já tinha sido encontrado uma vez amarrado a uma cama.
Apesar das especulações de que Williams tivesse feito tudo sozinho, um especialista assegurou que "até mesmo Harry Houdini (um dos mais famosos ilusionistas da história) teria dificuldades para se enfiar dentro de um saco de viagem de 81 por 48 centímetros.
Outros especialistas disseram que se Williams estivesse vivo ao entrar no saco, três minutos depois de se fechar morreria sufocado.
Jackie Sebire, inspetora-chefe das investigações, acredita que uma ou mais pessoas tenham estado envolvidas na morte de Williams, e lança um apelo para que ajudem a polícia a encontrar respostas para dar alguma paz à família.
Na sua página oficial na Internet, o serviço secreto apresenta condolências à família de Gareth Williams, enaltecendo as qualidades do espião, "homem de reconhecido talento devotado ao serviço público".
O SIS britânico apresenta, também, um pedido de desculpas à família do agente por ter demorado a dar o alerta sobre o seu desaparecimento.
fonte: Expresso
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