segunda-feira, 7 de maio de 2012

Esqueleto de dinossauro vai a leilão por mais de 600 mil euros

Este </i>Tyrannosaurus bataar</i> tinha mais de sete metros de comprimento

Este Tyrannosaurus bataar tinha mais de sete metros de comprimento 

O esqueleto de um dinossauro vai a leilão este mês pela Internet, com uma base de licitação de 875 mil dólares (671 mil euros). Trata-se de um tiranossauro que é um primo asiático do temível T-rex, ele próprio igualmente temível, que viveu há 70 milhões de anos.

A Heritage Auctions, leiloeira norte-americana especializada em leilões pela Internet – que vai pôr o dinossauro à venda a 20 de Maio, tal como muitos outros fósseis e minerais –, estima que ele possa atingir um valor entre 950 mil e 1,5 milhões de dólares (720 mil euros e 1,1 milhões de euros). Uns dias antes, o esqueleto será exposto pela leiloeira em Nova Iorque. 

O Tyrannosaurus bataar era um pouco mais pequeno do que o seu primo americano, oTyrannosaurus rex. Classificado há pouco tempo como tiranossauro, ultrapassava os sete metros de comprimento, tinha quase dois metros e meio de altura e estava dotado de mandíbulas e dentes poderosos. Tal como o tiranossauro americano, o asiático tinha duas patas fortes e os membros dianteiros eram invulgarmente curtos. 

Nas informações disponibilizadas sobre o fóssil, o corpo do animal está completo em 75%, enquanto o crânio em 80%. “Este belo esqueleto de tiranossauro é dos mais completos e espectaculares alguma vez vistos”, sublinhou David Herskowitz, director do departamento de história natural da leiloeira, citado pelo jornal espanhol El Mundo. 

Há 70 milhões de anos, ele rumava pelos pântanos do que hoje é o deserto de Gobi, na Ásia Central, onde certamente o seu apetite voraz era temido pelas presas. 

Pouco tempo depois, na verdade há 65 milhões de anos, esta e muitas espécies de dinossauros e de outras formas de vida foram varridas da face da Terra pela colisão, na versão mais consensual entre os cientistas, de um meteorito com o nosso planeta. 

E, há apenas uma década, descobriram-se os ossos deste tiranossauro, que por sua vez nos últimos dois anos e meio estiveram num armazém em Londres, referiu David Herskowitz. Como há uma escassez de fósseis deste tamanho no mercado, Herskowitz considera que se está perante uma “oportunidade singular para coleccionadores e instituições”. 

Sue por seis milhões 

O esqueleto de outro tiranossauro, de um T-rex, fez furor há mais de uma década, quando foi leiloado por qualquer coisa como 8,362 milhões de dólares (6,41 milhões de euros). Tinha sido descoberto em 1990 pela paleontóloga Sue Hendrickson, que trabalhava no Instituto de Investigação Geológica de Black Hills, no Dakota do Sul, Estados Unidos. Depressa este esqueleto, o mais completo de um Tyrannosaurus rex, com 65 milhões de anos, passou a ser conhecido por Sue. 

O instituto pagou cinco mil dólares ao proprietário do terreno, Maurice Williams, um índio Sioux, para remover o esqueleto. Mas em 1992 iniciou-se uma batalha legal pela posse deSue. O Governo norte-americano confiscou os ossos, alegando que a reserva índia, apesar de privada, se encontrava sob jurisdição federal. 

Mas, no final, foi Maurice Williams quem ficou milionário. Em 1997, Sue foi vendida num leilão da Sotheby’s de Nova Iorque. E foi o Museu de História Natural Field, em Chicago, que ficou com o esqueleto, com a ajuda de mecenas como a McDonald’s e a Disney.

Que valor atingirá agora o seu primo asiático? Será disputado, mesmo em tempos de crise? No dia 20 deste mês deveremos ficar a saber não só isso, mas também para onde seguirá viagem.

fonte: Público

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