Um antigo ancestral do tiranossauro rex pode ajudar a explicar como alguns lagartos se transformaram nas monstruosidades que reinaram na Era dos Dinossauros.
O T. rex viveu num período entre 80 e 66 milhões de anos atrás e é considerado pelos especialistas um dos melhores exemplos de sucesso evolutivo e ecológico.
A questão que sobra é: qual o caminho que os “lagartos” tiveram que fazer para se tornarem uma máquina mortífera que ocupava o topo da cadeia alimentar?
O anúncio da descoberta de uma nova espécie, publicado pela revista americana PNAS, ajudou paleontólogos a aprofundarem os seus conhecimentos sobre a questão.
Trata-se do Timurlengia euotica, um quase simpático tiranossaurídeo que viveu há cerca de 10 milhões de anos antes do seu primo mais famoso.
Ele tinha o tamanho de um cavalo (entre 170 e 270 kg) e está numa posição intermediária entre alguns tiranossaurídeos menores (do tamanho de uma pessoa) e mais antigos (de até 170 milhões de anos atrás) e o T. rex.
Partes do esqueleto fossilizado do T. euotica foram encontrados num deserto no Uzbequistão (na Ásia), notadamente um pedaço da caixa craniana.
Analisando os ossos, os cientistas observaram que, a essa altura da evolução, o animal já tinha algumas características que seriam apresentadas pelo T. rex, como o formato do cérebro e características da orelha interna. Os ossos do dino já tinham características que permitiriam com que, no futuro, os tiranossauros atingissem um tamanho colossal.
Em pouco tempo (alguns milhões de anos, na escala evolutiva), o tiranossauro teria ganho uma massa substancial de mais de seis toneladas, mostrando uma forte pressão evolutiva nesse sentido.
Mas a descoberta ainda é «apenas um ponto no meio de um intervalo ainda sombrio», escrevem os autores, do Reino Unido, Rússia e EUA. A "lacuna" evolutiva da linhagem do T. rex ainda necessita de novos achados fósseis para ser totalmente compreendida.
fonte: Diário Digital
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