sábado, 6 de agosto de 2016

Cientistas descobrem o que levou à extinção dos mamutes


A falta de água potável terá sido o fator derradeiro para a extinção dos grandes mamíferos que, afinal, aconteceu há menos tempo do que se pensava.

Os últimos mamutes à face da Terra terão entrado em extinção por falta de água potável, concluiu um estudo publicado esta segunda-feira no jornal da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América.

A população de mamutes que viveu tranquilamente - sem a ameaça de predadores e com alimento em abundância - na Ilha de São Paulo, no Alasca, durante milhares de anos, terá ficado sem acesso a água potável por causa de alterações climáticas.

O aquecimento do planeta não só secou as terras de São Paulo como desencadeou o degelos dos glaciares. O fenómeno fez elevar o nível médio das águas do mar, encurralando os mamutes na ilha, com um habitat reduzido, e deixando-os sem outro lugar onde procurar água potável e comida.

A ausência de "recursos de água potável parece ter sido a bala que levou os mamutes a uma situação insustentável", confirmou o investigador Matthew Wooller, da University of Alaska Fairbanks, de acordo com o jornal The Independent.

O estudo foi conduzido pela Pennsylvania State University e contou com a colaboração de investigadores de outros pontos dos Estados Unidos da América e do Canadá.

Os cientistas analisaram os ossos e os dentes dos mamutes, assim como os fósseis de antigos insetos aquáticos encontrados em sedimentos de um lago na ilha. Os mamutes terão limpo a área circundante ao lago de qualquer vegetação antes de se extinguirem.

O estudo prova que a água potável é um fator determinante nos processos de extinção, algo que, de acordo com os cientistas, é frequentemente ignorado.

Os resultados comprovaram ainda que a extinção da última população de mamutes aconteceu há menos tempo do que se acreditava. Os mamutes da Ilha de São Paulo ter-se-ão extinguido há 5600 anos (e não há 6480 anos, como referiam estudos anteriores), o que significa que estes animais sobreviveram mais 5 mil anos que os membros da mesma espécie que viviam em território continental.

O estudo foi destacado por providenciar a mais precisa data de uma extinção pré-histórica.

Os cientistas alertaram ainda para a possibilidade do que aconteceu na Ilha de São Paulo poder voltar a ser visto futuramente em pequenas ilhas por todo o globo, alertando especialmente para a região do Pacífico Sul.

A subida do nível das águas, que numa porção continental de grande dimensão não teria grandes efeitos, foi fatal numa porção de terra de reduzida dimensão.

fonte: TSF

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