Visão artística de uma galáxia que lança jactos de matéria sob o efeito do seu buraco negro central ESA / AOES MEDIALAB
Um dos observatórios espaciais agora anunciados, cujo lançamento está previsto para 2034, irá à procura das ondas gravitacionais, previstas por Einstein mas nunca observadas.
A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou na quinta-feira duas novas missões de grande dimensão no âmbito do seu programaVisão Cósmica de exploração do Universo.
Uma delas, que deverá ser lançada em 2028, irá estudar os objectos celestes mais quentes e energéticos do cosmo para tentar responder a duas perguntas, salienta a ESA em comunicado: “Como e por que é que a matéria ordinária se condensa em galáxias e nos aglomerados galácticos que podemos observar hoje? Como é que os buracos negros crescem e influenciam o seu entorno?”
A outra missão agora anunciada será um observatório espacial destinado a detectar as “ondas, conhecidas como ondas gravitacionais, produzidas na própria trama do espaço-tempo pelos objectos celestes com uma gravidade extremamente forte”, tal como os pares de buracos negros que se fundem um com o outro, anunciou em paralelo um comunicado do Imperial College de Londres (ICL). O ICL é uma das dez instituições europeias que participam neste projecto, à qual se juntam os EUA e a Austrália.
As ondas gravitacionais foram previstas pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein mas nunca foram observadas até aqui, uma vez que não emitem luz nem possuem uma “assinatura” electromagnética, explica o mesmo documento.
Esta segunda missão “implicará o desenvolvimento de (…) um ‘gravitómetro’ de extrema precisão, um ambicioso empreendimento que irá empurrar os limites da tecnologia actual”, acrescenta a ESA.
O programa Visão Cósmica inclui ainda uma outra grande missão, anteriormente anunciada e destinada à observação em grande pormenor do planeta Júpiter e de três das suas maiores luas: Ganimedes, Calisto e Europa, lê-se no site da ESA. Prevista para ser lançada em 2022, deverá chegar ao gigante gasoso do nosso sistema solar em 2030.
fonte: Público
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