O mundo vai ficar, a longo prazo, 3,6 graus mais quente se os governos simplesmente mantiverem os seus objetivos atuais, alertou hoje a Agência Internacional de Energia (AIE), reunida em Varsóvia para discutir alterações climáticas.
No cenário "central" estabelecido pela AIE para os países desenvolvidos, as emissões de gases de efeito de estufa relacionados com a energia - que representam cerca de dois terços do total das emissões - sofrerão um aumento de 20% em 2035, mesmo com os esforços previamente anunciado pelos Estados relativos às preocupações ambientais.
Este cenário " leva em conta o impacto das medidas anunciadas pelos governos para melhorar a eficiência energética, o apoio às energias renováveis, a redução dos subsídios aos combustíveis fósseis e, em alguns casos, a colocação de um preço nas emissões de CO2", disse a AIE no seu relatório anual de referência, apresentado hoje em Londres.
No entanto, o aumento de 20% nas emissões de "energia" (principalmente carvão e do petróleo e, em menor grau, do gás) dentro de 20 anos "deixa o mundo a caminho, a longo prazo, de temperaturas médias globais de 3,6°C, bem acima da meta de 2 graus definida internacionalmente", segundo a AIE.
Observando o "papel fundamental" da componente energética no sucesso ou fracasso da política climatérica internacional, o departamento de energia da OCDE saúda as iniciativas recentes (entre as quais se contam o Plano de Acção apresentado por Barack Obama, o anúncio de Pequim relativo a uma limitação de carvão ou o debate europeu sobre metas climatéricos para 2030), salientando que "todos têm o potencial de limitar o crescimento das emissões de C02".
fonte: Diário de Noticias
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