Arqueólogos divulgam reconstituição facial de mulher que morreu em território escocês na Idade do Bronze.
A mulher acima parece alguém que você poderia encontrar na rua em pleno século XXI? Ledo engano. Perto dela, Júlio César é uma criança e Átila, o Huno, está na barriga da mãe. Essa é, na verdade, a reconstrução facial de uma jovem com algo entre 19 e 22 anos que morreu no território da Escócia há 3700 anos, no auge da Idade do Bronze.
Seu nome é Ava, uma referência a Achavanich, local em que o esqueleto foi encontrado. A ilustração, baseada em um detalhado estudo das características de seu crânio, foi feita por arqueólogos e artistas forenses sob o comando da investigadora Maya Hoole.
Sua altura, baseada no comprimento da tíbia, foi calculada em algo como 1,67 m. Os olhos azuis e o cabelo ruivo eram traços predominantes da população da região. O esqueleto não possuía mandíbula, o que dificultou o trabalho de reconstituição.
O tamanho dos lábios foi estimado com base nos resquícios de esmalte nos dentes, que também ajudam a calcular, por meio do desgaste na superfície de contacto, a idade com que Ava morreu. O responsável por trazer Ava de volta à vida foi Hew Morrison, estudante de pós-graduação da Universidade de Dundee.
O mais curioso, porém, foi o esmero com que seu corpo foi sepultado. Ao contrário da maior parte dos esqueletos da época, seus ossos foram encontrados em uma cova com sólidas paredes de pedra – um sinal de que ela era importante de alguma maneira do ponto de vista social ou de que já se sabia de sua morte com alguma antecedência.
Ela pertencia à Cultura Beaker, conhecida, em português, como Cultura do Vaso Campaniforme, que, ao que tudo indica, foi um fenômeno e se disseminou por quase todo o território europeu no século 3 a.C.
Além dos vasos de cerâmica de formato característico ao povo, encontrados quase sempre em situações funerárias, eles já dominavam completamente utensílios de metal. Estudos genéticos indicam que boa parte da população de países como a Irlanda descende de populações que migraram para lá nessa época.
O grupo de pesquisa possuí uma página no Facebook em que publica as descobertas mais recentes.
Com informações de IFL Science.
fonte: Galileu
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